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Por:   •  30/3/2015  •  Relatório de pesquisa  •  1.930 Palavras (8 Páginas)  •  212 Visualizações

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  • Ética e Serviço Social – fundamentos ontológicos

Maria Lúcia Silva Barroco

  • Ética e vida social;
  • Trajetória ético-político do Serviço Social brasileiro.
  • Trabalho, ser social e ética
  • A sociedade como totalidade organizada por esferas (totalidades), que se efetua de formas particulares;
  • O trabalho como fundamento ontológico do ser social;
  • A universalidade, a sociabilidade, a consciência e a liberdade capacidades humano-genéricas sem as quais a práxis não se realiza.
  • A gênese das escolhas e dos valores são indissociáveis da práxis;
  • Riqueza humana- conquistas humanas, as objetivações, os hábitos, a multiplicidade de gostos e aptidões, a liberdade, sociabilidade, universalidade, todas as capacidades e possibilidades humanas;
  • Trabalho e alienação 
  • Alienação como negação do trabalho enquanto atividade fundamental e emancipadora do gênero humano;
  • Desenvolve-se quando os agentes sociais não conseguem reconhecer ou discernir o efeito emancipatório dessa atividade; 
  • O modo de produção capitalista se apropria dos meios de produção e das formas pelas quais se objetiva  a reprodução da vida.
  • Valores éticos e estéticos expressam-se como valores de posse e de consumo;
  • A vida cotidiana
  • Cotidiano: um elemento ontológico  do ser social;
  • Onde o indivíduo se socializa , aprende a responder às necessidades práticas imediatas;
  • Homem se reproduz e se desenvolve enquanto humano genérico mas voltado para sua singularidade;
  • São partes orgânicas da vida cotidiana: organização do trabalho e da vida privada, os lazeres e o descanso, a atividade social e o intercâmbio;
  • É o espaço das motivações efêmeras, espontâneas, da repetição acrítica;
  • Não faz parte deste espaço, a amplitude, a profundidade e a intensidade necessárias para o exercício da práxis;
  • A vida cotidiana possibilita ao gênero humano a elevação e ampliação das possibilidades de sua objetivação;
  • Cria condições favoráveis para sua elevação acima da sua cotidianidade, para o conjunto dos indivíduos sociais, supõe a supressão da alienação e não da vida cotidiana (p. 40)
  • A capacidade ética do ser social
  • A moral origina-se do desenvolvimento da sociabilidade. Faz parte do processo de socialização dos indivíduos;
  • Reproduz hábitos e expressa os princípios e valores socioculturais;
  • Possibilita a construção de uma consciência pautada em princípios e valores éticos;
  • Produz orientações  acerca dos juízos de valor em relação a outros e a sociedade;
  • Função integradora atua no comportamento dos indivíduos de acordo com as normas e os valores socialmente determinados;
  • Interfere nos papéis sociais caracterizando o modo de ser ou a identidade cultural de uma sociedade;
  • Visa suspender singularidade, pois insere o ser humano genérico nas exigências socioculturais, através das normas e deveres;
  • A moral é parte da práxis interativa, é uma expressão da capacidade auto legisladora do ser social;

 

