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Panorama histórico brasileiro

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Por:   •  2/10/2014  •  Projeto de pesquisa  •  2.156 Palavras (9 Páginas)  •  360 Visualizações

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Desde o princípio da historia da humanidade que o ser humano utilizou pequenas embarcações marítimas e fluviais para se deslocar de um lugar para o outro a procura de melhores condições de vida. Diante de sua inteligência, o homem procurou ampliar seus conhecimentos de navegação, construindo embarcações maiores que permitissem embarcar mais gentes e chegar a lugares ainda mais distantes. Essa evolução das embarcações fez com que povos conquistassem terras e descobrissem novos continentes, demonstrado ao mundo a importância do transporte aquaviário, sobretudo o marítimo. A era dos descobrimentos além- mar mostrou mudanças importantes, havia um jogo de interesses econômicos que provocava novas mudanças de riquezas e de expansão de mercado. Navegar era preciso, os caminhos tão conhecidos do mediterrâneo já não rendiam os lucros que os comerciantes desejavam. Para a conquista do além- mar, foram necessárias inovações tecnológicas no setor de transportes de longo curso, tais como a bússola, o astrolábio, o quadrante e variados mapas. Os primeiros egípcios, gregos e fenícios foram as primeiras as potencias marítimas do mundo e chegaram a construir barcos comerciais e de guerra. As primeiras embarcações egípcias foram realizadas em cana de papiros há cerca de 2500 anos a c e com seus barcos de madeira e proa alta começaram a circular pelas águas do rio Nilo. Os pioneiros a navegar pelos oceanos não aventuravam ir muito longe da terra, de modo que poderiam encontrar facilmente sua posição através de sinais ao largo da costa. Com a política mercantilista do absolutismo, varias nações européias, nos séculos XIV a XVIII, se laçaram ao mar a procura de novas rotas comerciais que lhes trouxessem facilidades econômicas, fomentando a construção naval e a viagem de longo percurso. Um outro fato importante para a navegação, foi a revolução industrial do século XVII, que revolucionou a navegação com a descoberta de máquinas a vapor, que ao serem colocadas nos navios aumentaram suas velocidades. Dando prosseguimento as inovações, vieram os navios que utilizavam óleo combustível, mais tarde os movidos com turbinas e os impulsionados a energia nuclear.

Panorama histórico brasileiro

Diante das inovações tecnológicas da época, Cabral parte de Portugal, no final do século XV, com 13 embarcações, chegando ao Brasil em 22 de abril de 1500, num processo que poderia ser denominada a primeira operação de transporte na “Terra de Vera Cruz”. Com a criação das Capitanias Hereditárias, em 1532, foram surgindo pequenos núcleos portuários, tais como o de Itamaracá, o de Porto Seguro e o de São Vicente, que a partir daquele momento começaram a fomentar o transporte costeiro.

Um fato importante que gerou o início do transporte fluvial pelo rio São Francisco, com a utilização de pequenas embarcações, foi o avanço da pecuária para o interior da Colônia. Nessa ocasião havia necessidade de pequenos abastecimentos de gêneros de primeiras necessidades entre os núcleos do interior e os costeiros que passaram a usar a rota fluvial do rio dos currais como alternativa para este comércio. No sul do Brasil colônia, é importante salientar o papel que tiveram os Bandeirantes como grandes responsáveis pela abertura de caminhos fluviais para o interior, quando da utilização do rio Tietê como rota navegável às suas missões de procura de metais preciosos. Já ao norte da Possessão portuguesa na América, merece destaque a epopeia de Pedro Teixeira, que saindo, em 1637, de Belém, utilizou os rios Amazonas e Solimões para chegar até a cidade de Quito, no Equador.

Cabe ressaltar que a única opção de transporte marítimo para a ligação entre os principais portos do Brasil era o de cabotagem. Este passou a ser utilizado com frequência, estimulando a navegação de longo curso. Diante desse estimulo, em 1659, o governador Salvador de Sá iniciou a construção, no Rio de janeiro, do galeão Padre Eterno, que na época foi considerado o maior navio do mundo. Lançado ao mar em 1663, chegou a Lisboa dois anos depois, materializando a importância do comércio de longo curso com o emprego de embarcações maiores que tivessem grande capacidade de carga. Outro destaque da época foi o direcionamento dado para a construção naval na Colônia com a implantação do Arsenal da Marinha, em 1763, no Rio de Janeiro, que veio permitir, posteriormente, a fabricação de navios de cabotagem e de longo curso. Com a chegada da Família Real Portuguesa ao Brasil, o rei D João, em 28 de janeiro de 1808, decretou a abertura dos portos brasileiros às nações Amigas, fazendo com que houvesse maior movimento transações comerciais nos principais portos da Colônia.

Na navegação marítima, deve-se destacar, em 1820, a construção de um farol de auxilio a navegação na Barra do Rio Grande do Sul e a de outro, um ano mais tarde, em Recife. Esta sinalização possibilitou uma maior orientação aos navios na costa destas localidades.

No período regencial, ainda no Rio de Janeiro, foi criada a 1ª linha de navegação a vapor do País, ligando esta província à Niterói. O Decreto de 22 de abril de 1826 aprovou o contrato com a casa de Terrand Thomas para a formação do que seria a primeira empresa de transporte marítima de cabotagem, ligando a capital do Governo ao Pará, com escalas na Bahia, em Pernambuco, no Ceará e no Maranhão.

O período do Segundo Império foi marcado pelo grande avanço nos transportes fluviais e marítimos, devido, entre outros aspectos, a situação econômica favorável que passava o Brasil, com aumento das exportações de café para o mercado Europeu que possibilitou carrear recursos para a infra-estrutura de transporte. Inicialmente, a concessão mais importante no império, no setor hidroviário, foi dada em 1852, à companhia de comercio e navegação do Amazonas, pertencente ao Barão de Mauá. O grande empresário daquela época, o Sr Irineu Evangelista de Souza, o futuro Barão de Mauá, obteve concessão do governo, por um período de 10 anos, para a empresa “Imperial Companhia de Navegação a Vapor”, dando fôlego ao transporte de cabotagem e marítimo. Em 1858, foi dada uma outra concessão, desta feita, para a exploração da ligação entre Montevidéu e Cuiabá à companhia de navegação do Alto Paraguai. Esta companhia enfrentou grandes dificuldades políticas em decorrência das rivalidades entre o Brasil e o Paraguai que levaram a um confronto militar entre os dois países, paralisando a navegação naquela hidrovia enquanto perdurou o conflito armado. No Norte e no nordeste do País, o Governo tornou livre, em 1866 o trafico de navios estrangeiros nos rios Amazonas, Negro, Madeira, Tapajós,

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