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Planejamento Gestão Escolar

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Por:   •  27/9/2014  •  4.182 Palavras (17 Páginas)  •  472 Visualizações

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Ciência Como Vocação”, em Ensaios de Sociologia, p. 97-183.

Planejamento e Gestão Escolar: Obstáculo ou Desafio?¹

Maria de Lourdes Soares Ribeiro ²

Sumário: 1- Introdução; 2- Didática do Planejamento: 2.1- Planejamento do ensino numa perspectiva crítica de educação, 2.2- Aluno x professor x escola: causas e efeitos, 2.3- Dilema da intelectualidade nos dias de hoje, 2.4- O planejamento escolar: trevas ou luz; 3- Sistema Escolar Brasileiro: 3.1- O que é educação? 3.2- Por uma genealogia do poder, 3.3- Da organização da educação nacional; 4- Dinâmica Do Comportamento Humano: 4.1- A aposta na aprendizagem do professor, 4.2- Ensino para a compreensão; 5- Economia e Política da Educação: 5.1- O estado brasileiro e a política educacional dos anos 90; 6- Planejamento Educacional: 6.1- Mudanças na sociedade contemporânea, 6.2- Planejamento em questão: o papel da reflexão, 6.3- A falta de sentido do planejamento, 6.4- A alienação do educador, 6.5- Educar para qual cultura? 7- Metodologia da Produção do Conhecimento: 7.1- A elaboração de seminário, 7.2- A documentação como método de estudo pessoal, 7.3- Observações metodológicas referentes aos trabalhos de pós-graduação, 7.4- Diretrizes para a leitura, análise e interpretação de textos. 8- Organização e Gestão Escolar: 8.1- Planejamento e avaliação na escola: articulação e necessária determinação ideológica. 9- Avaliação Institucional: 9.1- Avaliação desmistificada: avaliação uma leitura orientada.

1.Introdução:

Hoje vivemos uma eterna maratona, correndo de um lado para outro com a finalidade única de melhorar, ou pelo menos de tentar melhorar, diante de opiniões diversas, algumas complacentes com a nossa, outras totalmente adversas. O que é de grande proveito para o crescimento de todos.

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¹ - Durante todo o ano de 2003, através de estudos, seminários, pesquisas e depoimentos de colegas de classe, desenvolveu-se este artigo. Para uma melhor absorção e entendimento do curso de Pós-Graduação em Planejamento e Gestão Escolar.

² - Pós-graduanda em Gestão e Planejamento Escolar pela UPE, Universidade de Pernambuco, Pedagoga, e Supervisora de Pessoal.

Felizmente ou infelizmente não sei, participamos de um Sistema Educacional Brasileiro amplo e ao mesmo tempo restrito. Amplo em suas colocações em suas leis educacionais que visam um grande desenrolar da educação brasileira e restrita por limitar a autonomia dos órgãos educacionais que vez por outra estão baixando a cabeça para os desmandos de chefias hipócritas com suas colocações políticas.

Trabalha-se com uma nova LDB, recheada de novos propósitos, outros reformulados, mas, todos procurando engajar o processo ensino-aprendizagem no contexto social da população brasileira.

Que, pelo menos, teoricamente está buscando meios de aprimorar o ensino no Brasil. Temos na prática, outra realidade, uma escola defasada, sem comprometimento e responsabilidade. Que coloca um currículo aleatoriamente e que não responde as necessidades apresentadas.

Cobram-se cursos, especializações, projetos e participação na formação de cidadãos, mas não se vê condições de se fazer. O que gera um corpo docente fragilizado e deficiente em suas atribuições.

Mas, a Lei grita, “tem que se especializar” do contrário sua participação será irrisória. Então eu pergunto: Os educadores que temos vale quanto pesa? Sua participação como formadores de opiniões é válida, responde aos anseios de um currículo regional e nacional.

Ensinar faz parte da vida, estamos continuamente ensinando, ensinamos em casa, ensinamos na rua, ensinamos no trabalho, no médico, numa festa, numa reunião e até numa escola. Ensinamos, mas, e compreender será que compreendemos de fato. Será que somos conscientes de nosso aprendizado. O nosso ensinar proporciona participação, nos torna seres políticos, capazes de expressarmos opiniões. Se nossa visão de mundo nos condiciona a transformar, a buscar sempre mais para melhorarmos. Será que apenas estamos passando a bola adiante, sem determinar que gool queremos atingir. Se estamos fingindo ensinar e fingindo aprender?

A aprendizagem se dá com interação, participação e parceria. Educar é promover e estimular a curiosidade de saber mais, buscar e questionar sempre. Ser proativo diante do novo, não parar no primeiro obstáculo, conhecer a realidade onde se trabalha, onde pode melhorar, em que contribuir no crescimento mútuo. Ser consciente e conscientizar, instigar o “aprendente” a por em prática seu conhecimento empírico. Vivenciar e experimentar levando-o a uma construção sólida e interativa. Co-relacionar, ouvindo e sendo ouvido, participando e incentivando a participação conjunta. Trabalhar com tecnologia e recursos favoráveis ao desenvolvimento, enfrentar as dificuldades, discutir a coerência, eficiência e satisfação formativa e contínua.

Educação é a arte-cênica do conhecimento. Trazer para o mundo empírico a realidade. Com o propósito de torná-la ideal.

Educação é dinamismo, é descobrir, é investigar e principalmente participar. Não cabe mais a rotina, esta coloca em risco todo o desenvolvimento e aprendizado.

2. Didática do Planejamento:

2.1- Planejamento do Ensino Numa Visão Crítica:

Nos tempos atuais, o planejamento de ensino, numa proporção ampla, viabiliza o melhoramento do trabalho docente. Ou, esta deveria ser a proposta. Que não acontece; de forma que os objetivos educacionais se apresentam desvinculados da realidade social. Sem significativos referenciais na vida dos alunos. Os recursos disponíveis para o trabalho didático, não passam de instrumentos de observação. Sem a devida importância e aproveitamento. O professor se torna um transmissor de informações apenas. Na maioria das vezes não leva seu aluno ao questionamento, análise crítica. Criando verdadeiros fantoches manipuláveis, sem criatividade, sem ação. Em face da descrença do processo ensino-aprendizagem, o profissional de educação direciona seu trabalho, isolado do contexto histórico, da experiência de vida.

Numa óptica transformadora, o processo de planejamento mostra uma perspectiva crítica de uma educação inovadora.

Temos hoje uma educação defasada, sem credibilidade, sem força atuante. Logo o planejamento precisa

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