Perfil de um profissional brasileiro em relação ao ambiente corporativo

1. O perfil do profissional brasileiro em relação ao ambiente corporativo

Em uma pesquisa realizada pela Consultoria ETalent, entre homens e mulheres em idade economicamente ativa, de 2007 a 2012, foi traçado o perfil do brasileiro em relação ao ambiente corporativo. Constatou-se seis características preponderantes no profissional em nosso país. São elas:

1) É tipicamente extrovertido e de fácil relacionamento...

...mas por ser muito sociável, tem dificuldade em dizer "não".

2) Prefere trabalhar mais em grupo do que isolado...

... só que isso afeta o foco no resultado e a entrega de projetos.

3) Se volta mais para as relações pessoais...

...mas falha nas atividades de natureza técnica ou empreendedora.

4) Acredita que a hierarquia na empresa deve ser respeitada... ... e tolera as desigualdades.

5) Coloca o trabalho em segundo plano em seu objetivo de vida...

...pois acredita que ele é só um meio para a sua felicidade.

6) Tem se tornado menos dominante nas novas gerações...

...quando comparado aos profissionais antigos.

A pesquisa mostra que ainda há um longo caminho a ser percorrido no que diz respeito à qualificação profissional no Brasil, pois as muitas mudanças ocorridas no ambiente corporativo nas últimas décadas têm afetado consideravelmente a relação entre empresa e colaborador.

2.Sustentabilidade na empregabilidade

Nos últimos anos, o mercado de trabalho viu surgir um novo conceito, a empregabilidade. O termo empregabilidade está relacionado ao conjunto de fatores que especialistas em recursos humanos utilizam para definir o nível de desenvolvimento pessoal e profissional de um individuo disponível no mercado. Simplificando, é a quantidade de oportunidades favoravelmente concedidas a um profissional levando-se em conta a sua experiência profissional, a formação acadêmica e a capacidade de se manter em ambientes competitivos e adversos.

O perfil de um profissional qualificado vai além de um currículo com muitos cursos e especializações. Também são necessárias características pessoais que façam dele um colaborador indispensável à organização. Tais como a resiliência, disposição para não entrar na zona de conforto e equilíbrio emocional para lidar com as mais variadas situações. É preciso manter o foco em sempre alcançar os melhores resultados possíveis. Com isso, a sustentabilidade atuará para a definição do grau de adaptação que consequentemente levará à permanência do profissional em determinado cargo ou função, ou seja, conquistar uma vaga é a parte mais fácil, difícil é manter-se nela.

3. A empregabilidade e o mercado de recursos humanos

O papel do profissional de RH se torna cada dia mais importante visto que o fator humano é essencial às atividades comerciais e de serviços. Com isso, as organizações demandam profissionais altamente capacitados na área.

Para manter-se no mercado, o gestor de recursos humanos precisa trabalhar em consonância com o objetivo da empresa e estar aberto às mudanças constantes de cenário, pois cabe aos dirigentes de nível estratégico definir as políticas organizacionais a serem implementadas e juntamente com eles, o RH trabalhará para que a implantação ocorra de forma efetiva.

A empregabilidade visa diversas mudanças de posturas e atitudes de profissional no sentido de elevar o nível de empreendedorismo. As características do profissional que deseja se manter empregável são, capacidade intelectual, comportamental e de comunicação.

Um exemplo de intelectualidade é a capacidade de reconhecer problemas, obtendo meios para solucioná-los.

Uma forma de comunicação é a negociação, que é a capacidade de se adaptar com facilidade aos acontecimentos, às situações diversas e desenvolver um bom relacionamento interpessoal.

A iniciativa é um conceito comportamental. Ser pró-ativo em relação aos problemas e oportunidades, estar sempre disposto a realizar diversas tarefas e adaptar-se a varias situações sejam elas favoráveis ou não, caracterizam esse conceito.

Sobre a Gestão de Pessoas, Chiavenato (2009, p.530) conclui “No fundo, trata-se