Planejamento

UNIÃO EDUCACIONAL DO NORTE - UNINORTE

FACULDADE BARÃO DO RIO BRANCO – FAB

CURSO DE GRADUAÇÃO DE ARQUITETURA E URBANISMO

Iracema Ruth Sales Alencar Pereira

ANTEPROJETO ARQUITETÔNICO DE UMA RESIDENCIA UNIFAMILIAR COM PRINCIPIOS SUSTENTÁVEIS

RIO BRANCO-AC

2013

Iracema Ruth Sales Alencar Pereira

ANTEPROJETO ARQUITETÔNICO DE UMA RESIDENCIA UNIFAMILIAR COM PRINCIPIOS SUSTENTÁVEIS

Relatório para avaliação da disciplina de Introdução ao Trabalho Final de Graduação – ITFG, do curso de Arquitetura e Urbanismo, sob orientação das professoras Mariane Linhares e Veronica Castro, do Curso Arquitetura e Urbanismo, da Faculdade Barão do Rio Branco - FAB da União Educacional do Norte – UNINORTE.

RIO BRANCO-AC

2013

1. DEFINIÇÃO DO TERMO SUSTENTABILIDADE

A primeira definição do termo ``sustentabilidade`` veio através do Relatório Brundtland, documento intitulado Nosso Futuro Comum (Our Common Future), apresentado em 1987, que definia que “desenvolvimento sustentável é aquele que atende às necessidades do presente sem comprometer a possibilidade de as gerações futuras atenderem às suas necessidades”.

O Relatório, elaborado pela Comissão Mundial sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento, faz parte de uma série de iniciativas, anteriores à Agenda 21, as quais reafirmam uma visão crítica do modelo de desenvolvimento adotado pelos países industrializados e reproduzido pelas nações em desenvolvimento, e que ressaltam os riscos do uso excessivo dos recursos naturais sem considerar a capacidade de suporte dos ecossistemas, apontando para a incompatibilidade entre desenvolvimento sustentável e os padrões de produção e consumo vigentes.

No início da década de 1990, as questões de sustentabilidade chegaram na arquitetura e no urbanismo de forma incisiva, fortalecidas através de conferências mundiais que foram realizadas, como a Rio’92, no Rio de Janeiro, em 1992, e a Rio+10, em Johannesburgo, em 2002, firmando e revendo metas de elaborar mecanismos para o desenvolvimento sustentável do planeta.

Sustentabilidade é um tema em construção e há muito o que se aprender a seu respeito, inclusive sobre os atos do cotidiano, como o estilo de vida e o próprio consumo, a forma como se lida ou deixa de lidar com o lixo que se produz, a maneira como se usa os recursos e energias disponíveis e como essa responsabilidade esta a frente das questões do planeta, que sugere que é melhor resolver os problemas quando eles ainda são pequenos.

2. HISTÓRIA DAS CONSTRUÇÕES SUSTENTÁVEIS

Desde os primórdios, quando o ser humano ainda era nômade e caçava apenas o que era necessário para sobreviver e reproduzir, os espaços naturais serviam de refúgio e de proteção. Mesmo que fosse uma caverna que escondesse animais perigosos, acabava sendo excelentes abrigos contra as intempéries naturais. Ao se fixar no território, o homem sentiu a necessidade de criar o teto que lhe protegesse das intempéries. Com o desenvolvimento a medida, os elementos e recursos naturais de cada lugar ia absorvendo as técnicas mais eficazes para o abrigo, sempre aproveitando o que o meio proporcionou, já que reconheceu a força da natureza como sua maior ameaça, mas também como sua maior aliada.

As antigas civilizações não tinham a noção real do tamanho da Terra, mas sabiam e respeitavam este princípio.

O mais antigo conjunto de leis ambientais que se tem noticia foi desenvolvido na Babilônia: ``Os códigos de Hamurabi``, como se tornaram conhecidos, permitem que se reconstitua como eram os costumes na época e algumas dessas leis descrevem severas punições aqueles que prejudicassem o sistema de captação e distribuição de água. Isso demonstra o respeito pelo meio ambiente.

No antigo Egito, as construções mantinham a distância necessária do rio Nilo, onde aproveitavam o fundo das construções para o plantio, onde nos períodos de cheia o rio quando enchia trazia nutrientes e na vazão servia para fertilizar o solo para a agricultura.

Uma das características principais para uma construção sustentável que pode ser trazida como herança dos antepassados é aproveitar a natureza do lugar e respeitar seus limites, já que muitos exemplos podem ser citados ao longo da história como cada povo construiu usando os elementos que dispunham ao redor de suas ocupações.

Uma forma inusitada de demonstrar o aproveitamento do meio a favor do abrigo são os Iglus, que mesmo com as condições extremas de baixa temperatura, este abrigo de gelo se mostra extremamente eficaz.

Quanto as técnicas naturais, os moinhos são ótimos exemplos de como as construções podem usufruir da natureza sustentavelmente. Tanto os de vento quanto os de água têm a função de utilizar uma força natural para moerem cereais e grãos. A historia conta que, na Holanda, os moinhos de vento evitaram que as terras se alagassem ao serem utilizados para bombear a água da chuva para o mar.

3. ARQUITETURA SUSTENTÁVEL

Existe muita discussão a cerca dos conceitos sobre as construções sustentáveis, considerando que não é certo afirmar que uma obra é ou não sustentável, já que a definição virá a partir das características de sustentabilidade que uma construção foi projetada, executada e na somatória das técnicas usadas em relação ao entorno e ao lugar. Assim, é possível afirmar comparando com outro projeto se uma construção é mais sustentável