Pesquisa De Mercado

WEB AULA 1

Unidade 1 – Questões Teóricas da Pesquisa de Mercado

Objetivos da pesquisa de mercado. (10)

• O que é pesquisa?

• Por que pesquisar?

• Qual a importância para as empresas?

• O que é administração estratégica?

• Planejamento estratégico?

• Ambiente externo geral e setorial.

• O que é marketing?

• Pesquisa de marketing.

• Sistema de informação de marketing.

A todo momento ouvimos falar de pesquisas: sejam elas científicas, como as descobertas das novas neurociências, ou durante o jornal, quando são apresentados indicadores econômicos, como a taxa de desemprego e a inflação. Em épocas eleitorais são muito comuns as “pesquisas de intenção de voto”, aquelas que procuram medir qual será o candidato que tem mais apoio popular antes mesmo das eleições. Abaixo acrescento mais algumas que certamente você já ouviu falar:

• o “Top of mind” (Datafolha) que identifica as marcas mais lembradas dos mais diversos segmentos;

• o Censo (IBGE) que procura contar a população brasileira e as suas principais características;

• as pesquisas de satisfação, algumas vezes feitas pessoalmente, outras por telefone, em busca da sua avaliação sobre o uso de determinado produto ou serviço.

Esses trabalhos, em muitos casos, buscam seus dados nas ruas, inclusive alguns de vocês já foram abordados nas suas cidades por um entrevistador, não é mesmo? E sei que MUITOS de vocês certamente desviaram de sua tentativa e poucos deram atenção à esse nobre profissional (muitas vezes confundidos com vendedores de cartão de crédito) que, provavelmente, fez uma série de perguntas, como suas preferências, suas percepções, a sua idade, a sua escolaridade, etc.

Os dados coletados, posteriormente serão entregues aos institutos que fazem o tratamento dessas informações, depois acontece a compilação dos resultados que, por fim, são apresentados aos empresários, gestores públicos, novos empreendedores, etc.

De uma forma ou de outra, as pesquisas possuem uma influência tremenda em nosso cotidiano, mesmo que não percebamos. A internet deixou isso ainda mais evidente. Cada click, cada página aberta, cada URL (endereço dos sites) é registrada e – em poucos casos, infelizmente – analisados em busca da melhor maneira de ganhar sua atenção.

Com certeza um grande montante de recursos são investidos pelas grandes e pequenas empresas em pesquisa, sabendo disso, surge nosso primeiro questionamento: o que é pesquisa? Bom...

Pesquisa, de forma genérica, é uma forma de construir conhecimento de maneira estruturada, ou seja, de uma maneira ordenada procurar reunir informações que ajudem nossa vida. Por exemplo, ela pode ser usada: para encontrar o melhor presente de casamento do seu melhor amigo pelo menor preço, ou para saber um pouco mais daquela moça (o) interessante no Facebook ou no Orkut.

Nesse singelo último exemplo, algo que parece tão inofensivo pode levar a consequências drásticas. Podemos citar os casos de predadores sexuais, os quais buscam informações de alvos fáceis, como crianças sem adequada supervisão das suas atividades virtuais, para suas perversas investidas, ouhackers caçando a todo momento seus dados bancários, suas senhas de e-mail, para colocar as pessoas em situações complicadas e, em alguns casos, extorsivas, como o caso da atriz Carolina Dieckmann.

Mais um exemplo do uso antiético de informações aconteceu nos Estados Unidos, algumas empresas, nos formulários de cadastro para emprego, pediam aos candidatos que colocassem seu login e senha das redes sociais que frequentavam. Os profissionais envolvidos nessas seleções justificavam que os candidatos filtravam o que ficaria disponível pela internet, assim seria necessário conhecer com mais profundidade seu comportamento online para uma seleção mais eficiente.

O que você acha disso? Até que ponto as empresas podem usar seus dados?

O candidato alvo dessa situação deixou uma reflexão bastante pertinente:

“Você concordaria com uma busca total em sua casa e em suas posses para conseguir um trabalho? Se a resposta é não, então você deve hesitar em relação a uma busca em sua atividade online” (EMPRESAS..., 2011).

De fato, ter informações para embasar melhor as decisões empresariais são essenciais, no entanto, nem sempre os fins justificam os meios.

Falando em fins e meios, nas guerras, vemos outro exemplo da importância das informações, o estrategista chinês Sun Tsu em seu clássico livro – A arte da guerra – já comentava da imensa importância de se ter informações para aumentar suas chances de sucesso. Dizia ele:

Conhece o inimigo e conhece-te a ti mesmo. Assim, em uma centena de batalhas nunca estarás em perigo. Se desconheceres o inimigo, mas não a ti mesmo, tuas possibilidades de vencer ou perder serão iguais. Se desconheceres tanto o inimigo quanto a ti mesmo é certo que em todas as batalhas correrás perigo (SUN TSU, 1996, p. 42).

Como nosso guru da guerra prega, ter informações aumentam muito suas chances de acertar. Ele comenta não somente as informações dos inimigos, mas também as da sua própria companhia. Se fizermos um paralelo com os tempos atuais, o mercado representaria o campo de batalha e as empresas, os exércitos. Empresas com melhor conhecimento das próprias atividades possuem mais eficiência nas decisões, pois assim as variáveis que alteram os resultados das suas operações deixam de estar encobertas e podem ser aprimoradas.

Em minha experiência com pesquisa e consultoria, noto que, em muitos casos, os gerentes ou mesmo a diretoria ficam tão envolvidos em atividades operacionais da empresa que não conseguem se afastar para conseguirem uma visão mais global da empresa, ou seja, as variáveis que alteram os resultados das operações ficam escondidas.

Agora, responda-me, como gerenciar uma empresa quando não se tem clareza do que está acontecendo? Como aumentar a eficiência da sua indústria sem ter conhecimentos dos entraves? Ou pior... Como seus funcionários terão confiança em você (e em suas decisões) se eles também sabem que você desconhece a realidade deles? Consegue perceber a importância de se ter informações