Problemas Ambientais no Ambiente Urbano?
Por: Tiago_98 • 17/10/2016 • Relatório de pesquisa • 2.494 Palavras (10 Páginas) • 1.025 Visualizações
ESCOLA SECUNDÁRIA DA DR. JOÃO MANUEL DA COSTA DELGADO
“Problemas ambientais no ambiente urbano?”
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Índice
Pág.
3. Introdução
4. Localização geográfica
5 e 6. Principais problemas ambientais em Buenos Aires-Causas e Consequências
7. O desenvolvimento e a questão ambiental
8. Sustentabilidade em Buenos Aires e as cidades sustentáveis
8 e 9. Estudo de caso- “Buenos Aires recebe prémio por projeto de trânsito sustentável”
9 e 10. Estudo de caso-“Caballito- Um bairro sustentável”
11. Soluções para mitigar os problemas urbanos em Buenos Aires
12. Conclusão
13. Webgrafia
Introdução
A urbanização intensificou-se com a expansão das atividades industriais, o que atraiu (e ainda atrai) milhões de pessoas para as cidades. Este fenómeno provocou mudanças drásticas na natureza, causando diversos problemas ambientais.
Nos grandes centros industrializados, os problemas ambientais são ainda mais preocupantes. Neste trabalho irei focar, os problemas ambientais nas cidades, que as afetam a nível global, para isso vou mostrar as causas e as consequências desses problemas e propor algumas soluções para remediar os mesmos, abordando ainda as cidades sustentáveis e a sustentabilidade das grandes aglomerações urbanas.
A “Megacidade” que vou abordar, para este efeito, é Buenos Aires (Argentina), cidade que é considerada por muitos uma das mais desenvolvidas e ricas da América do Sul, no entanto esta cidade apresenta vários problemas que irei retratar ao longo deste trabalho focando os aspetos relevantes.
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Localização Geográfica
A Argentina está localizada na parte sul-oriental do continente sul- Americano. Este é um grande país em termos da sua área- o oitavo maior do mundo, e o segundo maior da América do Sul. Faz fronteira com o Chile, a oeste e com o Uruguai, o Paraguai, o Brasil e a Bolívia a norte e nordeste, tendo ainda uma enorme linha de costa. A cidade de Buenos Aires, capital da Argentina, importante centro empresarial, político e cultural, é atualmente a segunda maior da América do Sul, está localizada na costa sudeste do continente sul-americano, e tem uma população de aproximadamente 3 milhões de habitantes. Somando ainda a população da área metropolitana, a população total de Buenos Aires supera os 10 milhões de habitantes, o que torna esta um dos 10 centros urbanos mais populosos do mundo.
A cidade de Buenos Aires é delimitada na parte leste e nordeste pelo Rio de la Plata, no sul e sudeste pelo Riachuelo (Rio da Argentina) e a noroeste, oeste e Sudoeste pela Avenida General Paz (24 Km de estrada) que separam a província de Buenos Aires da cidade.
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Principais problemas ambientais em Buenos Aires-Causas e Consequências
Os principais problemas ambientais que afetam Buenos Aires e a generalidade das cidades são:
- A poluição (do ar, da água, visual, sonora…);
- Desflorestação;
- Impermeabilização dos solos;
- Carência de espaços verdes;
- Chuvas ácidas;
- Ilhas de calor;
A urbanização de algumas áreas da Argentina, principalmente de La Plata, impulsionou o aparecimento de novos e complexos problemas ambientais, a deslocação da população rural para as áreas urbanas, principalmente para Buenos Aires, levou ao surgimento de bairros de lata, muitos dos quais não respeitam as exigências ambientais básicas. Até meados 1970, a pobreza foi mais comum em áreas rurais, mas atualmente estimasse que cerca de 65% da população mais pobre viva nas áreas urbanas. Apesar disto, apenas 17% da população de Buenos Aires vive em casas com serviços públicos escassos ou inexistentes (falta de acesso à água potável e falta de saneamento básico, entre outros), o que representa uma diminuição face a 1980, em que a percentagem de população sem estes serviços era de 22%.
O grande afluxo de pessoas levou ao aumento da poluição e a problemas com o tratamento de resíduos dentro de Buenos Aires, devido às redes de tratamento destes não estarem preparadas para este aumento repentino da população nestas áreas. O aumento da quantidade de esgotos domésticos e industriais, tem contribuído para que seja lançada anualmente uma enorme quantidade de poluentes (resíduos sem o devido tratamento) nos rios que são uma das principais fontes de abastecimento de água na cidade de Buenos Aires. Este fenómeno reduz a qualidade das águas, prejudicando as espécies aquáticas e levando á redução do uso desta água para o consumo humano, tornando-se a escassez de água potável num dos graves problemas a que Buenos Aires está sujeita. Os números oficiais indicam que o acesso à água e rede de esgotos cresceu de 51 para 82,6 %, nos últimos quatro ano, no entanto a população dos bairros mais desfavorecidos, permanece sem acesso a água potável.
Estima-se que a cidade de Buenos Aires produza de 3 a 5 milhões de quilos de lixo por dia. Destes cerca de 40% são recursos reutilizáveis, no entanto a falta de meios faz com que estes não sejam reutilizados, deixando assim um enorme número de lixeiras a céu aberto, alguns destes resíduos são ainda despejados nos cursos de água, contaminando assim os recursos hídricos superficiais e subterrâneos.
A impermeabilização dos solos, problema muito comum na generalidade das cidades, dificulta a infiltração de água. Sendo assim, o abastecimento dos lençóis freáticos fica prejudicado, reduzindo a quantidade de água subterrânea, sendo que, tal como eu já referi Buenos Aires está muito dependente dos recursos hídricos superficiais. Outro fator agravante deste problema é o aumento do escoamento superficial, podendo gerar grandes alagamentos nas áreas mais baixas da cidade.
Outro problema desta cidade é o aumento das emissões de gases com efeito com estufa (GEE) por parte dos automóveis e das fábricas, poluindo a atmosfera e retendo o calor, intensificando o efeito estufa. O que causa diversos problemas nas populações e no meio ambiente como doenças respiratórias, chuvas ácidas, em que os gases poluentes reagem com a água da humidade do ar, ocasionando chuvas com presença de componentes ácidos e prejudicando plantações, edificações, automóveis e o ser humano e ilhas de calor que se caracterizam pelo aumento da temperatura em determinadas partes da cidade, na qual a região com maior concentração de prédios, asfalto e vidros tem maior temperatura, enquanto que noutras parte da cidade, que tem mais áreas verdes, a temperatura é menor, com variações de até 10° C no mesmo dia.
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