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Pensamento Econômico Quesney

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Por:   •  15/9/2014  •  2.371 Palavras (10 Páginas)  •  314 Visualizações

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Mercantilismo

Podemos definir o mercantilismo como sendo a política econômica adotada na Europa durante o Antigo Regime. Como já dissemos, o governo absolutista interferia muito na economia dos países. O objetivo principal destes governos era alcançar o máximo possível de desenvolvimento econômico, através do acúmulo de riquezas. Quanto maior a quantidade de riquezas dentro de um reino, maior seria seu prestígio, poder e respeito internacional. (aqui nasce o laissez-faire)

Podemos citar como principais características do sistema econômico mercantilista :

Metalismo : o ouro e a prata eram metais que deixavam uma nação muito rica e poderosa, portanto os governantes faziam de tudo para acumular estes metais. Além do comércio externo, que trazia moedas para a economia interna do país, a exploração de territórios conquistados era incentivada neste período. Foi dentro deste contexto histórico, que a Espanha explorou toneladas de ouro das sociedades indígenas da América como, por exemplo, os maias, incas e astecas.

Industrialização : o governo estimulava o desenvolvimento de indústrias em seus territórios. Como o produto industrializado era mais caro do que matérias-primas ou gêneros agrícolas, exportar manufaturados era certeza de bons lucros.

Protecionismo Alfandegário : os reis criavam impostos e taxas para evitar ao máximo a entrada de produtos vindos do exterior. Era uma forma de estimular a indústria nacional e também evitar a saída de moedas para outros países.

Pacto Colonial : as colônias européias deveriam fazer comércio apenas com suas metrópoles. Era uma garantia de vender caro e comprar barato, obtendo ainda produtos não encontrados na Europa. Dentro deste contexto histórico ocorreu o ciclo econômico do açúcar no Brasil Colonial.

Balança Comercial Favorável: o esforço era para exportar mais do que importar, desta forma entraria mais moedas do que sairia, deixando o país em boa situação financeira.

O mercantilismo é um conjunto de ideias econômicas que considera a prosperidade de uma nação ou Estado dependente do capital que possa ter. Os pensadores mercantilistas preconizam o desenvolvimento econômico por meio do enriquecimento das nações graças ao comércio exterior, o que permite encontrar saída aos excedentes da produção. O Estado adquire um papel primordial no desenvolvimento da riqueza nacional, ao adotar políticas protecionistas, e em particular estabelecendo barreiras tarifárias e medidas de apoio à exportação.

Os princípios mercantilistas eram os seguintes:

Incentivos às manufaturas

O governo estimulava o desenvolvimento de manufaturas em seus territórios. Como o produto manufaturado era mais caro do que as matérias-primas ou gêneros agrícolas, sua exportação era certeza de bons lucros.

Protecionismo alfandegário

O governo de uma nação deve aplicar uma política protecionista sobre a sua economia, favorecendo a exportação e desfavorecendo a importação, sobretudo mediante a imposição de tarifas alfandegárias. Incentiva-se, portanto, a balança comercial positiva com outras nações. Eram criados impostos e taxas para evitar ao máximo a entrada de produtos vindos do exterior. Era uma forma de estimular a indústria e manufaturas nacionais e também evitar a saída de moedas para outros países.

Balança comercial favorável

O esforço era para exportar mais do que importar, desta forma os ingressos de moeda seriam superiores às saídas, deixando em boa situação financeira.

Soma zero

Acredita que o volume global do comércio mundial é inalterável. Os mercantilistas viam o sistema econômico como um jogo de soma zero, no qual o lucro de uma das partes implica a perda da outra.

Fisiocracia

Quesnay acreditava que somente a agricultura era criadora de riqueza, já que a indústria limitava-se a transformar a matéria. Assim, os indivíduos mais úteis à sociedade eram os grandes proprietários e os fazendeiros. Opunha-se às teorias mercantilistas, defendendo que os entraves à produção, circulação e consumo de géneros deveriam ser suprimidos. Trata-se pois de uma visão defensora da liberdade económica, expressa na máxima laissez-faire, laissez passer (deixem fazer, deixem passar, este era o símbolo do liberalismo). O melhor Estado era aquele que menos governava e este só se deveria interessar com a manutenção da ordem, da propriedade e da liberdade individual. As suas teorias seriam desenvolvidas pelos seus discípulos (Turgot, Gournay) e viriam a influenciar o pensamento de Adam Smith.

Quesnay acha que tem de haver liberdade económica como diz na célebre frase: “Laissez-faire, laissez-passer, le monde va de lui-même” ou seja, deixar fazer, deixar passar, que o mundo vai por si mesmo. Cria a ideia de “oferta-procura”, isto é, quanto maior a procura do produto, menor é o seu preço. Contrariamente, quanto menor a procura, maior o preço. Se existir liberdade produz-se e consome-se o necessário, logo, há estabilidade do preço e equilíbrio.

Smith

Smith estudou e escreveu o livro A riqueza das Nações, sua obra cumpriu o papel de respaldar os privilégios e restrições que caracterizavam o mercantilismo da monarquia de então. OS mercantilistas diziam que a riqueza de uma nação vinha do quanto de dinheiro ela possui, Smith retrucava e dizia que a verdadeira riqueza de uma nação vem do trabalho e do fluxo de mercadorias e serviços que ele produz. Smith dizia que a capacidade nacional de produzir se baseia em duas coisas: uma na divisão do trabalho em muitas pequenas tarefas feitas por especialistas e duas na acumulação do capital. Smith afirmava tbm que a riqueza não vinha só da herança, como pensavam os aristocratas mas que podia ser produzida e não apenas pela agricultura como acreditavam os rurais, porém por uma nova atividade: a recente industria. Ele afirmava que tudo funciona melhor em um ambiente que o homem tem a liberdade de empreender, movido por uma espécie de mão invisivel que o empurra naturalmente ao lado certo. Mão invisível que os franceses chamavam de laissez-faire (deixa fazer). Se há um produto em abundancia o preço baixa, por outro lado se um produto é raro e dificil de encontrar o preço sobe e as pessoas se dispõem a paga-lo, é aí que entra a mão invisível apontando ao empresário o caminho que deverá investir para lucrar. Smith defendia a livre competição e a não interferência do Estado na economia. Ao Estado, ele dizia, cabe manter

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