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Protozoário Em Plantas

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Por:   •  20/11/2013  •  1.098 Palavras (5 Páginas)  •  2.818 Visualizações

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UNIVERSIDADE FEDERAL RURAL DA AMAZÔNIA

CAMPUS DE PARAUAPEBAS

AGRONOMIA

Nome: Rebeca Oliveira de Brito Matrícula: 20131040

Professor: Edison Rogerio Cansi

Disciplina: Zoologia Geral

PROTOZOÁRIOS EM PLANTAS

Parauapebas – PA

Novembro de 2013

INTRODUÇÃO

A ocorrência de protozoários em plantas foi registrada pela primeira vez em 1909 em látex de Euphorbia pirulifera. Os protozoários patogênicos às plantas são colocados no gênero Phytomonas, da família Trypanosomatidae, encontrados em mais de cem espécies vegetais. No Brasil estes flagelados encontram-se associados principalmente às palmáceas, onde causam a doença denominada murcha de Phytomonas que provoca a morte da planta atacada e à mandioca causando a doença conhecida por chocheamento das raízes (FILHO, et al, 1995).

Estes organismos já foram encontrados em látex, floema, frutos e flores. No látex, esses tripanosomatídeos foram encontrados nas famílias de plantas Euphorbiaceae, Asclepiadaceae, Apocynaceae, Cecropiaceae, Moraceae, Urticaceae e Sapotaceae. Em tubos de seiva foram encontrados em Palmae e Rubiaceae e nos frutos de Anacardiaceae, Oxilidaceae, Passifloraceae, Punicaceae, Rosaceae, Rutaceae e Solanaceae (COSTA, 2006).

O gênero PHYTOMONAS foi criado em 1909 para abrigar estes flagelados em função da morfologia dos organismos e do tipo de hospedeiros vegetal parasitados pelos mesmos. As espécies pertencentes a este gênero têm sido caracterizadas pelo comprimento do protozoário, comprimento do flagelo, posicionamento das organelas citoplasmáticas, características bioquímicas e família de plantas hospedeiras (FILHO, et al, 1995).

CLASSIFICAÇÃO DOS PROTOZOÁRIOS IMPORTANTES EM PLANTAS:

Philum Protozoa

Subphilum Mastigophora

Classe Zoomastigophorasida

Ordem Kinetoplastida

Familia Trypanosomatidae

Gênero Phytomonas

PHYTOMONAS

Morfologia: os protozoários encontrados nos vegetais são predominantemente do tipo promastigote, unicelulares, microscópicos medindo 12 a 20 µm de comprimento por aproximadamente 1,5 µm de largura. São fusiformes e torcidos duas ou três vezes em relação ao próprio eixo longitudinal de seu corpo, o qual apresenta, na região anterior , um flagelo, variando de 10 a 15 µm, que confere mobilidade ao protozoário, que se locomove através de leves contorções do corpo.

Organização Celular: o corpo do protozoário é circundado por uma membrana única de aparência e dimensão trilaminar, formando uma bolsa flagelar na extremidade anterior, inclusive, envolvendo o filamento do flagelo. O citoplasma, além das organelas normalmente presentes nos eucariotos, contém diferentes tipos de vesículas, grande quantidade de ribossomos e uma estrutura denominada cinetoplasto localizada na base do flagelo formada por uma rede de material denso que corresponde ao DNA.

Reprodução: tem sido verificada somente nas formas promastigota e consiste basicamente na bipartição da célula no sentido longitudinal de seu eixo, dando origem a duas células filhas. A multiplicação compreende uma sequencia de etapas que tem início com o alongamento do cinetoplasto, prossegue com a divisão da extremidade anterior da célula e o surgimento de um flagelo na parte ainda desprovida do mesmo, segue com a divisão do núcleo e completa-se com a migração dos núcleos para cada um dos indivíduos (FILHO, et al, 1995).

Curiosidades

Outra característica comum em Phytomonas é a presença de grande quantidade de glicossomos espalhados pelo corpo celular. Em cultura, os parasitas exibem características comuns aos tripanosomatpideos, mas com algumas peculiaridades, como uma crista mitocondrial escassa enquanto a matriz miticondrial é densa (COSTA, 2006).

Os invertebrados servem como vetores para os gêneros digenéticos Trypanossoma e Phytomonas, sendo este último o foco de nosso interesse. (COSTA, 2006).

CICLO DE VIDA

Segundo Costa, o ciclo de vida de Phytomonas inclui a transmissão por insetos e propagação nos tecidos da planta (floema, látex e frutos). A transmissão parece ser persistente e propagativa, já que quando o inseto é infectado, encontra-se organismos deste gênero em todo trato digestivo, hemolinfa e glândulas salivares. Os vetores encontrados infectados com Phytamonas pentencem ao grupo Pentatomomorpha: Lygaeoidea, Pentatomidae e Coreoidea.

Estão sempre na forma promastigota, porém possuem alto grau de polimorfismo, isto é, seu tamanho, extensão do flagelo, forma do corpo celular e número de torções ao longo do corpo podem variar em diferentes meios de cultura e hospedeiros. O marcante polimorfismo de flagelados de plantas inviabiliza o critério para identificação das espécies. Devido ao polimorfismo intra-específico, promastigotas de uma espécie se assemelham em muito as de outras espécies, impedindo a distinção entre espécies de flagelados de plantas (COSTA, 2006).

O ciclo de vida de Phytomonas é dixênico, envolvendo insetos fitófagos que agem como vetores na transmissão mecânica das formas

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