PPRA
Dissertações: PPRA. Pesquise 861.000+ trabalhos acadêmicosPor: vinyalmeida • 13/8/2013 • 2.305 Palavras (10 Páginas) • 778 Visualizações
INSTALAÇÕES ELÉTRICAS EM ATMOSFERAS EXPLOSIVAS
Vitor Sued Mantecon
Resumo
Este trabalho apresenta alguns aspectos que devem ser observados na instalação de
equipamentos elétricos em locais onde existe uma atmosfera explosiva. Uma noção de
classificação de áreas segundo as normas IEC, ABNT é apresentada, bem como os
requisitos necessários para utilização de equipamentos e acessórios nesses locais.
Introdução
A presença de equipamentos elétricos em áreas com atmosferas explosivas
constituem uma das principais fontes de ignição dessas atmosferas, quer pelo
centelhamento normal como na abertura e fechamento de contatos, como devido a
temperatura elevada atingida pelo mesmo em operação normal ou em falhas.
O presente trabalho apresenta uma visão resumida da classificação de áreas segundo
as normas IEC/ABNT, apresentando também, vários detalhes citados nas normas e que
devem ser observados quando da instalação de equipamentos elétricos, cabos e acessórios
em locais de atmosfera explosiva.
1. Classificação de Áreas
Áreas perigosas (Hazardous Areas) são locais onde existe ou pode existir uma
atmosfera potencialmente explosiva ou inflamável devido à presença de gases, vapor,
poeiras ou fibras.
Na Europa e atualmente no Brasil a classificação das áreas perigosas é feita usandose
o conceito de:
ZONAS – usadas para definir a probabilidade da presença de materiais inflamáveis;
TIPOS DE PROTEÇÃO – que denota o nível de segurança para um dispositivo e;
GRUPOS – que caracterizam a natureza inflamável do material.
1.1 ZONAS
ABNT Descrição
ZONA 0 Local onde a ocorrência de mistura inflamável/explosiva é contínua, ou existe
por longos períodos.
ZONA 1 Local onde a ocorrência de mistura inflamável/explosiva é provável de
acontecer em condições normais de operação do equipamento de processo;
ZONA 2 Local onde a ocorrência de mistura inflamável/explosiva é pouco provável de
acontecer e se acontecer é por curtos períodos, estando associado à operação
anormal do equipamento de processo.
1.2 TIPOS DE PROTEÇÃO
Tipo de proteção Simbologia
Equipamento à Prova de Explosão Ex d
Equipamento Pressurizado Ex p
Equipamento Imerso em Óleo Ex o
Equipamento Imerso em Areia Ex q
Equipamento Imerso em Resina Ex m
Equipamento de Segurança Aumentada Ex e
Equipamento Não Acendível Ex n
Equipamento Hermético Ex h
Equipamento de Segurança Intrínseca Ex i
Equipamento Especial Ex s
1.3 GRUPOS
Grupos Equipamentos Substância
GRUPO I
Para operação em mineração
subterrânea suscetíveis a exalação
de grisu
metano (grisu) e pó de carvão
GRUPO
IIA
Para operação em instalações de
superfície onde pode existir perigo
devido ao grupo do propano.
Acetona, Acetaldeído, monóxido de
carbono, Álcool, Amônia, Benzeno,
Benzol, Butano, Gasolina, Hexano,
Metano, Nafta, Gás Natural, Propano,
vapores de vernizes.
GRUPO
IIB
Para operação em instalações de
superfície onde pode existir perigo
devido ao grupo do etileno.
Acroleína, óxido de Eteno, Butadieno,
óxido de Propileno, Ciclopropano, Éter
Etílico, Etileno, Sulfeto de Hidrogênio.
GRUPO
IIC
Para operação em instalações de
superfície onde pode existir perigo
devido aos grupos do hidrogênio e
acetileno.
Acetileno, Hidrogênio e Dissulfeto de
Carbono.
1.4 CLASSES DE TEMPERATURA
Para equipamentos elétricos do Grupo I, a temperatura máxima de superfície não
deve exceder:
• 150°C sobre qualquer superfície onde possa formar uma camada de pó de carvão;
• 450ºC quando o risco acima é evitado, por exemplo, através de vedação contra
poeira ou por ventilação.
As normas (NBR 9518) também classificam as temperaturas máximas de superfície
para equipamentos elétricos do Grupo II.
As
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