RE: *** Orientação Do PIM II ***
Dissertações: RE: *** Orientação Do PIM II ***. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: Palomacs • 27/4/2014 • 2.201 Palavras (9 Páginas) • 384 Visualizações
Como analisar o cenário econômico brasileiro
FONTE: http://blog.bussoladoinvestidor.com.br/cenario-economico-brasileiro/
Você não precisa ser um economista para entender como funciona o cenário econômico brasileiro. Neste artigo, contem informações que irão ajudá-lo a entender o que está acontecendo na economia e quais as perspectivas para o cenário econômico futuro.
Ao contrário do que pode parecer, a economia não é um bicho de sete cabeças, existem algumas variáveis fundamentais para entendermos o que está acontecendo e definirmos quais os rumos futuros que a economia brasileira poderá seguir.
Estas variáveis são:
1. Inflação
2. Taxa de Juros
3. Câmbio
4. Produção Industrial e Nível de Emprego
5. Contas Externas
1. Inflação
Atualmente esta é a variável central na economia brasileira, uma vez que toda a política monetária (nível da taxa de juros) está orientada sobre ela.
Como o Banco Central define a taxa de juros quase que exclusivamente com base no nível da inflação, acompanhar a inflação nos permite saber se o juros têm maior probabilidade de aumentar ou diminuir.
Além disso, a inflação é primeiramente um indicador de aquecimento da economia, de modo que uma alta da inflação aponta que a economia está produzindo além do potencial permitido por sua capacidade produtiva (infraestrutura, mão de obra, etc), variáveis que falaremos mais adiante.
Inflação na prática: o Banco Central teve que aumentar a taxa de juros pela primeira vez em meses, uma vez que a inflação já estava em um nível acima da meta considerada tolerável.
Portanto, é de se esperar que ainda devem ocorrer novos aumentos enquanto as taxas de inflação não começarem a diminuir. E por outro lado, podemos também perceber que a possibilidade de ocorrerem reduções nos juros no curto prazo é muito remota.
Figura 1
2. Taxa de Juros
Como vimos, a taxa de juros é utilizada para controlar a inflação e entendendo os movimentos da inflação, podemos saber o que esperar das taxas de juros.
Por sua vez, a taxa de juros (SELIC) é importante para entendermos o cenário econômico brasileiro, uma vez que ela determina diversas variáveis que afetam diretamente o lado real da economia, ou seja, a produção.
Entre essas variáveis estão o nível de crédito oferecido, o custo deste crédito e até mesmo o fluxo de dólares que entram e saem do país.
Taxa de Juros na prática:
Atualmente o Brasil vive um ciclo em que as taxas de juros estão nos níveis mais baixos das últimas décadas. Isso deve-se à melhor organização das finanças do governo ao longo dos últimos anos, e mais recentemente ao período de crise que reduziu as taxas de juros em todo o mundo. No entanto, ainda assim temos uma das taxas de juros mais altas do mundo.
Como uma taxa de juros menor estimula a economia, o governo atual adotou como política manter os juros em níveis baixos, para buscar o crescimento. No entanto, como estamos vendo agora, o nível de crescimento atual apesar de ser relativamente baixo, já é maior do que a capacidade produtiva do Brasil consegue naturalmente, resultando em inflação. Com a taxa de juros aumentando novamente, podemos esperar uma desaceleração da economia para um nível onde as taxas de inflação possam diminuir.
Figura 2
3. Câmbio
Esta variável econômica é fundamental por determinar o custo das importações e exportações, e consequentemente se no saldo final destas transações o Brasil é credor (exportações > importações) ou devedor (importações > exportações), as chamadas contas externas como veremos adiante.
Em uma economia mundial como a de atualmente, o Brasil compete com outros diversos países no momento de vender sua produção internacionalmente. Como o câmbio determina o preço da moeda internacional (o dólar – US$), ele consequentemente afeta o preço dos produtos brasileiros e nossa competitividade frente à outros países.Além do dinheiro proveniente de transações, existe também o fluxo proveniente de capital especulativo (investimentos de curto prazo), que pode afetar a cotação do dólar para valores que prejudiquem às exportações brasileiras. Neste caso o governo adota uma política de controlar a cotação do dólar por meio da compra e venda da moeda e de dos chamados swaps cambiais.
Câmbio na prática:
Em períodos de crise, é comum que os governos adotem medidas para desvalorizar sua moeda e assim aumentar a competitividade dos produtos da economia (eles ficam mais baratos em US$). Foi o que ocorreu recentemente, e até foi criada a expressão “tsunami financeiro” referindo-se a quantidade de recursos especulativos que poderiam entrar no Brasil, proveniente de outros países, o que faria o Real valorizar e diminuiria nossa competitividade. Na prática isso não ocorreu, devido à atitudes do governo (aumento do IOF) e a mudanças no cenário internacional. No entanto, estamos observando perda de competitividade do Brasil no cenário internacional refletida na menor quantidade de exportações, e no déficit que está ocorrendo no saldo comercial (importações > exportações).
4. Produção Industrial e o Nível de Emprego
A produção industrial e o nível de emprego são fundamentais para entender se a economia apresenta potencial de crescimento. Um aumento da produção aponta que mais valor está sendo gerado, que as pessoas estão consumindo mais e consequentemente também há mais postos de trabalhos para serem preenchidos.
Com vimos, quando a produção cresce além do suportado pela estrutura econômica, temos a inflação por conta do aumento de demanda nos recursos produtivos, que não estão disponíveis para todos, resultando em aumento de preços. O que permite ampliar a capacidade natural de produção da economia são os novos investimentos por conta do governo e das empresas, fazendo com que os recursos produtivos sejam ampliados e a economia possa crescer de modo sustentável e sem inflação.
Produção
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