Portifolio De Quimica
Pesquisas Acadêmicas: Portifolio De Quimica. Pesquise 861.000+ trabalhos acadêmicosPor: Karolcesare • 28/3/2015 • 4.764 Palavras (20 Páginas) • 196 Visualizações
PINTURA ELETROFORÉTICA
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INTRODUÇÃO
O automóvel nestes últimos cinqüenta anos tem sido um bem significativo e de importância vital para grande parte da humanidade. A partir da década de 80, tem-se notado um aumento significativo na robotização das montadoras de automóveis, sendo praticamente aceitável, em todos os níveis, que, em ambientes de alta tecnologia, os trabalhadores com funções repetitivas, como apertar parafusos ou aplicação de soldas ponteadas, tendem a ser substituídos por máquinas e robôs (Mainier, 1997).
Caminhando na dimensão industrial, os projetos dos carros da atualidade são baseados na segurança e em visões simples e compactas. E, nesta direção, também, acompanham as próprias fábricas de autopeças, que, na maioria das vezes, já estão enviando às montadoras os grupos de peças prontas, de fácil montagem e formando um conjunto único. Segundo Pétala (1997), a partir dos 80, ocorreu uma exigência que o mercado automobilístico transformou num imperativo categórico: a qualidade, que se tornou uma espada de Dâmocles sobre cada projeto, tão numerosos são os testes, tão rígidas são as especificações, os aperfeiçoamentos e, enfim, as surpresas para se alcançar sem erros, na data prevista, o nível de qualidade exigido pelo mercado. Os elementos detonadores destas mudanças foram os desafios da concorrência nacional e internacional e as exigências dos clientes, no sentido de incorporar as inovações no seu cotidiano. Dessa forma a pesquisa e o desenvolvimento tecnológico foram impelidos no sentido de atingir a qualidade, a confortabilidade e a segurança, ditadas pelas normas sociais vigentes. A preocupação com a durabilidade, a aparência e vida útil do automóvel tem sido uma constante nos ramos automotivos e coligados, conseqüentemente, a pintura, objeto do presente estudo, é fundamental sob o ponto de vista de uma avaliação crítica.
A proteção anticorrosiva e a aparência são dois pontos básicos na pintura automotiva. A proteção anticorrosiva está fundamentada na preparação da chapa, na fosfatização, na eletroforese e no primer, enquanto, a aparência deve estar baseada nas tintas de acabamento, que também devem oferecer características protetoras contra o desgaste e o intemperismo. A complexidade dessa operação ou fase de processo na indústria automotiva pode ser analisada através das diferentes situações a que um veículo automotor pode estar exposto: como lama, chuva, sol, poluentes atmosféricos, ambiente marítimo, cascalhos, clima frio e seco ou quente e úmido, neve, tempestades, etc., além de uma infinidade de produtos que se depositam sobre a pintura dos veículos diariamente. A situação fica mais complexa, devido ao grande volume de veículos produzidos em um só dia por uma montadora, cada um deles poderá, durante o uso, enfrentar qualquer das
situações acima, sendo que um mesmo veículo poderá enfrentar todas essas situações durante sua vida útil. Dentro desse quadro, a indústria automotiva vem aperfeiçoando continuamente seus sistemas de pintura, bem como desenvolvendo novas tecnologias e produtos, de maneira a se manter sempre um passo à frente das exigências do mercado. A gestão eficiente da aplicação de tintas automotivas está baseada nas normas de aplicação, na avaliação crítica da tinta acabada, na qualidade dos produtos que compõe a formulação, o nível dos contaminantes, na qualidade da água e, finalmente, no controle e na disposição dos efluentes visando à preservação ambiental.
PINTURA ELETROFORÉTICA
A pintura automotiva, em geral, é um processo contínuo e ininterrupto, pois paradas não programadas dentro de uma linha automatizada de pintura podem trazer prejuízos altíssimos, tanto do ponto de vista econômico quanto na qualidade final da pintura .Exemplo: uma parada de 10 minutos em uma linha de montagem final que produza um veículo por minuto provoca uma perda de 10 unidades. A eletroforese conseguiu impor-se como processo moderno de pintura em série nas indústrias de automóveis e aparelhos eletrodomésticos desde a década de 60. Hoje em dia, na Europa, Japão, Estados Unidos e também no Brasil, praticamente todos os automóveis produzidos são pintados por eletroforese. A eletrodeposição de tintas é um processo em que se mantém o mesmo princípio da imersão simples. As tintas usadas possuem, porém, uma formulação especial que permite sua polarização. Usando esta propriedade, a peça (carroceria) é ligada ao pólo negativo dos retificadores de corrente contínua e estabelecendo-se, entre a peça e a tinta onde ela está mergulhada, uma diferença de potencial, de modo que os compostos orgânicos protonados (carga positiva) presentes na formulação sejam atraídos para o pólo negativo (carroceria metálica).
Esquema do processo de deposição da tinta
Esquema de pintura eletroforética industrial
Geralmente, o pólo positivo (anodo) é constituído de uma chapa de aço inoxidável ou de uma liga de titânio, entretanto, em alguns casos o próprio tanque serve como pólo positivo, o que pode acarretar reações de contaminação ao banho pelo ataque anódico aço-carbono constituinte do tanque. A tinta aplicada vai, continuamente, cobrindo toda a peça com base na adsorção das cargas positivas neutralizadas pelas cargas negativas da peça. Toda a peça fica recoberta com uma camada uniforme e aderente de tinta, com espessura na faixa 20-40 µm. Tendo em vista que as formulações das tintas são aquosas, a aplicação da corrente elétrica nos eletrodos, gera, continuamente, hidrogênio e oxigênio conforme mostram as reações catódicas e anódicas apresentadas, a seguir :
Reação catódica: 2 H2O – 2e H2 + 2 OH
Reação anódica : H2O – 2e 2 H+ + 1/2 O2
As formulações de tintas eletroforéticas
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