Pensamento político medieval
Tese: Pensamento político medieval. Pesquise 861.000+ trabalhos acadêmicosPor: edvania2502 • 27/5/2014 • Tese • 791 Palavras (4 Páginas) • 513 Visualizações
O Pensamento Político Medieval
(Baseado nas obras de Maria Lúcia de Arruda Aranha, Maria Helena Pires Martins)
Idade Média – mil anos (476 a 1455).
A tendência da política normativa, típica da concepção grega, prevalece tanto na Antigüidade romana quanto na teoria política medieval, quando ainda se busca definir as virtudes do governante justo e bom.
As influências de Platão e Aristóteles no terreno da reflexão política foram marcantes tanto na Antigüidade como na Idade Média.
A Alta Idade Média, período que sucedeu à queda do Império, é caracterizada por um estado de desagregação da antiga ordem e pela divisão do Império em diversos reinos bárbaros.
Desde o final do Império Romano, quando o cristianismo se tornara a religião oficial, estabelece-se a ligação entre Estado e Igreja, pois esta legitima o poder do Estado, atribuindo-lhe uma origem divina.
O desejo de unidade de poder, de restauração da antiga unidade perdida, se expressa na difusão do Cristianismo.
Nesse contexto de extrema fragmentação política e descentralização do poder, a Igreja exerce enorme influência, na medida em que mantém o monopólio do saber.
De início, os religiosos têm receios quanto à produção dos gregos, por serem eles pagãos, mas com as devidas adaptações e interpretações segundo a fé cristã, o pensamento medieval é fertilizado inicialmente pelo pensamento de Platão e depois pelo de Aristóteles.
Ao contrário das concepções da Antigüidade, em que a função do Estado é assegurar a vida boa, na Idade Média predomina a concepção negativa de Estado.
Isto porque o homem teria uma natureza sujeita ao pecado e ao descontrole das paixões, o que exige vigilância constante, cabendo ao Estado intimidar os homens para que ajam retamente.
Daí podemos observar a estreita ligação entre política e moral, com a exigência de se formar o governante justo, não-tirânico, que, por sua vez, consiga obrigar, muitas vezes pelo medo, à obediência aos princípios da moral cristã.
Enquanto na Antigüidade greco-romana a política não sofre ingerências religiosas, a Idade Média tem como característica fundamental a influência da Igreja Católica em toda a vida política da sociedade.
Como conseqüência, as teorias políticas enfatizam a supremacia do poder espiritual sobre o poder temporal (dos reis), e, por isso, toda ação política se acha atrelada à ordem moral cristã.
Santo Agostinho, no início da idade média (séc. V) e na sua doutrina chamada de agostinismo político, pregava a ligação entre dois planos de existência na vida de cada um: todos têm uma dimensão terrena, que se refere à sua história natural, à moral, às necessidades materiais (tudo que é perecível e temporal); a outra dimensão é a celeste, que corresponde à comunidade dos cristãos, inspirada no amor de Deus e que vive da fé.
O agostinismo político marca toda a Idade Média e significa o confronto entre o poder do Estado e o da Igreja, considerando a superioridade do poder espiritual sobre o temporal.
A interferência da Igreja nos assuntos
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