Produção, consumo e abastecimento de alimentos

Resenha Livro

Produção, consumo e abastecimento de alimentos: desafios e novas estratégias. Organizadores Fabiana Thomé da Cruz, Alessandra Matte e Sérgio Schneider. Porto Alegre: Editora da UFRGS, 2016.

O livro, fruto das ideias apresentadas e dos debates desenvolvidos no I Workshop sobre Estratégias Alimentares e de Abastecimento (I WEAA) em outubro de 2013, na UFRGS, que, ao mesmo tempo que atualizou criou um espaço de discussão e reflexão sobre iniciativas e pesquisas internacionais sobre a temática da alimentação, produção e abastecimento e consumo de alimentos, também problematiza esta área complexa e estrutural para a manutenção das cidades apontando para questões que são e serão, nos próximos anos, o centro das preocupações em grande parte do mundo. O complexo integrado alimentos e alimentação promove novas relações e conexões na interface entre o rural e o urbano e, por esta razão, gera múltiplas novas possibilidades. Este livro, tem uma função estimulante e abre muitas portas a pesquisas, aponta muitas delas, umas como soluções possíveis, outras como possibilidades a serem investigadas e experimentadas.

Formado de duas partes, a primeira composta de abordagens teóricas e a segunda de experiências e práticas em estratégias alimentares e de abastecimento.

O primeiro capítulo, escrito pelos organizadores, apresenta o todo e traz uma visão geral do livro.

As abordagens teóricas, são divididas em seis capítulos.

O segundo capítulo escrito por Cecília Diaz-Méndez e Isabel García-Espejo, tratam do potencial da sociologia da alimentação para o estudo dos efeitos da globalização alimentar. No capítulo 3, o tema da superação do velho-obsoleto para o novo-ancestral do abastecimento alimentar, é discutido por Altivo Roberto Andrade de Almeida Cunha.

No capítulo 4, Harriet Friedmann traz a questão da soberania alimentar na região de Golden Horseshoe em Ontário, Canadá.

O capítulo 5, escrito por Lívia Barbosa, discute a ética e estética na alimentação contemporânea.

A abordagem teórica do capítulo 6, escrito por Maria Fonte, aborda as cinco dimensões da sustentabilidade, segundo a visão dos grupos de compra solidária em Roma, Itália.

No último capítulo, 7, Ivana Cristina Lovo traz a discussão do potencial da agricultura urbana na produção de alimentos nas cidades e os desafios para consolidação.

A segunda parte do livro, traz em 14 capítulos, as experiências e práticas em estratégias alimentares e de abastecimento. O caso dos supermercados locais terem o alimento local, uma experiência na Holanda, outra experiência é o caso do cordeiro do alto Camaquã como construção social de mercado da pecuária familiar no sul do Brasil. A Cooperativa Econativa e Rede Ecovida de agroecologia, como atores sociais e ações coletivas na construção de novos mercados e redes alternativas. Outra experiência é a dos produtores da Rede agroecológica Metropolitana (RAMA), relações de proximidade entre produtores e consumidores. O caso do restaurante Natureza Pura, onde os alimentos utilizados são da agricultura familiar de base agroecológica. A experiência do Slow Food no Brasil,