Química Analítica
Pesquisas Acadêmicas: Química Analítica. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: • 23/3/2014 • 980 Palavras (4 Páginas) • 497 Visualizações
UNIVERSIDADE ESTADUAL DE CAMPINAS
Instituto de Química
EXPERIMENTO 4: DETERMINAÇÃO DE COMPOSTOS VOLÁTEIS DE INGREDIENTES CULINÁRIOS POR MICROEXTRAÇÃO EM FASE SÓLIDA (SPME) ACOPLADA A GC-MS / DETERMINAÇÃO DE ETANOL EM BEBIDAS POR GC-FID (IONIZAÇÃO EM CHAMA)
QA416 – QUÍMICA ANALÍTICA IV
MÓDULO 1 – SEPARAÇÕES
Prof. Dr. José Alberto Fracassi da Silva
PED B Richard Piffer Soares de Campos
26 de novembro
Campinas – SP
2013
1. PARTE EXPERIMENTAL
- Ingredientes culinários:
Cravo da Índia MARCY - Produtos Alimentícios - Sapore di Roma Com. De Prod. Alimentícios LTDA. Embalagem 10g Validade dezembro/2011
Alecrim desidratado KITANO - Yoki Alimentos SA. Embalagem 6g Validade 01/06/2013 LOTE: F5L-B2B1
- Bebidas alcoólicas:
Montilla 1L - Carta Ouro 38% v álcool LOTE: L8338R2163L0903
Balalaika 965 mL 37,5% v álcool LOTE: 003C/2009
2 - RESULTADOS E DISCUSSÃO
2.1 - Parte 1 - Determinação de compostos voláteis de ingredientes culinários por microextração em fase sólida (SPME) acoplada a GC-MS
2.1.1 - Cravo da Índia
543-49-7 2-Heptanol
78-70-6 Linalool
628-99-9 2-Nonanol
119-36-8 Methyl salicylate
2.1.2 - Alecrim desidratado
79-92-5 Camphene
18172-67-3 (−)-β-Pinene
123-35-3 Myrcene
99-87-6 p-Cymene
470-82-6 1,8 - Cineole
76-22-2 (±)-Camphor
124-76-5 Isoborneol
562-74-3 Terpinen-4-ol
98-55-5 alpha-Terpineol
2.1.3 - Estruturas dos compostos voláteis nas amostras
Alecrim:
Camphene (−)-β-Pinene Myrcene
p-Cymene 1,8 – Cineole (±)-Camphor
Isoborneol Terpinen-4-ol alpha-Terpineol
Cravo da Índia
2-Heptanol Linalool
2-Nonanol Methyl salicylate
2.2 - Parte 2 - Determinação de etanol em bebidas por GC-FID
As condições no cromatógrafo, como: a temperatura do injetor, do forno e do detector, foram acertadas de acordo com o procedimento proposto.
Balões volumétricos de 10 mL foram preparados com padrão de etanol 2, 4, 6, 8 e 10% v/v em água e adicionados 4% v/v de n-butanol (padrão-interno) em cada solução para a construção da curva analítica.
Os volumes de etanol adicionados foram de 200, 400, 600, 800 e 1000 µL, enquanto o volume adicionado de n-butanol foi de 400 µL em todos os balões.
Exemplo de cálculo:
Para o preparo da solução de 2% etanol v/v no balão de 10 mL:
100%. Vetanol = 2% . 10mL
Vetanol = 0,1 mL = 200 µL
O volume de padrão interno adicionado em todos os balões:
100% . Vn-butanol = 4% . 10mL
Vn-butanol = 0,4 mL = 400 µL
2.2.1 - Detecção
As amostras foram analisadas por cromatografia gasosa com detector de ionização em chama (FID).
A cromatografia gasosa aplica-se à substâncias voláteis. Após sua injeção, os analitos são vaporizados, portanto é imprescindível que os analitos sejam termicamente estáveis, caso contrário, uma decomposição pode ser observada.
A coluna utilzada era polar, logo analitos com maior polaridade tiveram uma interação mais forte com a mesma, resultando em um maior tempo de retenção. No entanto, o etanol, apesar de sua cadeia menor, eluiu antes que o n-butanol, devido a sua maior volatilidade.
Segue-se da coluna a amostra direcionada para uma chama de ar/hidrogênio, com um detector por ionização de chama. Compostos orgânicos produzem íons e elétrons e a detecção envolve o monitoramento da corrente produzida pela coleta desses portadores de carga.
2.2.2 - Amostras
Para o preparo das amostras, o cálculo foi feito para que a amostra apresentasse 6% de teor de etanol, logo deve estar na metade da curva de calibração. Assim, para as amostras de Moltilla e de Balalaika, temos:
38% . VMontilla = 6% 10mL
VMontilla =1,58 mL
37,5% . VBalalaika = 6% 10mL
VBalalaika =1,60 mL
2.2.3 - Construção da curva de calibração com o uso do método do padrão interno
Para a construção da curva de calibração, utilizou-se o método do padrão interno, o qual consiste em adicionar um volume fixo do mesmo nas diferentes soluções de padrão. Assim, o cromatograma obtido conterá esse dois picos, ou seja, um relacionado ao padrão do analito (etanol) e o outro ao padrão interno (n-butanol).
A construção da curva foi realizada a partir da normalização dessas áreas, isto é, (área do pico referente ao etanol / área referente ao n-butanol), tal processo certifica que uma melhor confiabilidade dos dados, uma vez que qualquer interferência relacionada a isto é minimizada. [1]
A curva resultante do processo está apresentada na Figura .
Figura - Curva de calibração do etanol
Equação da curva de calibração
Área do pico = 9,75 106[Conc etanol] – 8,16 106
Amostra Montilla: 4,55% - Balão 10 mL porcentagem de álcool na garrafa – 28,8%
Amostra Balalaika: 4,43% - Balão 10 mL porcentagem de álcool na garrafa – 27,7%
Uma diferença significativa entre os valores obtidos e os descritos no rótulo pelo fabricante foi observada, entretanto, de magnitude pequena, o que caracteriza um resultado aceitável. Os possíveis erros relacionados à análise como um todo podem ser pontuados como: preparação das soluções, volatilidade dos álcoois utilizados como padrão interno e também o álcool da amostra, problemas de injeção da amostra/padrões, visto que foi realizada por analistas diferentes; mínimas bolhas na seringa, implicando na diferença de volumes de amostra que foram injetados no cromatógrafo.
Os resultados obtidos com a curva de calibração sem o método da adição padrão apresentam resultados abaixo do descrito nos rótulos.
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