  • torna o indivíduo responsável pelos seus atos, amplia a sua consciência , estabelece vínculos sociais e propicia um exercício de autonomia.
  • A moral  é parte da vida cotidiana, donde a reprodução das normas depende da adesão espontânea e da repetição para que elas se tornem hábitos, se transformem em costumes que respondam à necessidade de integração a uma sociedade.
  • Consciência
  • Subjetividade
  • Função ideológica da moral
  • Contribui para integração social, viabilizadora de necessidades privadas, alheias e estranhas às capacidades emancipadoras do homem;
  • Perpassa por interesses de classe e por necessidade de reprodução das relações sociais e podem propiciar a liberdade e a autonomia, como podem dominar e coagir.
  • Vida cotidiana e alienação moral
  • A cotidianidade é o um campo privilegiado para alienação, onde a moral se expressa pelo moralismo e pelo preconceito;
  • Preconceito são juízos preconcebidos sobre outrem refutados pela razão. Estes conservam-se inabaláveis e se sustentam pela fé ou crença de que este juízo é a verdade inabalável. (o afeto do preconceito é a fé)
  • O moralismo é uma forma de alienação da moral, quando implica na negação da moral como forma de objetivação da consciência crítica;
  • Reduzir a política à moral
  • Reduzir a moral à política
  • Conflitos éticos morais
  • Fragmentação da práxis moral, expressa a subdivisão do valor nas várias atividades humanas (moral do trabalho, moral sexual, moral dos negócios), contribui para a separação dos indivíduos em diversos papéis e exigindo que se comportem de acordo com cada uma dessas exigências morais;
  • Estrutura das normas (abstratas e concretas);
  • Em uma sociedade capitalista estamos defendendo a universalização dos valores, mas não necessariamente implica que isto seja realizável a todos indivíduos, mas a um grupo de indivíduos;
  • A ideologia oculta as contradições entre a existência dos valores humano-genéricos (normas abstratas) e suas formas de concretização.
  • Reflexão ontológica da ética
  • A ética está associada ao estudo fundamentado dos valores morais que orientam o comportamento humano em sociedade;
  • O conceito que se pretende refletir aprofunda esse entendimento e vai buscar o fundamento da ética associada fundamento do ser social;
  • A ética não pode ser entendida apenas como um conhecimento, mas como uma parte da práxis humana em seu conjunto;
  • A ética está relacionada a prática de homens e mulheres  em suas objetivações cotidianas e suas possibilidades de conexão com a existência humana;
  • O homem como um ser natural e humano genérico, constrói mediações articuladas amplia o seu domínio sobre a natureza e se reconstrói enquanto sujeito histórico e social;
  • De forma consciente e livre, o homem cria formas de sociabilidade cada vez mais complexas. O trabalho adquire uma centralidade nesse processo;
  • A ação ética é dada pela liberdade, compreendida ontologicamente como uma capacidade humana inerente ao trabalho tomado como práxis;
  • A ética é uma ação prática dotada de uma moralidade que extrapola o dever ser, instituindo-se no espaço  do vir a ser
  • Os projetos profissionais são de caráter coletivo e supõe uma formação específica, uma organização de cunho legal, ético e político;
  • São seus determinantes: atendimento de necessidades sociais realizadas de determinadas formas e produzir resultados objetivos com implicações sociais e desdobramentos éticos e políticos;
  • Coesão dos agentes profissionais em torno de valores e finalidades comuns que dá organicidade e direção social a um projeto profissional;
  • A ética profissional é um modo particular de objetivação da vida ética. Suas particularidades se inscrevem na relação entre as demandas e as respostas profissionais.
  • Dimensão teleológica da profissão               e as implicações ético-políticas do produto concreto de sua ação
  • Parte II

A trajetória ético-política do Serviço Social brasileiro

  • Dimensões da ética profissional
  • O serviço social vincula-se às demandas sociohistóricas que incidem sobre o enfretamento das sequelas da questão social, por parte do Estado e das classes dominantes, no contexto do capitalismo monopolista;
  • Contribui para reprodução das relações capitalistas, cujo início assume uma função ideológica da moral, tratamento moral da questão social.
  • A presença do conservadorismo moral, no contexto de origem do Serviço Social, é evidenciada: na formação profissional, no projeto social da igreja católica  e na cultura brasileira, nos ideais positivistas.
  • A face político-ideológica da profissão  assume características moralizantes, (projeto social conservador);
  • Uma profissão eminentemente feminina, formada por mulheres católicas influenciadas pelos padrões da moral conservadora;
  •  O pensamento positivista comteano explica e justifica  ideologicamente a ordem a social burguesa. Uma ordem que não pode ser tocada cuja a ideia de progresso e de harmonia está relacionada com a moral. Neste caso as lutas sociais são vistas como desordem social e que a educação moral deve superar;
  • Defesa da família e da propriedade privada;
  • Pensamento filosófico de base teológica coloca a existência de Deus acima dos valores morais. Nada supera as leis divinas. A natureza humana é vista a partir de uma ordem universal imutável;
  • Para este pensamento a “autorrealização da pessoa humana” supõe a moralidade e “consciência reta” voltada para objetivação de valores universais absolutos voltados ao “fim último” da existência humana: a “perfectibilidade”
  • A ação profissional é tida como vocação a ser exercida por indivíduos dotados de um perfil ético-moral dado por qualidades inatas;
  • O assistente social deve ser um exemplo de integridade moral;
  • A ação profissional tem por objetivo eliminar os desajustes sociais através de intervenção moralizadora de caráter individualizado e psicologizante;
  • Os problemas sociais são considerados disfunções sociais, julgadas moralmente segundo uma concepção de normalidade dada pelos valores cristãos;
  • A tendência ao ajustamento  social, à psicologização da questão social, transforma as demandas por direitos sociais em “patologias”.
  • Os pressupostos neotomistas e positivistas fundamentam os Códigos de Ética Profissional, no Brasil, de 1948 a 1975;
  • Em 1948, o código prevê uma ação profissional subordinada à intenção ético-moral dos seus agentes, entendida como uma decorrência natural da fé religiosa.

