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Pano Americano

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Por:   •  4/10/2014  •  532 Palavras (3 Páginas)  •  228 Visualizações

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O papel de cada órgão no PanAmericano

Diante de todo o aparato de supervisão e governança que existia no PanAmericano, todos ficam intrigados e se perguntam como ninguém (aparentemente) percebeu que havia essa suposta fraude dentro da instituição financeira.

Para tentar entender onde há brechas e os limites de cada agente nesse caso, o Valor conversou com oito fontes especializadas na área, entre auditores, contadores, reguladores e pessoas ligadas ao comitê de auditoria e conselho fiscal do banco.

O relato é que a estrutura existente dava aparente tranquilidade para cada um dos órgãos de fiscalização fazer o seu trabalho.

O PanAmericano tinha auditoria interna própria e era auditado externamente pela Deloitte - uma das quatro maiores do mercado. Além disso, tinha comitê de auditoria, conselho fiscal e havia passado por um processo de abertura de capital há três anos - que envolveu a análise de três bancos coordenadores - UBS Pactual (na época), Bradesco BBI e Itaú BBA. Mais recentemente, ao ter parte do capital vendido à Caixa Econômica Federal, foi avaliado pelo Banco Fator e passou por uma auditoria especial da KPMG. A regulação envolve o Banco Central e a Comissão de Valores Mobiliários.

Mas o fato é que todos os dados analisados pelos órgãos de supervisão e fiscalização são gerados pela contabilidade e aprovados, em primeiro lugar, pela diretoria do banco.

Sem comentar o caso específico, auditores experientes dizem que faz parte da profissão lidar com riscos, entre os quais está o de emitir um parecer sem ressalva sobre uma demonstração financeira errada. Assim, mesmo que exista o princípio da boa-fé e que o auditor não seja polícia, ele deve ter o chamado ceticismo profissional e não pode acreditar apenas nas informações passadas pela administração da companhia. Dessa forma, está entre suas atribuições tentar identificar erros contábeis, que podem ser intencionais ou não.

O que eles reconhecem, no entanto, é que nem sempre se consegue identificar o problema.

No caso das fraudes, a origem pode ser de funcionários do baixo escalão, da média gerência ou da alta administração. Nos dois primeiros tipos, é mais fácil de resolver o problema, porque a diretoria ajuda o auditor externo a identificar a falha, uma vez que isso também é do seu interesse.

Já a fraude gerada na cúpula de uma companhia é a mais difícil de se descobrir, especialmente quanto envolve um grupo de pessoas, porque a administração faz de tudo para esconder as falhas e tem o poder e a hierarquia a seu favor. Os funcionários mais graduados das empresas costumam ser aqueles com mais poder dentro de sistemas informatizados de controle, que podem alterar números de contratos, por exemplo. No caso de mudanças que exigem confirmação por uma segunda senha, a fraude é facilitada quando é praticada por mais de uma pessoa.

Além disso, os especialistas destacam que no Brasil não há exigência de uma auditoria específica dos controles internos, assim como ocorre com as empresas que têm ações negociadas nos Estados Unidos e são obrigadas a seguir a lei Sarbanes-Oxley.

O que se faz aqui é avaliar o ambiente de controles internos, seja

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