Quanto Vale Ou é Por Quilo?

Quanto vale ou é por quilo?

A presente analise do filme “Quanto vale ou é por quilo”, tem como objetivo relacionar o Brasil atual com o período do Brasil colonial, mais precisamente século XVIII.

O filme nos remete ao passado a fim de contextualizar a história da política de assistência e possibilitar “linkar” com a contemporaneidade, marcados por:

 Assistencialismo, através da caridade e doações como forma de abrandar a consciência, marcada pela cultura da moral;

 Exploração da desgraça alheia: utilizando-se do marketing sensacionalista reforçando a solidariedade de fachada muito aquém de efetivar o que é proposto;

 Financiamento X Solidariedade: onde o que importa é manter as aparências e mostra o quanto é lucrativo a politica da ajuda.

 Superfaturamento e Desvio de Investimento: nos mostra que o mínimo que é oferecido para o pobre, é o lucro para o rico.

 Relações sociais: a modernização do Brasil se ateve no âmbito da indústria, mesmo que tardia, porém as relações societárias se reproduzem ainda de forma arcaica, sob o coronelismo, favoritismo, paternalismo.

 Dinheiro Público x Terceirização do Estado: a transferência da responsabilidade estatal quanto aos direitos sociais para a sociedade civil organizada.

 Falso investimento público no Sistema Carcerário, tendo em vista a corrupção despontando uma falsa segurança para sociedade em detrimento a situação degradante dos presos, superlotação.

 O não reconhecimento de classe que acabam reproduzindo injustiças mesmo sendo injustiçados;

 Policiais como os justiceiros: que nos remete aos antigos capitães do mato que “caçavam” escravos fujões e hoje tratam semelhantemente pobres e negros;

 Idosos em situação de miséria, esquecidos pelas politicas e suas famílias;

 Classe elitizada, que visa os serviços sociais como nova opção de faturamento;

 Nova escravidão x trabalhos dos presidiários: onde são usados para como mão de obra barata;

 Discriminação na sociedade/ mercado de trabalho: onde o negro ainda é muito marginalizado;

 Políticas reparatórias como forma de amenizar ou esconder as desigualdades que vem acompanhando o povo ao longo da história

O filme relata a opressão desde os primórdios da sociedade escravocrata e que ainda é reproduzida na sociedade vigente de diversas formas, não exatamente igual, pois não há um dono que nos oprime, mas sim um sistema que explora e escraviza com sua ideologia de consumo onde o importante é você “ter” e não “ser”.

“Liberdade para consumir essa é a verdadeira funcionalidade da democracia”.

Temos que ter em mente que a escravidão foi abolida não por reconhecer o negro como um ser social com direitos, mas sim pelo fato que a organização da sociedade capitalista é a produção e reprodução da riqueza na acumulação de capital sob a exploração do trabalhador “livre”.

De acordo com os fundamentos da sociedade capitalista que aliada