Prevenção de Acidentes Aeronáuticos, Colisão com Balões de Ar Quente.
Por: marcelo7piloto • 15/11/2016 • Trabalho acadêmico • 1.738 Palavras (7 Páginas) • 751 Visualizações
PREVENÇÃO DE COLISÃO COM BALÕES DE AR QUENTE NÃO TRIPULADOS
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Frederico Medeiros de Ferrer Oliveira - RA 20621899
Thomaz Henrique Simioni Costa - RA 20571496
Marcelo Rezende Breschak - RA 20616816
Johnny Galvão do Nascimento - RA 20594608
Pedro Henrique Fregnan Faça - RA 20633597
Disciplina: Prevenção de Acidentes Aeronáuticos I.
Prof. Nelson Marques
Quinto Semestre de Aviação Civil - Matutino - Mooca
Introdução:
Uma brincadeira inconsequente pode gerar acidentes de grandes proporções. A soltura de balões além de um crime ambiental, se transforma em um real perigo para a aviação. As consequências de uma colisão entre um balão e uma aeronave podem ser drásticas, o choque pode ocasionar até mesmo a queda do avião.
A fim de obter uma análise com maior volume de dados relativos ao balão de ar quente não tripulado, apresentamos aqui algumas informações relevantes e significativas, com suas características, perigos, estatísticas, formas de inibição, prevenção e de denúncia desta perigosa prática.
Prevenção de Colisão com Balões de ar Quente não Tripulados
O Brasil possui um grande número de praticantes da atividade baloeira, porem os balões impõem risco a milhares de vidas. Por esse motivo a pratica de soltar balões de ar quente é considerada um problema social.
Balões de ar quente representam constante perigo também para aviação, ocorre com maior freqüência nos meses de junho e julho, trata-se de uma atividade criminosa prevista no artigo 42 da lei numero 9605/98 (lei de crime ambiental), bem como os artigos 132 e 261 do decreto lei numero 2848, de 7 dezembro de 1940 do código penal. Para combater esta pratica precisamos conhecer o perigo que ela representa, mitigando os problemas com campanhas de conscientização.
Ao invadirem o espaço aéreo dos terminais dos aeroportos os balões apresentam um grande risco a aviação, risco este potencializado porque aeronaves de grande porte voando em baixas altitudes no procedimento de pouso e decolagem, juntamente com maior concentração das mesmas. Alem disso, devido ao insuficiente eco radar, os balões não são detectáveis no sistema de radar de uma aeronave, tão pouco pelos radares de trafego aéreo.
Tipos de balões
Balão de ar quente: Por meio do aquecimento do ar em temperatura ambiente ocorre seu poder de flutuação e são os mais comuns atualmente.
Balões a gás: podem ser a hidrogênio, Helio, amônia e gás de carvão
Balões de Rozier: Utilizam gases aquecidos e não aquecidos e são usados em recorde de vôo em longa distancia.
Aspectos dos balões
Alcance: Balões estão cada vez maiores, inclusive já foram avistados a 35000 pés.
Autonomia: Um balão solto no interior pode alcançar o terminal da cidade de São Paulo onde concentra-se grande fluxo de trafego aéreo, devido ao emprego de buchas acionadas em seqüência.
Dimensões: Muitos ultrapassam 40 metros de altura e peso superior a 100 quilos.
Tamanho dos balões
Segundo o anexo 2 (regras do ar) da ICAO, um balão pode ser:
Leve: Balão livre com uma carga útil e massa combinada de menos de 4 quilos.
Médio: Balão livre com uma carga útil de 2 ou mais pacotes com uma massa combinada entre 4 e 6 quilos.
Pesado: Balão livre que carrega carga útil com uma massa combinada de 6 kg ou mais.
Estatísticas
Até agosto de 2016, o CENIPA já recebeu 330 notificações de avistamentos de balões não tripulados, dos quais 203 foram em São Paulo, 77 no Rio de Janeiro, e 31 no Paraná. Ao longo de 2015, o CENIPA registrou 325.
Foram 100 mil balões soltos no Brasil entre 2002 e 2010. 1125 ocorrências com balões na área de Guarulhos, Congonhas e Galeão.
De acordo com Matheus Ghisleni da secretaria de segurança de voo do SNA, dependendo do tamanho e massa do balão, ele pode causar danos irreversíveis nos aviões, podendo causar acidentes fatais. Existem balões que tem em seu interior botijões de gás.
O risco de uma colisão com uma aeronave é maior durante a noite ou com céu encoberto, pois algumas vezes o balão se apaga e continua sobrevoando o local por algum tempo, podendo ser ingerido por um motor ou até mesmo danificar a estrutura da aeronave.
Um exemplo do que representaria um impacto de uma aeronave em descida com 250 knots, com um balão de 150 kg geraria um impacto de 208 toneladas, valor equivalente à metade de um Boeing 747. Além disso, os balões contam com a capacidade explosiva dos botijões de gás. Muitas vezes não é possível avistar os balões com antecedência para realizar os desvios.
O Ministério dos Transportes, Portos e Aviação Civil, por meio da Secretaria de Aviação, estuda um pacote de propostas para blindar o espaço aéreo brasileiro do risco baloeiro. O Grupo de Trabalho, coordenado pela Secretaria, reúne representantes do setor para debater, analisar alternativas e criar um plano de ação para minimizar a soltura de balões.
Participaram representantes da Secretaria de Aviação Civil, da Agência Nacional de Aviação Civil (ANAC), do Departamento de Controle do Espaço Aéreo (DECEA), do Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes (CENIPA), da Empresa Brasileira de Infraestrutura Aeroportuária (INFRAERO), da Associação Brasileira de Empresas Aéreas (ABEAR), do Sindicato Nacional de Aeronautas (SNA) e da Associação Internacional de Pilotos (IFALPA).
O governo federal está sob alerta e já estuda ações de conscientização da população para esclarecer o tipo e dimensão do risco que os balões oferecem à segurança do espaço aéreo brasileiro. O setor aéreo está sofrendo os efeitos dessa prática ilegal. Por isso, estão trabalhando em alternativas para mitigar riscos à operação aérea no Brasil, país que já teve um dos espaços aéreos mais seguros do mundo. O DECEA já emitiu NOTAM, aviso aos tripulantes nacional e internacional, sobre a possibilidade de presença de balões nos terminais de Rio de Janeiro, São Paulo e Paraná. O SNA, a IFALPA e as associações da ABRAPAC, ATT e ASAGOL, iniciaram no início de julho uma campanha para que os pilotos façam reportes de todo avistamento de balões.
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