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Produção, consumo, distribuição, troca (circulação)

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Por:   •  8/12/2014  •  Projeto de pesquisa  •  517 Palavras (3 Páginas)  •  336 Visualizações

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1-Produção, Consumo,Distribuição, Troca (Circulação)

1. . Produção

a) Oobjeto deste estudo é, emprimeiro lugar, a produção material.

Indivíduos produzindo em sociedade, portanto a produção dos indivíduos de- terminada socialmente, é por certo o ponto de partida. O caçador e o pescador, in- dividuais e isolados, de que partem Smith e Ricardo, pertencem às pobres ficções das robinsonadas do século XVIII. Estas não expressam, de modo algum -como se afigura aos historiadores da Civilização -, uma simples reação contra os exces- sos de requinte e um retono mal compreendido a uma vida natural. Do mesmo modo, o contrat social de Rousseau , que relaciona e liga sujeitos independentes por natureza, por meio de um contrato, tampouco repousa sobre tal naturalismo. Essa é a aparência, aparência puramente estética, das pequenas e grandes robin- sonadas. Trata-se, ao contrário, de uma antecipação da "sociedade" (bürgerlichen Gesellschaft), que se preparava desde o século XVI, e no séculoXVIII deu larguíssi- mos passos em direção à sua maturidade. Nessa sociedade da livre concorrência, o indivíduo aparece desprendido dos laços naturais que, em épocas históricas remo- tas, fizeram dele um acessório de um conglomerado humano limitado e determina- do. Os profetas do século XVIII, sobre cujos ombros se apóiam inteiramente Smith e Ricardo, imaginam esse indivíduo do século XVIII -produto, por um lado, da decomposição das formas feudais de sociedade e, por outro, das novas forças de produção que se desenvolvem a partir do século XVI -como um ideal, que teria

1 Com essa Introdução, Marx inicia seus apontamentos econômicos dos anos de..1857/58, que foram publicados em conjunto em 1939, em Moscou, sob o título de Grundrisse der Kritik der politischen Okonomie (Rohentwurf).

Foi descoberta em 1902 entre os manuscritos deixados por Marx, e publicada pela primeira vez por Kautsky, na re- vista Die Neue Zeit em 1903. É a essa Introdução que Marx faz alusão em seu prefácio de Para a Critica da Economia Política. O título ·"I ntrodução à Critica da Economia Política" não é do seu prôprio autor, mas refere-se ao nome com que foi publicada pela primeira vez e que se tomou tradicional. O texto não foi preparado para a publicação e Marx se refere a ele como um esboço (veja o referido prefácio). O caráter inacabado é mais visível na parte final, onde Marx ali- nha os temas que pretendia desenvolver futuramente. As palavras entre colchetes se referem a inclusões não constan- tes do manuscrito, acrescentadas para a compreensão do texto. As palavras entre parênteses, ou são do prôprio Marx, ou sãotraduções para o português de expressões estrangeiras que aparecem no texto original. (N. do T.)

3

4 PARAACRÍTICADAECONOMIAPOLÍTICA

existido no passado. Vêem-no não como um resultado histórico, mas como ponto de partida da História, porque o consideravam como um indivíduo conforme à na- tureza - dentro da representação que tinham de natureza humana -, que não se originou historicamente, mas foi posto como tal pela natureza. Essa ilusão tem sido partilhada por todas as novas épocas, até o presente. Steuart, que em muitos as- pectos se opõe ao século

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