PROJETO MULTIDISCIPLINAR
Trabalho Universitário: PROJETO MULTIDISCIPLINAR. Pesquise 861.000+ trabalhos acadêmicosPor: Alicinha • 9/2/2014 • 623 Palavras (3 Páginas) • 265 Visualizações
Resenha: Transgressão e Mudança na Educação os projetos de trabalho (Fernando Hernández)
Hernández, Fernando - Transgressão e Mudança na Educação os projetos de trabalho; trad. Jussara Haubert Rodrigues - Porto Alegre: ArtMed, 1998.
Este livro é um convite à transgressão das barreiras que impedem o indivíduo de pensar por si mesmo, de construir uma nova relação educativa baseada na colaboração em sala de aula, na escola e com a comunidade.
É um convite a soltar a imaginação, a paixão e o risco para explorar novos caminhos que permitam que as escolas deixem de ser formadas por compartimentos fechados, horários fragmentados, arquipélagos de docentes e passem a converter-se uma comunidade de aprendizagem, onde a paixão pelo conhecimento seja o objetivo e a educação voltada para a cidadania, o horizonte ao qual se dirigir.
Parte do fato de ser o professor um agente de mudança, olhando sempre para o futuro, no afã de educar alunos (e não para o passado) e dessa maneira, transgredindo, muitas vezes, regras e normas estabelecidas.
O educador é, portanto, um transgressor do que existe, pronto, acabado, constituído e passado. Por acompanhar a dinâmica da sociedade, inova em termos de atitudes e comportamentos, tendendo à mudança de mentalidades, a par do questionamento sempre presente e base - assim como a atividade de pesquisa - para a construção do conhecimento.
Apresenta, primeiramente, seis situações de transgressão, ou intenção de mudança, com as quais lança as bases da linha de raciocínio que desenvolve no texto:
Primeira: quanto ao domínio da psicologia instrucional que esteve, em sua história, vinculada setores educacionais militares norte-americanos, cuja prática reduz a complexidade da instituição escolar a pacotes de conceitos, procedimentos, atitudes e valores, fazendo acreditar que seja a única (e a melhor) forma de organizar e planejar o ensino escolar.
Segunda: quanto à visão da aprendizagem vinculada ao desenvolvimento e conhecida como construtivismo. Essa transgressão não é contra o construtivismo, mas sim contra a interpretação que reduz e simplifica alguns aspectos da aprendizagem. O construtivismo pouco ou nada diz sobre os intercâmbios simbólicos que se representam na sala de aula, sobre as construções sociais que o ensino intermedeia, sobre os valores que o professor promove ou exclui, sobre a construção das identidades, as relações de poder existentes na escola, o papel dos afetos, enfim, tudo o que corresponde ao âmbito social.
Terceira: em relação à visão do currículo escolar centrado nas disciplinas, entendidas como fragmentos empacotados em compartimentos fechados, oferecidos aos alunos sob formas de conhecimento que muito pouco ou nada tem a ver com suas vidas, necessidades e interesses.
Quarta: em relação à Escola que transfere para o futuro a sua responsabilidade em formar os educandos, encarando ser a finalidade da infância chegar à idade adulta e desconsiderando-a como um período particular, específico e rico em experiências e descobertas fundamentais. Transgressão contra as Escolas que impedem que os alunos se construam como sujeitos em cada época de sua vida.
Quinta: quanto à perda da autonomia no discurso dos docentes, à desvalorização de seus conhecimentos e à
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