Pluralismo
Tese: Pluralismo. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: Biancagrlima • 7/10/2014 • Tese • 1.437 Palavras (6 Páginas) • 261 Visualizações
Os seres humanos possuem diversas diferenças físicas dependendo de onde e quando nasceram, possuem diferenças históricas, culturais, econômicas, religiosas, políticas, de linguagem, entre outras. Essa diversidade dentro da espécie humana é chamada “pluralidade cultural”.
No Brasil de anos atrás o ensino escolar tinha uma ideia equivocada de que todo brasileiro era resultado biológico da mistura de brancos, negros e índios, ignorando as influencias e as posteriores migrações de outros povos, que se espalharam em regiões especificas do país criando novas diversidades.
2. O Pluralismo
Os seres humanos possuem diversas variáveis físicas como: cor da pele, altura, forma dos olhos, boca, nariz, cor e textura dos cabelos, e outros, mas também, dependendo de onde e quando nasceram, possuirão diferenças históricas, políticas, tecnológicas, sociais, culturais, econômicas, religiosas, morais, de linguagem, etc. Essa diversidade dentro da espécie humana é a chamada "pluralidade cultural" e desde que o homem adquiriu formas de se locomover a grandes distancias, ela tem sido causa e efeito da evolução do planeta.
No Brasil de alguns anos atrás, o ensino escolar passou a ideia equivocada de que todo brasileiro é o resultado apenas biológico da mistura de negros, brancos e índios, ignorando ou desprezando os aspectos culturais dessas influencias e as posteriores migrações de outros povos, que se fixaram em regiões especificas do país criando novas diversidades físicas, culturais e econômicas. Hoje, historiadores, sociólogos, pedagogos, filósofos e biólogos se esforçam em mostrar a complexidade dos elementos formadores das características e particularidades evolutivas da convivência humana, que por vezes, interagem e se preservam entre si de forma dinâmica e de acordo com as condições do ambiente.
Estima-se que atualmente apenas cerca de 15% dos países sejam etnicamente homogêneos, é completamente irracional, portanto, que na chamada “era espacial” as sociedades ainda queiram padronizar comportamentos, impor regras ou rótulos a qualquer tipo de povo ou raça do planeta. É preciso desde cedo, tornar as diversidades humanas divulgadas, conhecidas e explicadas em seu contexto histórico e geográfico, para que através da compreensão, se obtenha tolerância e respeito nas convivências sociais, eliminando em definitivo, desnecessário o misoneísmo do nosso instinto de preservação.
O Multiculturalismo (ou pluralismo cultural) já é uma realidade em lugares como Canadá e a Austrália. Já em alguns países da Europa, percebe-se um sentimento monoculturista que tenta, de forma sutil, fazer com que os imigrantes assimilem a cultura local em detrimento a sua própria identidade natural.
Uma das formas mais cruéis de etnocentrismo é o preconceito que é gerado pela necessidade de ignorar, segregar ou discriminar situações ou pessoas consideradas diferentes durante a convivência diária. Aquele que se nega a conhecer ou aprender sobre a pluralidade cultural torna-se obsoleto, vazio e por vezes cruel, inclusive, entre os que lhe são comuns, alem de contrariar a Declaração Universal dos Direitos Humanos e princípios constitucionais de vários países.
As doutrinas multiculturalistas reconhecem a vulnerabilidade das chamadas minorias sociais (negros, índios, mulheres, homossexuais, etc.) e buscam incentivar, proteger, respaldar e legalizar movimentos que lutam contra a homogeneização das sociedades através de esclarecimento público sobre excluídos e discriminados, mostrando-os como fator de enriquecimento cultural.
"Misoneísmo" é o termo que designa o medo irracional expresso sob forma de preconceito e resistência ao que é novo.
”Etnocentrismo”: visão de mundo da sociedade branca dominante que se toma por mais importante que as demais.
3. São Paulo terra de diferentes culturas.
A cidade de São Paulo se caracteriza pela diversidade cultural, base da sua formação urbana. De pequena aglomeração urbana resultante de um processo econômico periférico àquele implantado no nordeste brasileiro a partir do século XVI, São Paulo, em cerca de 200 anos, transformou-se em metrópole. Ainda que a sua localização inicialmente privilegiasse os intercâmbios comerciais, o que lhe indicava um futuro promissor, no entanto, não passou de um núcleo interiorano e porta de entrada para o “sertão” -como então se denominavam as áreas não exploradas do país. De sua fundação em 1554 até 1628, data marcada pela expulsão dos jesuítas, a cidade viveu uma fase religiosa – predomínio do Páteo da Escola Jesuíta – caracterizada por uma economia absolutamente fechada. A agricultura tinha caráter apenas de subsistência, contando com algumas poucas hortas para o consumo doméstico. Nelas eram cultivadas as árvores frutíferas de Portugal, o trilho, o milho, a vinha, o algodão, a mandioca. O primeiro sinal de mudança nos rumos do destino da cidade foi o descobrimento de ouro no Jaraguá. O ciclo de ouro que se seguiu veio estimular a vocação comercial – até aquele momento, apenas latente – tornando-se, a cidade, um importante entroncamento comercial a partir do aparecimento de várias rotas de comércio decorrentes do processo de ocupação brasileiro, que já alcançava o interior. Ainda que o processo de crescimento da atividade comercial tenha sido importante para a cidade, somente após a chegada do café e o desenvolvimento das ferrovias a partir de 1890 houve modificação na vida urbana de São Paulo. Para que se possa ter ideia dessa modificação, a população da cidade que era cerca de 70 000 habitantes em 1890, passa
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