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Processos de fundição no Brasil

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Por:   •  5/9/2014  •  Artigo  •  4.957 Palavras (20 Páginas)  •  382 Visualizações

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Processos de Fundição no Brasil

A Idade dos Metais é considerada a última fase do Período Neolítico. Na Idade dos Metais o Homem aprendeu a dominar os materiais metálicos e as técnicas produtivas de fundição dos metais, fato que trouxe muitos benefícios para o Homem. Foi possível construir instrumentos e ferramentas para o cultivo agrícola, abertura de áreas maiores para plantio e melhorar a prática da caça. Nesta época, também com o desenvolvimento de técnicas de fundição, houve um desenvolvimento nas técnicas militares que originaram as primeiras guerras entre comunidades. O vencedor era aquele que possuía as melhores armas de metal, uma enorme vantagem na época. O cobre foi o primeiro metal a ser utilizado, logo depois veio o estanho, unindo-se os dois apareceu o bronze isso a aproximadamente 3000 A.C. Somente por volta de 1500 A.C. que se tem as primeiras informações do surgimento do ferro. O aprendizado foi lento e de difícil domínio para as pessoas na época. O metal e as técnicas de fundição de metais foram determinantes para o surgimento, desenvolvimento e desaparecimento de civilizações inteiras, tendo enorme influência na vida do Homem.

No Brasil, a expansão territorial realizada pelos Bandeirantes, foi responsável pela ampliação do território nacional, além do Tratado de Tordesilhas. Os Bandeirantes

aprisionaram índios, descobriram e exploraram jazidas de metal, sendo o ouro seu principal alvo. O metal tão desejado foi encontrado em Minas Gerais, Goiás e Mato Grosso, surgindo assim, o Século do Ouro no Brasil (século XVIII). Por determinação do Rei de Portugal houve uma taxação sobre a extração do ouro, onde o mesmo começou a cobrar uma taxa de 20% sobre todo o ouro que era extraído, gerando-se assim o Quinto e o primeiro Imposto no Brasil. Coloquialmente este imposto, chamado de Quinto, foi apelidado de "Quinto dos Infernos", pois era considerado elevado. Pensando bem, trazendo-se ao dias de hoje, até que não era. Este imposto era cobrado nas Casas de Fundição.

As Casas de Fundição são os mais antigos órgãos encarregados da arrecadação dos tributos sobre a mineração. A primeira Casa de Fundição foi estabelecida em São Paulo, por volta de 1580, para fundir o ouro extraído das minas do Jaraguá e de outras jazidas nos arredores da vila. Sua função era recolher o ouro extraído pelos mineiros, purificar e o transformar em barras, nas quais era aposto um cunho que a identificava como "ouro quintado".Era também expedido um certificado que deveria acompanhá-la daí em diante. As Casas de Fundição eram dirigidas por um Provedor, auxiliado por Escrivães, fundidores, ensaiadores, cunhadores, meirinhos, tesoureiros e fiscais.

Estes últimos eram nomeados por indicação das Câmaras Municipais. No decorrer do século XVII, duas outras casas de fundição foram instaladas na capitania de São Vicente: uma em Iguape e outra em Paranaguá, ambas por volta de 1650. Com a deflagração do Ciclo do Ouro em Minas Gerais, a partir de 1691, essas três casas, pela sua localização, não podiam atender ao novo Eldorado. Criou-se, então, em 1695, a Casa de Fundição de Taubaté, também chamada de Oficina Real dos Quintos. A seguir, foi instalada outra Oficina Real dos Quintos no Rio das Velhas, em Minas Gerais (possivelmente em Sabará), por volta de 1701. No decorrer do século XVIII, especialmente em razão da lei de 11 de fevereiro de 1719, numerosas outras casas de fundição foram criadas em Minas Gerais, Goiás, Mato Grosso e Bahia. Em 1737, porém, foram todas extintas, em virtude da adoção do sistema da capitação, para tributar a atividade mineradora. Entretanto, nova mudança na política fiscal portuguesa determinou o seu restabelecimento em 1751 (por força de alvará de 3 de dezembro de 1750), com a volta do "quinto". Nessa ocasião, outras casas foram criadas em lugares onde antes não existiam. Curiosamente, foram mantidos os Intendentes do Ouro, cargo criado para gerir o sistema da capitação, os quais passaram a reger as Casas de Fundição. No final do século XVIII e

princípio do século XIX, com a decadência das jazidas auríferas, as casas de fundição passaram a ser abolidas. A última delas, a de Goiás, foi extinta já no Primeiro Império. Mas, a abolição formal das Casas de Fundição só ocorreu em 1834.

A descoberta de ouro e o início da exploração das minas nas regiões auríferas, cidades começaram a surgir e o desenvolvimento urbano e cultural aumentou muito nestas regiões. Vários empregos surgiram diversificando o mercado de trabalho. Para acompanhar o desenvolvimento da região sudeste, a capital do país foi transferida para o Rio de Janeiro.

1- Fundição em Moldes Permanentes

Dependendo do trabalho que se quer realizar, da quantidade de peças a serem fundidas e, principalmente, do tipo de liga metálica que será fundida, o fabricante tem que fundir suas peças em outro tipo de molde: os moldes permanentes, que dispensam o uso da areia e das misturas para sua confecção.

Os processos de fundição por molde permanente usam moldes metálicos para a produção das peças fundidas. Por esses processos realiza-se a fundição por gravidade ou pressão. Usar um molde permanente significa que não é necessário produzir um novo molde a cada peça que se vai fundir. A vida útil de um molde metálico permite a fundição de até 100 mil peças.

Um número tão impressionante deveria possibilitar a extensão

de seu uso a todos os processos de fundição. Só que não é bem assim. A utilização dos moldes metálicos está restrita aos metais com temperatura de fusão mais baixas do que o ferro e o aço. Esses metais são representados pelas ligas com chumbo, zinco, alumínio, magnésio, certos bronzes e, excepcionalmente, o ferro fundido. O motivo dessa restrição é que as altas temperaturas

necessárias à fusão do aço, por exemplo, danificariam os moldes de metal.

Os moldes permanentes são feitos de aço ou ferro fundido ligado, resistente ao calor e às repetidas mudanças de temperatura. Moldes feitos de bronze podem ser usados para fundir estanho, chumbo e zinco. Os produtos típicos da fundição em moldes permanentes são: bases de máquinas, blocos de cilindros de compressores, cabeçotes, bielas, pistões e cabeçotes de cilindros de motores de automóveis, coletores de admissão. Esses produtos, se comparados com peças fundidas em moldes de areia, apresentam maior uniformidade, melhor acabamento de superfície, tolerâncias dimensionais mais estreitas e melhores propriedades mecânicas.

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