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Política Social De Atenção A Criança, Adolescente E Idoso

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Por:   •  25/10/2014  •  1.639 Palavras (7 Páginas)  •  510 Visualizações

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Atps política social de atenção a criança, adolescente e idoso

Infelizmente, o uso de drogas é uma prática disseminada na sociedade que vem trazendo conseqüências desastrosas de proporções inimagináveis. Desestruturação familiar e profissional, aumento da violência (assassinatos, furtos, roubos...), abandono escolar, crescimento do número de moradores de rua, crescimento de acidentes de trânsito são alguns dos frutos provocados por tal popularização das drogas.

Segundo a Organização das Nações Unidas para o Controle do Crime e das Drogas (UNODCCP, 2000) o abuso de drogas é um fenômeno global e dificilmente existe algum país no qual ele não ocorra. De acordo com a distribuição geográfica das tendências de maior consumo das diversas substâncias psicoativas, temos as facilidades do acesso a determinadas drogas; os aspectos culturais mais ou menos comuns a cada região e os fatores sócio-econômicos.

É imprescindível a criação de projetos sociais bem estruturados, com a participação de uma equipe multiprofissional (médicos, assistentes sociais, psicólogos, psiquiatras, educadores, etc.) em locais como o CREAS, com a finalidade de prevenir situações de risco a menores.

Uma pessoa não começa a usar drogas ou abusar delas por acaso ou por uma decisão isolada. Cada vez mais,pesquisas e estudos mostram que o uso indevido de drogas é fruto de uma multiplicidade de fatores. Se por um lado a pessoa não nasce predestinada a usar drogas, também não as usa apenas por influência de amigos ou mesmo de traficantes. Neste sentido, é que se considera o estudo sobre fatores de risco e proteção. Sudbrack (2003) apresenta que fatores de risco são aquelas circunstâncias sociais e/ou pessoais que a tornam vulneráveis a assumir comportamentos arriscados, como usar drogas. Fatores de proteção são aqueles que contrabalançam as vulnerabilidades, tomando a pessoa com menos chances de assumir esses comportamentos. Destacam-se, portanto, a familiar, a escola, os pares e a comunidade onde o jovem vive. Observa-se que estas instituições possuem um papel fundamental como fatores de proteção, embora também se desenvolvam como fatores de risco exercer influências que levem ao consumo de drogas

É necessário promover ações que valorizem a auto-estima dos jovens, que os mantenha ocupados com atividades saudáveis, enriquecedoras e atraentes para minar espaços por onde as drogas podem entrar. Mostrar-lhes o quanto são amados e acolhidos pela família, pela escola, pela comunidade, pela sociedade é mais do que dizer não às drogas, é erradicá-las.

O projeto que se segue tem o intuito de conscientizar crianças e adolescentes dos riscos existentes no mundo das drogas, além de oferecer uma “mão amiga” a jovens usuários de drogas e em medidas sócio-educativas, através do diálogo com os jovens, chamando a atenção para os danos que o uso das drogas pode causar. Sem nunca trabalhar sob a perspectiva de que é ilegal ou imoral. Pois com esse diálogo para uma criança ou um adolescente pode instigá-los ao proibido, visto que aquilo que é proibido pode acender maior curiosidade sobre as drogas.

Para a viabilização do projeto, foi estabelecida uma parceria junto à coordenação do CREAS- Renascer, no município de Hidrolândia, juntamente com três escolas de nível fundamental e médio no município. O objetivo principal do projeto é a reflexão, contribuindo para a visão crítica das situações e dos problemas e para o desenvolvimento da autonomia e da capacidade de escolha dos adolescentes, de acordo com o Estatuto da Criança e do Adolescente (Lei Federal N° 8.069), especialmente sobre os artigos que falam do direito à liberdade, respeito e dignidade (art. 16 ao18) sobre as medidas de proteção (art.98) da prática do ato infracional e medidas sócio-educativas (art.103-112).

O público alvo do projeto são crianças e adolescentes de vários níveis sociais da cidade de Hidrolândia, dentro das escolas os alunos serão conscientizados dos perigos das drogas através de palestras, distribuição de folhetos, seminários apresentados pelos alunos com o auxilio do grupo elaborador do projeto e dos professores, durante todas as fases do projeto, será procurado também o apoio dos pais e da sociedade em geral, visto que não é possível trabalhar a questão na escola como se ela fosse uma ilha. O reconhecimento dos fatos e mitos a respeito do assunto, da situação real de uso e abuso de drogas em diferentes realidades, assim como as idéias e sentimentos dos alunos, da comunidade escolar e dos pais a respeito do assunto precisam ser considerados.

A escola foi escolhida como o local de concretização do projeto por ser o espaço no qual os adolescentes vivem muito tempo de suas vidas e por ser um ambiente privilegiado para reflexão e formação de consciência.

O trabalho de prevenção na escola não surge, portanto, de uma necessidade localizada, não pretende reprimir os adolescentes, nem ensiná-los a “dizer não às drogas” ou fazer terrorismo sobre uma “tragédia iminente”. Quando compartilhada pelos educadores e pela sociedade pode ser percebida num contexto de construção da responsabilidade social do grupo de alunos. Propondo o fornecimento de informações de modo imparcial e científico. A partir das informações, os jovens poderão tomar decisões conscientes e bem fundamentadas sobre as drogas. Partindo da observação de que os jovens mais bem estruturados e menos vulneráveis, do ponto de vista psicológico, estão menos sujeitos a abusar de drogas.

Os educadores devem estar conscientes, no entanto, de que existem, entre os alunos, aqueles que já têm problemas com o uso de drogas. Para eles, podem ser previstas ações de prevenção secundária, às vezes, fora da sala de aula, procurando reverter o processo ou evitar que o uso se torne crônico, agravem-se seus danos ou se torne dependência, para tal ação, podemos contar com o apoio da equipe do CREAS.

Para obtermos bons resultados nos trabalhos realizados é preciso conhecer suas características, preparo técnico e suporte teórico que orientem a atuação. Assim, compreendemos a importância de investimentos na área de pesquisas para diagnosticar a atual realidade de vida de crianças e adolescentes em situação vulnerabilidade. Além disso, foi possível verificar a necessidade de promoção de capacitações sistemáticas e continuadas para gestores, profissionais que atuam junto ao segmento infanto-juvenil e população em geral, através das quais se possam compartilhar experiências e aprofundar conhecimentos fundamentais para o bom desempenho de trabalhos voltados para garantia dos direitos estabelecidos pela constituição e pelo estatuto da criança e do adolescente dessa população.

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