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RECREAÇÃO E LAZER NA DEFICIÊNCIA.

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Por:   •  4/12/2013  •  1.657 Palavras (7 Páginas)  •  420 Visualizações

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A importância do lazer como fator inclusivo da pessoa portadora de

deficiência mental na sociedade, sendo que este, muitas vezes estigmatizado pela sociedade

acaba sendo bombardeado de atividades e compromissos, se tornando assim uma vítima

acentuadas das obrigações precoces, com pouco ou nenhum tempo de sobra para ele

brincar, criar, relaxar, ou seja, viver e criar um momento de lazer. O

lazer é um veículo privilegiado de inclusão, pois estabelece uma relação direta entre

indivíduos ditos “ normais” e pessoas portadoras de deficiência mental, além do lazer

favorecer momentos mais prazerosos, parte-se do pressuposto de que a pessoa portadora de

deficiência mental pode e deve viver em sociedade, tendo uma vida normal, onde sua inclusão

só tem a contribuir com o seu desenvolvimento motor, cognitivo, afetivo e social.

Trabalhar com pessoas portadoras de deficiência mental pode parecer deprimente para

alguns e despertar sentimentos de pena em outros. No entanto, quando se sonha com um

mundo melhor para elas, o que permeia o trabalho não são sentimentos de depressão ou pena,

mas sim a certeza de que é possível construir algo maior e mais digno . Um mundo melhor

não apenas nos sonhos, mas sim no dia-a-dia de cada um de nós.

A pessoa portadora de deficiência mental, além de se ver estigmatizada pelas próprias

características de sua deficiência, acaba sendo isolada do meio social em que vive por não ser

considerada como um adulto produtivo em potencial. Aos olhos preconceituosos ela nada será

quando crescer, portanto, além de ser considerada criança inútil, acaba sendo prejulgada como

um adulto inútil, que não contribuirá para o aumento de produção em nosso quadro social.

Ao mesmo tempo, ela acaba por ser bombardeada de atividades e compromissos que

supostamente, da a família uma certa esperança de que possa vir a ser útil um dia. Ele acaba

realizando uma série de atividades e terapias que fazem com que, geralmente acompanhado

de sua mãe, caminhe de um consultório para outro, de uma terapia para outra. Isto é claro

sem contarmos a natação, a escola, as consultas médica. Ele é efetivamente uma vítima

acentuada das obrigações precoces, com pouco ou nenhum tempo de sobra para ela brincar,

criar, relaxar, sendo que esta é a oportunidade em que mais se desenvolve.

Essas terapias trazem benefícios a pessoa portadora de deficiência mental é óbvio.

Mas o desgaste dele próprio e da família acaba por tomar este processo estafante para ambas,

que não fazem outra coisa a não ser marcar consultas. Este mesmo traço pode ser encontrado nas situações de lazer , nas quais a pessoa

portadora de deficiência mental se relaciona, ou pelo menos deveria se relacionar , de modo

“espontâneo” e positivo, com as pessoas e o ambiente. Nesta situação ainda, ela teria chances

de, “espontaneamente”, participar de atividades e situações que estaria contribuindo para o

seu desenvolvimento e sua inclusão social. No entanto, o tema lazer não é em geral, associado a objetivos sérios, e menos ainda quando se trata de pessoas portadoras de deficiência mental, através destas mesmas atividades, se pode conhecer

melhor e mais profundamente a cultura, os hábitos e as necessidades de cada pessoa portadora

de deficiência mental principalmente quando se torna possível vivenciá-las.

Com base nessas considerações pode-se presumir que a carga de cobrança social sobre

a pessoa portadora de deficiência mental se dá em proporções gigantescas, fazendo com que

este, cada vez mais, encontre em seu convívio social e tenha menos oportunidades em seu

dia-a-dia, tendo que superar barreiras constantes ou sucumbir-se a elas nas diferentes esferas

sociais: no trabalho, na escola, família, no transporte e no lazer. E sabemos que qualquer

pessoa, inclusive a pessoa portadora de deficiência mental ‘se desenvolve com muito mais

facilidade quando sente prazer no que está fazendo, chegando ao ponto de se entregar

livremente a uma determinada atividade, construindo assim uma situação de inclusão dele

com a sociedade.

Mais ou menos nas décadas de 50 e 60 , alguns hospitais e centros de reabilitação

física começaram a oferecer programas de lazer e recreação para seus pacientes . Esses

programas não chegaram a constituir setores ou departamentos específicos, e geralmente eram

coordenados por voluntários em conjunto com profissionais (Enfermeiros, assistentes sociais, terapeutas ocupacionais entre outros). Era uma coisa muito informal , intermitente, interna, e principalmente, fechada somente para os pacientes .

Quando as pessoas portadoras de deficiência começaram a sair de casa , ou da

instituição para usufruir seu direito do seu lazer e recreação , descobriram que

praticamente todos os lugares eram inacessíveis : cinemas , teatros, museus , restaurantes,

hotéis e assim por diante.

Ademais no passado não se reconhecia que as atividades de lazer e recreação tivessem

a mesma importância,

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