Que A Companhia Doce Sabor Traçou Para Cinco Simulações Sobre Os Projetos X, Y E Z.
Casos: Que A Companhia Doce Sabor Traçou Para Cinco Simulações Sobre Os Projetos X, Y E Z.. Pesquise 861.000+ trabalhos acadêmicosPor: luanaaline • 1/12/2013 • 2.733 Palavras (11 Páginas) • 513 Visualizações
Etapa 4
Passo 1
Metodologia de cálculo do custo de capital do Brasil
Resumo
O Capital Asset Princig Model (CAPM) oferece conceitos válidos e aceitos na definição do risco dos ativos. Esta metodologia de cálculo é medida pela relação entre a covariância dos retornos de mercado e da companhia e a variância dos retornos da empresa. Por se tratar de uma metodologia aplicada em mercados estáveis, as conclusões favoráveis ao CAPM precisam, no entanto, ser reavaliadas em mercados emergentes, como o mercado brasileiro. São discutidos os principais indicadores financeiros do mercado brasileiro e justificada, por meio de fundamentos estatísticos, a inconsistência dos resultados. No estudo, mostrou-se a necessidade de se apurar o custo de oportunidade dos investidores brasileiros utilizando-se do benchmark de uma economia mais estável. O objetivo deste trabalho é sugerir um modelo utilizando padrões de benchmark, sendo descritos os diversos ajustes necessários ao cálculo do custo de oportunidade dos acionistas das companhias brasileiras. De forma original, o modelo sugerido do custo de capital incorpora, além do risco-país, a volatilidade do mercado acionário brasileiro, demonstrando, portanto a compatibilidade no desenvolvimento de uma metodologia de cálculo do custo do capital no Brasil.
Palavras-chave: modelo CAPM, custo de oportunidade do capital, investidores.
1- Introdução
O custo total de capital de uma empresa representa as expectativas mínimas de remuneração das diversas fontes de financiamento (próprias e de terceiros) lastreando suas operações. É um conceito essencial para toda decisão financeira, e pode ser entendido como o retorno médio exigido para toda a empresa. O custo de capital para uma empresa pode ser usado como uma medida de avaliação da atratividade econômica de um investimento, de referência para a análise de desempenho e viabilidade operacional, e de definição de uma estrutura ótima de capital.
O custo de capital é estabelecido pelas condições com que a empresa obtém seus recursos financeiros no mercado de capitais, sendo geralmente determinado por uma média dos custos de oportunidade do capital próprio (acionistas) e capital de terceiros (credores), ponderados pelas respectivas proporções utilizadas de capital, e líquidos do imposto de renda. É conhecido na literatura financeira como weighted average cost of capital (WACC), ou custo médio ponderado de capital. Formulando, tem-se: WACC = (Ke x WPL) + (Ki x WP), em que: Ke representa o custo de oportunidade do capital próprio; WPL a proporção do capital próprio [PL/P+PL]; o Ki representa o custo do capital de terceiros; o WP a proporção do capital (oneroso) de terceiros [P/P+PL]; e o P, PL: respectivamente, passivo oneroso e patrimônio líquido (fundos próprios). Os custos das várias fontes de capital componentes do WACC podem ser entendidos como explícitos e implícitos. Um custo explícito de capital de terceiros é apurado de fontes de financiamento disponíveis à empresa e mensurado pela taxa de desconto igualando, em determinado momento, o valor presente dos desembolsos de caixa (pagamentos de encargos e principal) ao valor presente das entradas de caixa. Estes deverão ocorrer em conseqüência da aceitação de determinada proposta de investimento. Em outras palavras, representa a taxa de retorno determinada dos fluxos de caixa de uma operação de financiamento. Os custos implícitos podem ser entendidos como custos de oportunidade, e representam usos alternativos dos fundos. Um custo de oportunidade é uma medida de grande relevância para a tomada de decisões financeiras, levando em consideração o retorno de outras oportunidades para o uso dos fundos em avaliação. Em termos econômicos, o custo de capital da empresa é um custo de oportunidade, e representa a taxa de retorno da melhor proposta de investimento disponível de forma alternativa à proposta em consideração, de risco similar. Para o acionista, esse conceito iguala-se ao retorno da melhor oportunidade de investimento que fora abandonada quando da decisão de investir na empresa. É o princípio da substituição, indicando que nenhum investidor tomaria a decisão de aplicar em determinado ativo se identificasse outro mais atraente (substituto). É importante ressaltar que a empresa não estabelece seu próprio custo de capital. Com maior rigor, a empresa avalia os fundamentos do mercado e o risco da decisão financeira para formar seu custo de capital. Pratt (1998, p. 4) coloca que o custo de capital é formado pela comparabilidade entre os retornos disponíveis no mercado, sendo o risco o seu componente mais importante.
O custo de capital é adotado como um método de medição de propostas deinvestimentos, ou seja, um critério correto de aceitação-rejeição das decisões financeiras. Pode-se dizer que o custo do capital é um padrão válido de avaliação do desempenho financeiro das empresas direcionando ao objetivo de maximização da riqueza de seus proprietários. Sua função básica é de servir como um mecanismo racional para se determinar à atratividade econômica de qualquer proposta que exija a utilização de recursos financeiros e com o objetivo de maximização de seu valor presente líquido.
A dificuldade de se trabalhar com a medida de custo de capital é a inexistência de um modelo definitivo, plenamente satisfatório em predizer a incerteza associada a cada decisão. Um cálculo correto de custo de capital deve levar em consideração, em essência, o risco do negócio (atividade da empresa), e estar consciente de que a natureza e as diversas combinações possíveis de fundos de financiamento (estrutura de capital) produzem também diferentes níveis de risco aos investidores. É incorreto entender-se o custo de capital como simplesmente o custo do capital levantado pela empresa, desvinculado de sua aplicação. O custo de capital depende essencialmente do uso dos fundos, do risco da decisão de investimento tomada, e não de sua origem. A remuneração dos fundos fornecidos por credores e acionistas deve variar de acordo com os riscos envolvidos nas decisões. Os proprietários de capital não consideram o custo de seus recursos como fixo; esperam, de forma racional, ser remunerados a taxas que variem com o risco assumido pelas oportunidades financeiras selecionadas. O custo de capital próprio é a medida que apresenta o maior grau de dificuldade de determinação no cálculo do WACC. Isso se dá, principalmente, em razão de não existir uma maneira explícita de se indagar diretamente ao acionista qual a taxa mínima de remuneração desejada para aplicação de seus fundos
...