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Por:   •  26/3/2015  •  1.009 Palavras (5 Páginas)  •  259 Visualizações

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Enfrentando diversas discriminações e adaptações em relação aos “afazeres puramente femininas”, como cuidar de casa e da família, a mulher conseguiu superar suas dificuldades e ainda administrar seu tempo a favor de suas atividades, para que as questões familiares não entrem em conflito com questões profissionais e sociais. A mulher ainda é alvo de grande discriminação por aqueles que ainda acreditam que “lugar de mulher é no fogão” e por isso enfrenta o grande desafio de mostrar que apesar de frágil é ainda forte, ousada e firme na tomada de decisões, quando necessário.

A mulher tem marcado as últimas décadas mostrando que competência no trabalho também é um grande marco feminino. Apesar de ser taxada como sexo frágil, a mulher tem se mostrado forte o bastante para encarar os desafios propostos pelo mercado de trabalho com confiança e disposição. A fragilidade da mulher, ou melhor, a sensibilidade da mulher, tem grande colaboração nas influências humanas que se tenta propagar na atualidade, pois, como se sabe, o mundo passa por transformações rápidas e desastrosas que precisam de mudanças imediatas. A mulher consegue transmitir a importante e dura tarefa de mudar hábitos com a clareza e a delicadeza necessária para despertar o envolvimento de cada indivíduo e a importância da mudança de cada um.

O avanço feminino frente à política e à economia ainda mostra a força da mulher em perceber e apontar os problemas tendo sempre boas formas de resolvê-los assim como os indivíduos do sexo masculino, o que evidencia o erro de descriminar e diminuir o sexo feminino privando-o a apenas poucas tarefas (domésticas).

A realidade do crescimento do espaço feminino tem sido percebida pela participação da mulher em diferentes áreas da sociedade que lhe conferem direitos sociais, políticos e econômicos, assim como os indivíduos do sexo oposto.

Há mudanças significativas no campo da fecundidade. Embora o Brasil apresente, desde a década de sessenta, uma tendência declinante em sua taxa de fecundidade, há um peso significativo das condições socioeconômicas das mulheres na determinação do número de filhos. As mulheres que vivem nas áreas rurais, que são menos escolarizadas e pertencem à família com baixos rendimentos apresentam uma taxa de fecundidade mais alta. A mudança mais recente destacada por especialistas no tema é a redução do número de filhos desse perfil de mulheres (Berquó e Cavenaghi, 2006).

Ainda no campo familiar, as mulheres vêm aumentando a sua participação como pessoas de referência no domicílio. No ano de 2005, 28,5% das famílias apresentam famílias esse perfil. Está em curso também uma outra mudança: o crescimento de mulheres que se declaram pessoas de referência mesmo com a presença do cônjuge. Em 1995, esse arranjo familiar era declarado por apenas 3,5% das famílias chefiadas por mulheres; em 2005 esse percentual passou para 18,6%. Essa mudança é fruto não só das transformações da participação feminina no mundo do trabalho, mas também da redefinição de papéis no interior da família. Vale lembrar ainda que captar esse tipo de mudança só é possível porque também ocorreram transformações na forma de coletar os dados. A primeira diz respeito ao conceito de chefe de família. Até o Censo de 1970, a chefia da unidade domiciliar investigada era sempre atribuída ao homem.

As mulheres só eram classificadas como chefe de família em caso de ausência da figura masculina (em geral viúvas,e/ou separadas). Mais recentemente, essa terminologia foi substituída por pessoa de referência (Bruschini, 1996). Entretanto, a divisão das tarefas domésticas ainda é uma atividade tipicamente feminina reiterando o fenômeno da dupla jornada: 92% das mulheres ocupadas se envolvem com os afazeres domésticos enquanto que para os homens ocupados esse percentual é de 51,6%.

Na esfera educacional, as mulheres têm apresentado um desempenho melhor do que o dos homens. Elas tem uma média de anos de estudos superior ao dos homens (principalmente na área rural) e concentram um maior percentual na faixa educacional mais alta (mais de onze anos de

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