Plano Real

Plano Real

Medidas: -Uso da taxa de câmbio como instrumento de combate à inflação; -Aberturas da economia as importações, através da redução das barreiras tarifárias; -Abertura financeira externa, adotando políticas de estímulo a entrada de capital externo de curto prazo, através do aumento da taxa de juros; -Medidas de desindexação da economia; -Ajuste fiscal e austeridade monetária com restrição dos gastos públicos e redução do estado; -Privatizações: vendas de empresas públicas. Esse modelo proporcionou a estabilidade econômica do Plano Real.

Fase 1: AJUSTE FISCAL (medida ortodoxa, de acordo com a visão tradicional a inflação deve ser combatida mediante redução do déficit público) – Lançamento do Programa de Ação Imediata (PAI) através do ajuste fiscal baseado em três elementos: -Corte de despesas, aumento de impostos (criação do IPMF – Imposto Provisório sobre a Movimentação Financeira) e diminuição das transferências (fim da inadimplência dos Estados). A finalidade desta primeira fase era dar fôlego ao governo e demonstrar sua capacidade de executar as despesas orçamentárias sem precisar das receitas geradas pela inflação.

Fase 2: INTRODUÇÃO DA URV (Unidade Real de Valor) – Parte heterodoxa do Plano: combater a inflação por meio de um novo indexador. Como o cruzeiro real desvalorizava-se diariamente e comprometia sua função de unidade de conta, para solucionar isso, o Banco Central passou a divulgar diariamente a cotação da URV que além de servir como unidade de conta, era também utilizada na correção de preços, salários e contratos. Ou seja, o governo com a introdução da URV introduziu uma superindexação na economia. Como ponto de partida, considerando que a moeda tem três funções: -Serve como meio de pagamento, permite a transferência no tempo de poder de compra (serve como reserva de valor) e o terceiro, oferece a economia uma unidade de conta para se referenciar a valores (permite estabelecer o valor dos bens em relação a outros). Nesse sentido, a introdução da URV tinha a função de estabelecer uma indexação para servir como padrão de valor monetário.

Fase 3: Reforma Monetária: Transformação da URV na nova moeda, que se iniciou com a primeira emissão do REAL, lastrado nas reservas internacionais e no patrimônio da União.

A política cambial e a crise de financiamento externo

A combinação da política de câmbio sobrevalorizado com taxas de juros elevadas, produziu efeitos negativos imediatos sobre as contas externas.

No período após o lançamento do Plano Real, um salto no volume capital monetário que ingressou no Brasil na forma de empréstimos em moeda.

A fuga de capitais, ocorrida a partir de agosto de 1998 como consequência da crise da economia da Rússia, reduziu o fluxo de capitais especulativos naquele ano, mas não o eliminou.

O desenlace da crise - O fechamento do acordo com o FMI para o triênio 1999-2001, com a implementação de programas de conteúdo fortemente recessivo, colocou como exigência o compromisso do País com a geração de superávits primários do setor público para controlar/estancar o crescimento da relação dívida-PIB.

Na sua segunda fase, o Plano Real, passou a se apoiar nos seguintes pilares: a)