Por Uma Reviravolta De Nosso Modelo Alimentar
Tese: Por Uma Reviravolta De Nosso Modelo Alimentar. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: Fer3058 • 14/10/2014 • Tese • 444 Palavras (2 Páginas) • 220 Visualizações
Comente os fatores cultural, social, natural, político e econômico quanto às suas implicações e agravamentos na questão da fome.
Os hábitos alimentares de um povo são influenciados pela cultura do mesmo. A partir de tradições herdadas, as pessoas definem o que podem ou não comer. Por exemplo, existem religiões que proíbem a ingestão de carne. Outro exemplo são as falácias – como dizer que manga com leite faz mal. A introdução de um modelo alimentar industrial pelos países ricos eliminou o fator cultural na alimentação. Esse modelo imposto, fez com que as pessoas mudassem sua dieta, esquecendo, assim, seus hábitos antigos.
Esses alimentos industrializados são vistos como ‘alimentos de luxo’, sendo assim, não são acessíveis a todas as classes sociais. Aqueles que não têm uma condição financeira suficiente para adquiri-los são prejudicados, pois não há tantas outras opções, já que tal modelo tomou conta do mercado do país, acabando com a produção de outros tipos de alimentos mais baratos.
O fator natural era o maior influenciador na produção alimentícia, pois as plantas dependem de um solo e clima específicos para sobreviverem e, assim, fornecer alimentos para a população; e os animais do clima e da vegetação, para se tornarem fonte de proteína para o ser humano. Através do uso de fertilizantes, pesticidas e aditivos químicos já não se leva em conta a estação e a origem geográfica. O alimento industrializado agora pode ser produzido em qualquer lugar do mundo.
Já a política sempre influenciou e continua sua influência no consumo de alimentos da população, tanto internamente quanto externamente. O governo tem o poder de impedir a agricultura familiar para que o agronegócio prospere. No caso da industrialização alimentícia, a importação e exportação desses alimentos, e a baixa produção de outros tipos para consumo interno promove a escassez desses últimos e o aumento no preço da comida, o que dificulta o acesso para alguns grupos menos favorecidos economicamente.
A importação e exportação de alimentos são ótimas para dar força para a economia, mas é desse modo que alimentos baratos tornam-se caros, e alimentos naturais de uma região não são mais vistos nela, pois a maioria é exportada e os que ficam são caros.
Todos esses fatores culturais, sociais, naturais, políticos e econômicos podem limitar a dieta do ser humano e, quando faltam opções, levar a um quadro de fome. Além disso, a concentração de renda nas mãos de uma minoria faz com que a distribuição alimentar seja irregular, em outras palavras, a maioria com pouca comida e a minoria com muita. Não é preciso acabar com essa agricultura tecnológica, mas é importante que o modelo antigo também permaneça para que o problema da fome seja, pelo menos, amenizado.
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