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Por Quem Os Sinos Dobram

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Por:   •  7/7/2014  •  1.202 Palavras (5 Páginas)  •  525 Visualizações

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Por quem os sinos dobram?

HIRATA, Helena. Por quem os sinos dobram? Globalização e divisão sexual do trabalho; São Paulo, Dezembro 2003

O artigo procura mostrar as consequências da globalização sobre o trabalho, levando em conta o sexo. Pesquisas mostram que mesmo tendo uma maior inserção da mulheres no mercado de trabalho a precarização e vulnerabilidade desses empregos também aumentou. Ainda é possível ver a desigualdade salarial, das condições de trabalho e da saúde, e o trabalho doméstico não diminuiu. As novas tecnologias tornaram o trabalho doméstico menos penosos mas não fez com que diminuísse as tarefas destinadas a parte feminina da família.

Contorno e limites da noção

A definição feita por um empresário diretor de um dos maiores grupos europeus sobre capitalização foi:

“ a liberdade que tem seu grupo de se instalar onde quiser, durante o tempo que quiser, para produzir o que quiser, estocando e vendendo onde quiser, com o compromisso de se submeter ao mínimo possível de obrigações em matéria de direito do trabalho e de convenções sociais.”

Os economistas críticos definiram como a interdependência crescente de todos os mercados nacionais para o surgimento de mercado unificado. Lipietz mostra o novo neste processo que é

“a intensidade dos fluxos, a variedade de produtos, o número de agentes econômicos envolvidos nesse movimento”

A globalização é estimulada por políticas governamentais neoliberais, que consequentemente liberam as trocas comercias, a desregulamentação, a abertura dos mercados e novas logicas de desenvolvimento das empresas multinacionais, como a terceirização que foi onde o maior número de mulheres se estabeleceram.

O desenvolvimento de novas tecnologias aceleraram a movimentação imediata de informações e de outros dados e financeirização das economias consequentemente pela flexibilidade do trabalho e a precarização do emprego.

Organismos internacionais como a ONU e Banco mundial que visão a melhoria do mercado de trabalho expõe a situação que as mulheres vivem em cada época. Alguns autores, como Talahite, também buscam falar sobre a mundialização a partir de uma perspectiva de gênero.

O trabalho e o emprego feminino na economia globalizada

Na década de 90 a globalização causou mudanças no ambiente de trabalho, onde o emprego masculino estagnou e o feminino deu uma enorme alavancada, levado pela abertura dos mercados. As mulheres estavam presentes tanto no mercado formal, informal ou de serviços. Junto com o crescimento do mercado de trabalho feminino também cresceu o de trabalhos precários e vulneráveis, confirmados por pesquisas feitas por economistas femininas no ano 2000 e este assunto que leva ao paradoxo da globalização no ponto de vista dos gêneros. O mercado mostra desigualdades de salários, das condições de trabalho, da saúde e desigualdades sociais, além que o trabalho doméstico não diminui para estas mulheres que agora também faziam parte do mercado de trabalho.

Um dos motivos que intensificou a presença das mulheres no mercado de trabalho foi o crescimento do emprego parcial, que em alguns países foi apoiado pelo governo como forma de aumentar a flexibilidade e diminuir o desemprego. O desenvolvimento do trabalho parcial no norte e do informal no sul alavancou o número de empregados mal remunerados, sem plano de carreira, desvalorizados socialmente, instáveis e com direitos trabalhistas limitados ou até inexistentes.

Atualmente o emprego é afetado por duas tendências, as das mulheres classificadas como “desqualificadas” e estas estão nos serviços precários e instáveis e temos as mulheres na categoria de gerencias e profissões intelectuais superiores, que são a minoria delas.

Atualmente o número de mulheres que se tornam arquitetas, medicas, engenheira, dentre outras profissões de renome vem aumentando muito, mas também é possível ver o aumento do número de mulheres que entram no mercado de serviços, trabalhando como babas, empregadas domesticas ou cuidadoras de idosas. Com este paradoxo o status de crescimento de mulheres entrando no mercado de trabalho assalariado cai.

Globalização, trabalho e gênero: alguns estudos

A globalização trouxe grandes mudanças que geram outras grandes mudanças, o mercado e a economia entraram em uma era de liberdade, que foi ainda mais reforçada pela tecnologia que trouxe a rapidez nas trocas de informações e na criação de dados que permitem tomar decisões mais rápido e mais certeiras.

Pesquisadores comprovam que a globalização e tudo o que ela trouxe pode criar estimativas no gênero feminino que são consideradas boas, como, a proporção de mulheres qualificadas em informática na Malásia passou de 16% em 1975 para 40% em 1990. Estas pesquisas também mostram a distorção de salários que ao transmitir funções

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