Plano Real

Centro Universitário Carioca

PLANO REAL

Curitiba

2014

Introdução

No ano de 1993, a inflação conseguiu atingir o nível máximo de descontrole, devido ao Impeachment, sofrido por Collor. O Brasil vivia estagnação econômica e aceleração inflacionaria. A sociedade sofria diariamente com os reajustes.

As indústrias não conseguiam planejar, nem investir. Algumas encontraram dificuldades no reabastecimento dos produtos. Muitas buscaram medidas negativas, como a baixa na qualidade do produto, e a baixa na quantidade de peso e volume, tentando manter o mesmo valor. Outras optaram pela retirada do produto nos mercados.

No mercado de trabalho, o fator predominante era a passagem da economia fechada para aberta. O que pedia uma demanda de especialização tecnológica, que não correspondia ao mercado brasileiro. Devido á isso, trabalho formal e assalariado passou para trabalhos informais ou precários.

Grande parte dos mecanismos adotados à época na tentativa de, repor parte da inflação sobre os salários e manter condições de compra á população, pioraram ainda mais a situação. A população ficou confusa com relação aos preços, e se viram obrigados a estocar o máximo de produtos.

O alto descontrole de preços, fez com que a moeda fosse desvalorizada, deixando á população empobrecida. Administrar o salário, para que tal pudesse durar até o fim do mês, tornou-se tarefa difícil. Havia uma pequena parte da população que ainda conseguia depositar suas economias no banco.

Os bancos, não tinham alternativa, se não cobrar pelos serviços prestados (assim como é feito até hoje). O grande problema, dessa época, foi a inadimplência. Empresas se viam obrigadas a fazer empréstimos, para cumprir com o pagamento das folhas salariais.

Diante do caos, Fernando Henrique Cardoso, então nomeado Ministro da Fazenda, junto com alguns economistas, assumiu o compromisso, de “acabar” com a inflação no país, dando inicio ao planejamento, do então Plano Real.

Desenvolvimento

Com a intenção de intervir, o fato alarmante da hiperinflação da economia local, de 4% ao dia e 1348% acumulados um ano antes, em fevereiro de 1994, dá-se inicio ao processo, que mais tarde seria nomeado como Plano Real. Esse plano veio com a intenção de controlar a alta inflação. Reduzir as taxas de juros, dando a chance de o país crescer economicamente, investindo em bases estáveis que provocasse a demanda na produção.

Essa medida foi planejada e executada, em três etapas. Primeiro, com a preocupação em promover o equilíbrio dos órgãos públicos economicamente. No qual, seria feito um ajuste fiscal, através da redução de gasto, já que a composição da estrutura administrativa brasileira era ampla e gerava gastos desfavoráveis. Durante esse período, vinte mil funcionários, foram demitidos. Junto com esse corte, também foi criado um fundo de emergência, reservando 15% dos impostos, para pagar planos sociais e 5% para outras possíveis dividas.

Em seguida, o Banco Central, deu inicio a divulgação da Unidade Real do Valor (URV). Essa unidade foi criada para variar todos os dias, de acordo com o dólar, seu objetivo era indexar todos os contratos na economia ao dólar para que, no momento que a nova moeda fosse implantada, os preços estivessem exatamente os do dia anterior, mantendo-se estáveis. A unidade teve valor inicial, de CR$ 2.750,00 para cada U$ 1,00.

Durante todo o período de reforma, especialmente no Plano, o desempenho da moeda e sua estabilidade, contaria tanto para a aceitação interna, quanto externa. Por isso, a reserva do dólar americano crescente no país. Ele dava um caráter de qualidade por ser um ativo de muita força de adesão no mercado, tanto que no final de julho de 1994 o Brasil, possuía uma quantidade de reais em poder da população de R$ 10.678 bilhões, enquanto as reservas do dólar beiravam U$ 40 bilhões. Fatores como esse, mostraram a valorização do real frente ao dólar, e isso fez com que investidores externos investissem mais no Brasil.

Após, todos os reajustes, a URV foi transformada em dinheiro. Lançando definitivamente, a moeda Real. Já no inicio da implantação, houve uma queda brusca sobre a inflação acumulada, que foi de 46,95% em junho de 94 para 6.08% em julho. Esse controle sobre a variação inflacionária permitiu que a população brasileira, mantivesse seu salário por mais tempo.

Ao longo, puderam presenciar o crescimento médio do PIB de 2,9%, nos setores de atividade econômica. Ele foi se consolidando com a expansão do crédito ao consumidor e com a geração de emprego.

O aumento na oferta de postos de trabalho surgiu através das privatizações, do investimento na indústria de transformação e capital externo. Em 1995, o quadro era de 350 mil empregos e em 2000