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PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO DA PRODUÇÃO

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Por:   •  10/11/2013  •  1.963 Palavras (8 Páginas)  •  350 Visualizações

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Pesquisa sobre os três níveis hierárquicos do PCP

- PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO DA PRODUÇÃO

Antes definir o planejamento estratégico da produção, é importante relacioná-lo com o planejamento estratégico da organização. O planejamento estratégico, segundo Tubino (2000,p. 34) subdivide-se em três níveis de decisões: o corporativo, o de unidades de negócios e o funcional, direcionados pela missão coorporativa da empresa. Estes três níveis estão interligados e formam uma seqüência de planejamentos: a estratégia funcional atende a uma estratégia competitiva, que por sua vez deriva do nível corporativo da organização. Assim, a origem do planejamento estratégico da produção, que originará o plano de produção está na definição da estratégia para a área de produção (estratégia funcional).

A estratégia de produção, conforme Gaither e Frazier (2002, p. 38), “é um plano de longo prazo para a produção de produtos e serviços de uma empresa e constitui um mapa daquilo que a função de produção deve fazer se quiser que suas estratégias de negócios sejam realizadas”. Para Corrêa e Corrêa (2006, p.56), “o objetivo de estratégia de operações é garantir que os processos de produção e entrega de valor ao cliente sejam alinhados com a intenção estratégica da empresa quanto aos resultados financeiros esperados e aos mercados a que pretende servir e adaptados ao ambientes em que se insere”.

Davis, Aquilano e Chase (2001, p. 443) afirmam que a finalidade do planejamento de longo prazo da produção é “[...] é nivelar a demanda dos produtos da empresa com a sua capacidade ou habilidade de fornecê-los a um custo mínimo, identificando métodos para compatibilizar a oferta e a demanda”.

- PLANEJAMENTO-MESTRE DA PRODUÇÃO (TÁTICO)

O planejamento-mestre de produção (PMP), segundo Corrêa e Corrêa (2006, p. 502) “coordena a demanda do mercado com os recursos internos da empresa de forma a programar taxas adequadas de produção de produtos finais”. Conforme Tubino (2000, p. 88), o planejamento-mestre da produção desmembra o plano estratégico de longo prazo em planos específicos de produtos acabados (bens ou serviços) para médio prazo, direcionando as etapas de programação e execução das atividades operacionais (montagem, fabricação e compras), ou seja, faz a conexão entre o planejamento estratégico (plano de produção) e as atividades

operacionais, através do PMP. Como apresenta Slack et al. (1997, p. 448), o programa-mestre de produção (MPS – Master Production Schedule), ou plano-mestre de produção, é a fase mais importante do planejamento e controle de produção de uma empresa, pois contém uma declaração da quantidade e momento em que os produtos finais devem ser produzidos; esse programa

direciona toda a operação em termos do que é montado, manufaturado e comprado. Assim, “é a base do planejamento de utilização de mão-de-obra e equipamentos e determina o aprovisionamento de materiais e capital” (SLACK et al., 1997, p. 448). Arnold (1999, p. 65), também aponta a importância do plano-mestre de produção, ressaltando que ele “é o elo vital no sistema de planejamento da produção”. Para o autor o PMP também é uma ferramenta de planejamento, e base de comunicação entre a área de vendas e a de

produção. De acordo com Russomano (2000, p. 180), o PMP leva em consideração, a estimativa de vendas, e outros fatores, como: carteira de pedidos; disponibilidade de material; capacidade disponível etc., de forma a estabelecer, com antecedência, a melhor estratégia de produção. Para o desenvolvimento do PMP, segundo Arnold (1999, p. 66), são necessárias informações, que são fornecidas por:

• Plano de produção.

• Previsões de itens finais individuais.

• Encomendas reais recebidas de clientes e para reposição de estoques.

• Níveis de estoque para itens finais individuais.

• Restrições de capacidade.

O plano-mestre de produção e o plano de produção apresentam dois aspectos diferenciados entre eles: “o nível de agregação dos produtos e a unidade de tempo analisada”. O plano de produção estratégico trata de famílias de produtos, o PMP, já voltado para a operacionalização da produção, trata de produtos individuais. O plano de produção emprega meses, trimestre e anos, o PMP emprega um planejamento mais curto, normalmente semanas, ou no máximo meses para produtos com ciclos produtivos longos (TUBINO, 2000, p.89). Também convêm destacar que na elaboração deste plano é recomendável o envolvimento de todas as áreas que têm contato direto com a produção, representado os seus anseios quanto ao planejamento de médio prazo.

- PROGRAMAÇÃO, ACOMPANHAMENTO E CONTROLE DA PRODUÇÃO.

O planejamento e controle de curto prazo consistem no seqüenciamento, na programação e no controle da produção. O primeiro nível operacional de curto prazo, dentro da hierarquia do planejamento e controle de produção é a programação (TUBINO, 2000, p. 104). A programação da produção, segundo Tubino (2000, p. 103), está encarregada de definir quanto e quando comprar, fabricar ou montar cada item necessário à composição dos produtos acabados com base no plano-mestre de produção e registros de controle de estoques. Arnold (1999, p. 175), aponta que o objetivo da programação “é cumprir os prazos de entrega e fazer a melhor utilização dos recursos produtivos”, através do planejamento do fluxo de trabalho. Para isso, o responsável pelo planejamento deve estabelecer as cargas para os centros de trabalho, garantindo a disponibilidade de materiais, ferramentas, pessoal e informações e

programando as datas de início e finalização para cada pedido (ARNOLD, 1999, p. 169). Um conceito muito importante para as atividades de curto prazo da produção, é o de “empurrar a produção” ou “puxar a produção”: Empurrar a produção significa elaborar periodicamente, para atender ao PMP, um programa de produção completo, de compra de matéria-prima à montagem do produto acabado, e transmiti-lo aos setores responsáveis através da emissão de ordens de compra, fabricação e montagem. [...] Puxar a produção significa não produzir até que o cliente (interno ou externo) de seu processo solicite a produção de determinado item (TUBINO, 2000, p.104).

As atividades de programação, dentro do sistema de empurrar a produção, procuram atender

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