Polemica Ou Ignorancia

RESENHA CRÍTICA

Os textos “Polêmica ou Ignorância”, “Preconceito contra a Educação” e “Aceitam Tudo”, relatam a discursão que a distribuição do livro “Por uma vida melhor” que o Ministério da Educação fez para mais de 4.000 escolas públicas do país gerou, após ter sido divulgada no site IG. O livro que aborda como assunto a variação linguística, alvo de muitas críticas, foi defendido no primeiro e terceiro texto pelo linguista e professor Marcos Bagno e pelo autor Sírio Ponsseti, respectivamente. Utilizando trechos do livro, alguns jornalistas afirmaram que não há problema em falar errado. Além do conteúdo apresentado no livro, a utilização do tema nas escolas foi reprovado por vários linguistas e por uma procuradora da República. Defensores da língua culta, para eles a variação linguística pode ser bem entendida entre pessoas incultas, mas dificulta a compreensão e inclusão dessas pessoas em uma carreira profissional. Os defensores do livro foram julgados como merecedores de punições do Ministério Público, por desperdiçar dinheiro público com material visto como criminoso e incentivador da “burrice” dos jovens, em um sistema de educação já deficiente. Entretanto, o livro assim como o MEC, foram muito bem defendidos pelos autores acima citados. Segundo eles, a variação linguística vem sendo estudada há muitos anos e não pode ser ignorada, pois as mudanças nas línguas faladas no mundo inteiro sempre ocorreram e sempre ocorrerão. Esse material age como forma de reconhecimento e aceitação para os alunos das “classes populares” não se sentirem discriminados, pois saberão que não existe certo ou errado na língua portuguesa do Brasil. As críticas também não foram aceitas porque as pessoas que as fizeram, utilizaram frases que vão contra a norma culta que eles mesmos defendem. Os textos em questão fortalecem a ideia da presença da variação linguística, não somente no vocabulário dos indivíduos das “classes populares”, como também no dia a dia das pessoas que se julgam intelectuais e consideram correta apenas a norma culta, mas na verdade não sabem sequer utilizá-la. São recomendados para todos os alunos e profissionais do setor de educação, que estão expostos a constantes mudanças do vocabulário brasileiro.

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