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Por:   •  16/6/2013  •  2.063 Palavras (9 Páginas)  •  372 Visualizações

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ETAPA 1

Sabemos que a surdez e a diminuição da capacidade da percepção normal dos sons.

O reconhecimento e aceitação da língua de sinais brasileira como uma verdadeira língua é o primeiro passo a ser dado pelos ouvintes, para poder entender, aprender e, finalmente poder compartilhar do universo linguístico dos surdos.

ASPECTO MÉDICO:

Existem muitas crianças que podem ter nascido com deficiência auditiva, ou ter perdido a audição após o nascimento. Quando isso acontece, ela deve ter muita dificuldade para adquirir a linguagem oral.

Conforme avaliação médica identifica-se variações na perda auditiva, classificadas como:

- Surdez leve: entre 20 e 40 decibéis de perda auditiva.

- Surdez média: entre 40 e 60 decibéis de perda auditiva.

- Surdez severa: entre 70 e 90 decibéis de perda auditiva.

- Surdes profunda: perda auditiva superior a 90 decibéis.

Inúmeras são as causas da deficiência auditiva. As formas mais graves da deficiência auditiva infantil se revestem das características clinicas da surdez sensório-neural, resultante de lesões cocleares ou neurais, atribuídas aos diversos fatores etiopatogenicos que, segundo o período de incidência, dividem-se em: genéticas e hereditárias, pré-natais, natais e pós- natais.

O Implante coclear: Tem sido extremamente divulgado na imprensa leiga,

Inclusive com manchetes sensacionalistas que se referem a “cura da surdez”.

Embora alguns avanços tenham sido observados nesta técnica, ela ainda se aplica

quase exclusivamente a adultos portadores de cofosis (perda total da audição). O

Implante coclear poderá vir a ser a solução do problema da deficiência auditiva. No

estágio atual é apenas um recurso experimental na tentativa da solução da surdez.

Ou nos adaptamos e fazemos a vida e o entendimento do portador de deficiência

auditiva ficar mais claro ou esperamos a célula tronco que parece ser a única

solução para a surdez.

CULTURAL E SOCIAL:

Cultura é um conjunto de comportamentos apreendidos de um grupo de pessoas que possuem sua própria língua, valores, regras de comportamento e tradições.

Em virtude da perda de audição, os surdos criam sua própria língua (língua de sinais – LIBRAS), e uma cultura própria. Essa primeira língua deve ser incentivada durante todo o processo educativo. Precisa, ainda, aprender a comunicar–se das mais diversas formas, para que tenha condições de estar a par de tudo o que se passa ao seu redor. A Aprendizagem da língua da cultura dominante é importante, para que tenha maiores condições de formação e desenvolvimento da maturidade e do pensamento.

Na cultura surda é como o sujeito surdo entende o mundo e modifica-o a fim de torná-lo acessível e habitável, ajustando-o com as suas percepções visuais, que contribuem para a definição das identidades surdas e das “almas” das comunidades surdas. Isto significa que abrange a língua, as idéias, as crenças, os costumes e os hábitos de um povo surdo.

As Instituições mais importantes para o crescimento e desenvolvimento da cultura surda tem sido as escolas.

Segundo pesquisas 90% das pessoas surdas nascem em famílias ouvintes e 90% dos casais surdos tem filhos ouvintes. Isto faz realçar o papel vital desempenhado pelas escolas para crianças surdas na transmissão da língua e da cultura e a razão pela qual o encerramento das instituições especializadas causa tanta preocupação à comunidade surda.

É cultural a taxa elevada de casamentos endogâmicos. Estima-se que nove de cada dez membros da comunidade surda casam com membros do seu grupo cultural.

LIBRAS:

A LIBRAS (língua brasileira de sinais) é uma língua natural usada pela maioria dos surdos do Brasil, visual-gestual, é uma língua pronunciada pelo corpo. Não se sabe ao certo onde e como surgiu a língua de sinais – LIBRAS, mas consideramos que estas são criadas por homens que tentam resgatar o funcionamento comunicativo por meio dos demais canais, e por terem um impedimento físico, a surdez.

Inserida no Brasil no ano de 1855 pelo professor Hurt, onde em 1887 foi fundado o primeiro Instituto Nacional de Surdos na cidade do Rio de Janeiro. No período de 1970 ate 1992 as escolas passaram a ver a Libras como uma nova forma de comunicação, e até hoje esta língua é usada.

Esta língua foi oficialmente reconhecida no Brasil em 2002 com a aprovação da lei 10.436/2002 de 24/04/2002.

Em 2005 foi decretado que nos cursos de formação de professores e fonoaudiólogos seria obrigatória a inserção da língua de sinais. Com a criação da lei da inclusão social as escolas normais (alunos ouvintes), passaram a ter a obrigatoriedade de aceitar e alfabetizar alunos com dificuldades auditivas.

Com a LIBRAS, não se esta negando a criança surda o direito de se interar na sociedade ouvinte, pelo contrário, usando LIBRAS como primeira língua, desde cedo ela assimilará o conteúdo desenvolvendo –se cognitivamente e emocionalmente. Este processo facilita a aprendizagem do português e oferece bases sólidas para a interação dos surdos na sociedade.

A Língua de sinais é imprescindível para a transmissão e evolução da cultura dos Surdos. Através do resultado natural desta forma de comunicação partilhada, eles criaram uma identidade e uma cultura.

ETAPA 2

Para um planejamento de inserção de ouvintes e surdos, primeiro esclarecer que para o aluno surdo a LIBRAS é sua primeira língua ( língua mãe), e o uso do português é sua segunda língua. No desenvolvimento do aluno portador de surdez, o profissional da educação deverá saber pelo menos razoavelmente a Língua de sinais – LIBRAS, para que possa desenvolver as possíveis atividades para ambos.

O

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