PLANEJAMENTO CONTROLE DE PRODUÇÃO
Artigo: PLANEJAMENTO CONTROLE DE PRODUÇÃO. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: gabrielacortijo • 13/10/2013 • 2.260 Palavras (10 Páginas) • 1.243 Visualizações
O PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO DA PRODUÇÃO
Antes definir o planejamento estratégico da produção, é importante relacioná-lo com o
planejamento estratégico da organização. O planejamento estratégico, segundo Tubino (2000,
p. 34), subdivide-se em três níveis de decisões: o corporativo, o de unidades de negócios e o
funcional, direcionados pela missão coorporativa da empresa. Estes três níveis estão
interligados e formam uma seqüência de planejamentos: a estratégia funcional atende a uma
estratégia competitiva, que por sua vez deriva do nível corporativo da organização. Assim, a
origem do planejamento estratégico da produção, que originará o plano de produção está na
definição da estratégia para a área de produção (estratégia funcional).
A estratégia de produção, conforme Gaither e Frazier (2002, p. 38), “é um plano de longo
prazo para a produção de produtos e serviços de uma empresa e constitui um mapa daquilo
que a função de produção deve fazer se quiser que suas estratégias de negócios sejam
realizadas”. Para Corrêa e Corrêa (2006, p.56), “o objetivo de estratégia de operações é
garantir que os processos de produção e entrega de valor ao cliente sejam alinhados com a
intenção estratégica da empresa quanto aos resultados financeiros esperados e aos mercados a
que pretende servir e adaptados ao ambientes em que se insere”.
Davis, Aquilano e Chase (2001, p. 443) afirmam que a finalidade do planejamento de longo
prazo da produção é “[...] é nivelar a demanda dos produtos da empresa com a sua capacidade
ou habilidade de fornecê-los a um custo mínimo, identificando métodos para compatibilizar a
oferta e a demanda”.
A estratégia de produção, conforme Tubino (2000), baseia-se nas prioridades relativas dos
critérios de desempenho, e na política para as diferentes áreas de decisões da produção. Esses
critérios devem refletir as necessidades dos clientes de forma a mantê-los fiéis à empresa. Os
principais critérios de desempenho, segundo Tubino (2000) são: custo, qualidade,
desempenho de entregas e flexibilidade. Atualmente, além desses critérios de desempenhos, o
autor aponta a capacidade de inovação e a não-agressão ao meio ambiente como critérios que
também estão sendo considerados.
Corrêa, Gianesi e Caon (2001, p. 26) destacam que as empresas devem ser capazes “de
superar a concorrência naqueles aspectos de desempenho que os nichos de mercado visados
mais valorizam”. Para esses autores existem basicamente seis aspectos de desempenho que
podem influenciar a escolha do cliente e que estão diretamente relacionados à função das
operações produtivas das empresas: “custo percebido pelo cliente, velocidade de entrega,
confiabilidade de entrega, flexibilidade de saídas, qualidade dos produtos e serviços prestados
ao cliente”.
Conforme Tubino (2000), as forças estruturais utilizadas por um sistema de produção limitam
o desempenho desse sistema. Muitas vezes, para aumentar o desempenho de um critério,
perde-se em outro. Esse conceito é trabalhado pela curva de troca ou trade offs. Segundo o
autor, também é possível desenvolver um critério competitivo sem prejudicar os outros. Nesse
sentido, os critérios podem ser priorizados como qualificadores e ganhadores de pedidos. Hill
(1985 apud CORRÊA; CORRÊA, 2006), descreve os critérios qualificadores como aqueles
critérios de desempenho que a empresa deve atingir, estabelecido por um nível mínimo de
desempenho para qualificá-la a competir por determinado mercado e os ganhadores de
pedidos como aqueles com base nos quais o cliente vai decidir qual vai ser seu fornecedor,
dentre aqueles qualificados, e existindo também critérios menos importantes como aqueles
que não influenciam substancialmente a decisão de compra do cliente.
O ponto principal da estratégia de produção, segundo Gaither e Frazier (2002, p. 43), é a
capacidade de fornecimento de produção de longo prazo. Para isso, como apresenta os
autores, “equipamentos de produção devem ser comprados e instalados, tecnologias de
produção especializadas devem ser desenvolvidas e talvez novas instalações devam ser
construídas”. Segundo Davis, Aquilano e Chase (2001), o primeiro passo para transmitir o
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planejamento estratégico da produção ao nível operacional é desenvolver o plano agregado,
ou como será chamado neste trabalho, plano de produção.
O planejamento estratégico da produção, segundo Davis, Aquilano e Chase (2001), deve
combinar a taxa de produção, o nível de mão-de-obra e os estoques disponíveis para
minimizar custos (eficiência) e atingir a demanda prevista (eficácia). Conforme Tubino
(2000), o plano de produção é o resultado desse planejamento. É um plano de longo prazo que
direciona os recursos produtivos
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