RECURSOS HUMANOS

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Decisões de Carreira

Olá, caro(a)s aluno(a)s, bem-vindos(as) a nossa primeira unidade de estudo, cujo tema é planejamento e sistema de administração de carreiras.

Convido você a compartilhar as inquietações e dúvidas de uma amiga, a Raquel. Ela acaba de se formar em Engenharia Civi. Durante os anos de faculdade, Raquel teve algumas oportunidades de estágio e, aos poucos, foi confirmando a certeza de que escolheu o curso certo.

Porém, Raquel está muito preocupada em relação a sua carreira. Apesar de muito nova (23 anos), ela faz muitos planos para o futuro, ela sabe que não existem muitas mulheres atuando na área em que escolheu, porém, a situação tem mudado nos últimos anos.

Veja o vídeo a seguir:

Raquel está passando por uma etapa de sua vida profissional, cuja característica principal é o fato de ter que realizar muitas escolhas. Nesse momento, ela precisa decidir sobre duas oportunidades de trabalho. Uma delas é em uma pequena construtora em sua cidade, e outra, em uma construtora de ascensão nacional.

Imagino que você deve estar pensando que ela terá melhor oportunidade profissional na empresa de grande porte. Mas será que isso é, realmente, verdade? É essa a dúvida de Raquel!!

Vamos analisar quais seriam as vantagens de uma grande empresa. Em primeiro lugar, Raquel avaliou que, em uma grande empresa, ela poderia ter contato com tecnologias de construção mais avançadas, além da oportunidade em desenvolver trabalhos de grande porte, o que sem dúvida iria pesar em seu currículo.

Mas, e com relação à pequena empresa? Ah, pensou Raquel. Por ser pequena, ela estaria envolvida em todas as fases do projeto, as pessoas trabalhariam mais próximas e isso, com certeza, iria contribuir para a sua qualidade de vida. E quando pensa em seu currículo, pode ser que o trabalho em uma pequena empresa não tenha tanta visibilidade, porém, contribui também de forma significante para sua atuação profissional, pela possibilidade de aprendizado de todo o processo.

Mas você deve estar pensando, e o salário? Será que esse não seria um fator de peso na decisão? Raquel ficou surpresa, pois a diferença não era significativa. Ela sempre imaginou que trabalhar em uma grande empresa garantiria uma remuneração maior.

Pensando em qualidade e vida, Xavier (2005, p. ) defende que alguns itens devem ser considerados para a obtenção de qualidade de vida. Vamos conhecê-los?

Emprego do tempo - Quanto tempo do dia o trabalho demanda? Evidentemente, é necessário que a pessoa tenha tempo suficiente para dedicar-se a outras atividades que ela valorize, por exemplo, o convívio com a família.

Uso de energia - Qual é o nível de energia exigido pelo trabalho? Se ele acaba com todas as forças da pessoa, de tal modo que ela não tenha disposição para mais nada, não se pode dizer traz qualidade de vida.

Nível de estresse - Todo trabalho que envolve alguma pressão por causa da responsabilidade. Entretanto, uma pressão exagerada em relação à qualificação da pessoa, que a mantém em permanente estresse, afeta de maneira negativa sua qualidade de vida, pois ela se torna irritadiça, frustrada, podendo até cair em depressão - sem falar nos malefícios que isso traz à saúde em médio prazo.

Saúde - A saúde é, indiscutivelmente, um de nossos maiores bens. Nada que prejudique a saúde se justifica.

Liberdade - Todo trabalho impõe certa restrição às escolhas individuais quanto ao modo de se comportar. Isso se contrapõe ao impulso natural para liberdade, um valor humano fundamental. Logo, se nível de restrição à liberdade vai além de um limite, a qualidade de vida fica comprometida.

Aceitação social - Pessoas que não gozem de respeito, de aceitação social, não tem qualidade de vida, já que o ser humano é gregário. Por meio de um trabalho legitimo e nobre, a pessoa obtém essa aceitação. Uma atividade que leve a pessoa a realizar coisas de ética duvidosa, certamente resultará em não-aceitação social e, portanto, em má qualidade de vida.

Vá até a biblioteca virtual e acesse o seguinte livro:

XAVIER, Ricardo de Almeida Prado. Sua carreira: planejamento e gestão: como desenvolver melhor seus talentos e competências. São Paulo: Pearson, 2005.

Leia nas páginas 21 a 31 sobre as armadilhas que atrapalham a carreira

Boa leitura!!!

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Raquel já havia tomado a sua decisão. Depois de refletir muito, ela escolheu aceitar o convite da pequena empresa. O que pesou mais em sua decisão? A oportunidade de trabalhar em projetos do começo ao fim. Na outra empresa, ela, provavelmente, iria trabalhar com projetos específicos como hidráulico, elétrico, estrutural, etc. Mas, nessa pequena construtora, ela teria a oportunidade de acompanhar todo projeto, desde o início até a execução. Era tudo o que ela esperava.

Raquel estava muito feliz com sua escolha. Depois de conversar com os donos da empresa e acertar os detalhes foi correndo para casa, pois queria contar a novidade ao seu pai, ele sempre a incentivou e torcia para que ela tivesse sucesso.

Quando chegou em casa, contou, com grande entusiasmo, para seus pais sobre a sua decisão e sobre os novos desafios que estavam pela frente. Eles ficaram felizes, mas Raquel percebeu que havia algo estranho.

O seu pai havia sido demitido. Foi um choque e tanto. Alguns meses atrás o seu pai havia comentado sobre a situação difícil pela qual a empresa vinha passando. Com os cortes nos contratos de exportação, seria necessário reduzir a produção e, consequentemente, demitir funcionários, porém, ele não imaginava que os cortes chegariam a sua área.

O Sr.Raul, pai de Raquel, atuava há mais de 20 anos na área de Recursos Humanos. Já tinha trabalhado em diferentes empresas, no comércio, prestação de serviço e, agora, na indústria. Nessa última empresa, já estava há mais de 8 anos, e há quatro, tinha assumido a Gerencia de Recursos Humanos. Ele sempre gostou de trabalhar com pessoas.

Com a crise financeira, a empresa buscou analisar diferentes estratégias para superar o momento difícil. Já fazia algum tempo que estava sendo sondada por uma multinacional interessada na aquisição da empresa, na qual o Sr.Raul trabalhava, como uma estratégia para expansão do mercado.

Faça uma parada, agora, e leia o artigo "O aporte das redes organizacionais", disponível no link abaixo: