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Palestra Amyr Klink, Fica 2014 - Cidade De Goiás.

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Por:   •  18/12/2014  •  1.385 Palavras (6 Páginas)  •  429 Visualizações

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Amyr Klink é economista e administrador, mas sobretudo, comandante de embarcações. Autor de livros, já realizou pelo menos quinze viagens à Antártica e proferiu cerca de 2.500 palestras ao redor do mundo.

Na edição 2014 do Festival Internacional de Cinema e Vídeo Ambiental (Fica), Amyr Klink participou do Fórum Ambiental no sábado, dia 31 de maio, às 17 horas, de uma discussão sobre sustentabilidade, dizendo ser um caminho a ser buscado. Segundo ele, estes caminhos para gestões mais sustentáveis e preocupadas com o meio ambiente devem se referir a uma forma de agir de maneira inteligente.

“Quem quer fazer demais pelo meio ambiente acaba não fazendo nada. Isso deve ser aplicado dentro do que você faz, do seu cotidiano. Não pode ser só uma proposta de vida. Na nossa embarcação, por exemplo: a gente queria viajar para a Antártica, mas não tínhamos recursos, só vontade. Então, fomos desenvolvendo soluções que nos permitiram ir e voltar várias vezes. Hoje, somos a equipe com maior autonomia lá, de até três anos. E claro, para fazer isso, você trabalha todas as questões de sustentabilidade, como eficiência e uso inteligente de insumos”, explica.

Klink também alega que no Brasil ainda há um discurso muito superficial sobre a questão ambiental, além de uma legislação pesada e burocrática. Para exemplificar, ele cita a questão das bordas de rios, que não poderiam ser igualmente tratadas em todas as regiões do país, já que tratam de ecossistemas diferentes. Outro exemplo usado por ele é o da falta de planejamento para as cidades.

“Pode ter a melhor das intenções, mas esse excesso de legislação acaba causando o efeito oposto. Temos vontade e competência, mas falta bom senso, porque não temos a prática do urbanismo inteligente. No Brasil há uma urbanização incongruente e equivocada. As cidades têm que ter vida e crescimento com maturidade”, afirma o comandante, complementando que existem muitas coisas que ainda podem ser colocadas em prática, desde que dentro de um planejamento maior.

Amyr Klink afirma que o trabalho das artes é extraordinário no sentido da conscientização, mas que isso deve ser feito sempre de uma maneira autêntica, sem que se confunda a autoridade dos discursos, tanto do cineasta, quanto do ambientalista; disse ainda que não sabia que o Fica acontecia há tanto tempo no mesmo local, e que esse é um exemplo muito maduro do que pode ser feito. Para ele o cinema é uma ferramenta importante na conscientização das pessoas. “Essa é uma forma de inspirar e ajudar a sociedade a perceber e construir novas sabedorias, que muitas vezes são obvias, mas que nós não conseguimos nos ater sozinhos”, enfatiza.

Durante a palestra o comandante contou sua história com ênfase em momentos decisivos para mudança de pensamento, de carreira e de postura que tem hoje. Amy Klink formou-se em economia na Universidade de São Paulo (USP), mas logo de início descobriu que esta não era a melhor carreira a seguir. Foi morando em Parati e desenvolvendo um negócio no ramo do agronegócio que começou a ver aplicabilidade dos conceitos que aprendeu na faculdade.

“O conceito de precisão e economia autêntica começou a ficar cada vez mais claro a partir do momento em que tive que refletir sobre esse novo negócio e resolver os desafios que surgiam no caminho”, explicou Klink ao falar sobre a importância de se ter sensibilidade em todas as áreas da vida. Para ele, esse é o tipo de conhecimento que não é passado nas universidades.

O palestrante levou essa essência para a discussão sobre meio ambiente e enfatizou que o que falta para a sociedade resolver determinadas situações ambientais, hoje, é justamente essa sensibilidade. Ele explicou que até hoje não vê grande utilidade nas viagens que fez, porém, foi nesse processo que ele aprendeu a se relacionar com o meio. “O importante não é o que a gente faz, mas sim o modo como faz. No momento em que decidi fazer essas viagens subi um degrau na minha relação com o meio ambiente passando a administrar melhor meus recursos e minhas necessidades, por exemplo”, complementou.

Ao longo do encontro, Amyr Klink também fez análises de cidades brasileiras com relação a outros lugares que visitou, apresentou dados comparativos sobre o trânsito, mobilidade urbana, possibilidades de implementação de hidrovias, além de abordar situações cotidianas que poderiam ser repensadas, de forma que a sociedade conseguisse mudar a partir de ações simples.

Ele disse que a ideia de um festival de cinema

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