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Psicologia Jurídica Do Testemunho E Confissão

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Por:   •  4/6/2013  •  747 Palavras (3 Páginas)  •  1.241 Visualizações

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Psicologia do Testemunho

Como o juiz não presenciou o fato em questão ao qual irá sentenciar, se faz necessário o testemunho, em que as pessoas relatam os detalhes do ocorrido.

Os depoimentos, englobando todas as formas, estão sujeitas a imperfeições como erros, falhas, excessos e outros riscos, decorrentes de defeitos de fixação, conservação e evocação da percepção, e também fatores específicos ligados a idade, sexo, nível mental, condições sociais e familiares.

O testemunho de uma pessoa sobre um acontecimento qualquer depende essencialmente de cinco fatores:

* Modo como percebeu esse acontecimento;

* Modo como sua memória o conservou;

* Modo como é capaz de evocá-lo;

* Modo como quer expressá-lo;

Um juízo sobre um fato ocorrido é um entendimento, pode ser chamado de primário, de uma percepção, evocação ou observação, devendo resultar em um juízo lógico, mais complexo e convincente, decorrente de uma análise e interrogação dos elementos da situação.

O exame de uma questão judicial envolve compreender o confronto de linguagem e pensamentos entre o que pergunta e o que responde. A sintonia emocional consiste em atingir uma interação entre entrevistador e entrevistado por meio da qual o entrevistador consiga compreender a natureza das principais emoções que dominam o entrevistado.

A sintonia emocional estabelece uma atenção concentrada entre julgados e julgadores, com priorização do foco no sujeito e nos procedimentos indispensáveis ao andamento adequado dos processos. Permite que se identifiquem esquemas de pensamento, ajustando o questionamento, eliminando ambiguidades, compreendendo a idade de desenvolvimento mental do entrevistado, com objetivo de formular questões adequadas a sua elaboração mental.

A conduta criminosa pode ser entendida de três maneiras diferentes pelo julgador, e a escolha por um viés de compreensão irá determinar os próprios critérios de avaliação de fatos e de conduta em relação a eles. São eles:

a) anormal considerada criminologia tradicional, em que o conflito e seu contesto perdem relevância;

b) derivada de conflitos interpessoais e processos sociais, porém responsabilizando cada indivíduo por seus comportamentos, considerada criminologia moderna;

c) derivada da sociedade, cabendo a esta assumir a responsabilidade pela conduta criminosa, incluindo identificação de formas de reinserção do indivíduo no meio social, considerada criminologia crítica.

Relato Espontâneo e por interrogatório

Quando o testemunho é de forma espontânea ocorre diferenças no relato. O relato espontâneo se apresenta de maneira menos deformado, mais vivo e puro, porém pode ficar incompleto e irregular, apresentando elementos interpolados e com detalhes irrelevantes ao processo.

Por interrogatório o testemunho representa o resultado do conflito entre o que o indivíduo sabe de um lado e o que as perguntas que se lhe dirigem tendem a fazê-lo saber.

No testemunho com uma criança é necessário o uso de uma voz ativa, com frases simples, vocabulário que ela possa entender. Cabe ao entrevistador usar o

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