Efervescência da participação cívica e mobilização política desse período, na década de 1960 com movimento de mulheres e movimento da juventude;

O Terceiro Mundo se destaca como um espaço gerador de manifestações políticas revolucionárias, determinadas pela crise mundial do padrão de acumulação capitalista;

(nota de rodapé, pg 100 e 101)

  • Da política econômica desenvolvimentista que  que a partir de 1950 amplia e solidifica as bases para o capitalismo monopolista;
  • No continente tem uma trajetória marcada por lutas populares de liberação nacional  e de resistência em face do imperialismo.
  • Movimento emerge a partir do questionamento crítico que incide sobre a teoria e a prática tradicionais, principalmente em relação ao papel profissional;
  • O processo de erosão com o Serviço Social tradicional  já vem sendo sinalizado na década de 1950, no cenário desenvolvimentismo;
  • Quadros jovens da profissão, vinculados ao trabalho em comunidade questionam a histórica subalternidade da profissão, reivindicando um novo padrão teórico e cultural;
  • A experiência do Método BH em Belo Horizonte construída entre 1972 e 1975 é fruto deste peculiar desenvolvimento do projeto de ruptura;
  • Essa ruptura já indica uma transformação na intencionalidade desses profissionais, os quais passam a se identificar  como agentes de transformação;
  • A construção de uma nova moralidade e uma nova práxis profissional, mas voltada para a luta das classes sociais minoritárias;
  • Participação política e cívica;
  • Ampliação da consciência  social;
  • Recusa ideologicamente da ordem burguesa;
  • Militância cívico e política próxima do marxismo, estimulando prática voltadas ao compromisso com as classes populares;
  • Militância católica faz a opção pelos pobres, atuando em atividades de educação popular e formação de novos quadros políticos;
  • Assinala o posicionamento ético e político da categoria com a classe trabalhadora;
  • A defesa pela democracia e ampliação dos direitos civis, sociais e políticos, bem como os valores éticos e políticos inscritos no projeto profissional.
  • Procura superar os equívocos  do “marxismo vulgar”;
  •  A retomada de fontes do pensamento marxista (Gramsci e Lukács);
  • O desvelamento em torno dos fundamentos e análise histórico, social e crítica do significado do Serviço Social no processo de (re)produção das relações sociais burguesas.
  • Em 1992, amplia-se o debate sobre a ética profissional nos painéis do VII CBAS;
  • A discussão em torno do novo Código superação dos limites do código anterior (1986) e garantir suas conquistas;
  • Necessidade do estabelecimento de uma nova codificação ética;
  • Pautado em valores democráticos projeto ético político consolidado em seus princípios previstos no Código de 1986, se reafirma no Código seguinte, negando a base filosófica tradicional conservadora e ao perfil subalterno do assistente social que se constituíram até então nas bases do posicionamento profissional.
  • Inaugura um projeto profissional vinculado ao projeto societário mais amplo e reconhece a práxis como objetivação da sociabilidade humana.

Princípios do Código de Ética de 1993

Liberdade:

  • princípio ontológico central necessário para desenvolvimento do gênero humano

Democracia:

  • Padrão de organização política capaz de favorecer a ultrapassagem dos limites da ordem burguesa, com vistas ao desenvolvimento pleno da cidadania

Equidade:

  • Revela os limites da liberdade burguesa incompatível com a igualdade, com a justiça social e a cidadania plena.
  • A defesa do pluralismo e a recusa do preconceito e da discriminação;
  • Faz enfrentamento ao dogmatismo ao defender a tolerância.
  • O Código de Ética torna-se uma referência  dos encaminhamentos práticos  e do posicionamento político dos assistentes sociais

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