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RELATÓRIO: UMA VISÃO GERAL DA TEORIA GERAL DA ADMINISTRAÇÃO

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Por:   •  20/9/2013  •  1.594 Palavras (7 Páginas)  •  394 Visualizações

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3. DESENVOLVIMENTO

A teoria da administração que hoje conhecemos foi desenvolvida há muitas décadas, mas nas ultimas décadas teve um respaldo maior. A Administração sofreu varias influencias e nota-se sua presença desde o feudalismo, ou até mesmo antes como nos mostra o livro sagrado “Bíblia” ao relatar em suas páginas parábolas que os estudiosos ligam com a administração, em Mateus 25 que diz: "Porque a todo o que tem se lhe dará, e terá em abundância; mas ao que não tem, até o que tem lhe será tirado." Esta parábola relata com muita segurança que aquele de souber administrar, seus bens serão dobrados, e aqueles que não souber administrar o que tem, perderá.

Outro exemplo foi a organização estrutural da Igreja Católica que serviu de modelo para muitas organizações como mostra HUBERMAN (1993), em seu livro a história da riqueza do homem. Como também tem suas influencias enraizadas na história, como hoje coloca diversos autores, na organização militar, e principalmente com a Primeira e Segunda grande guerra mundial, mas só no despontar do século XX seus estudos foram mais aprofundados e ganhando maior importância.

Para que a TGA surgisse, foram necessários muitos séculos de preparação e muitos antecedentes históricos capazes de permiti e viabilizar as condições indispensáveis ao seu aparecimento.

A Teoria Geral da Administração começou com a ênfase nas tarefas, com a Administração Científica de Taylor. A seguir, a preocupação básica passou para a ênfase na estrutura com a Teoria Clássica de Fayol e com a Teoria Burocrática de Weber, seguindo-se mais tarde a Teoria Estruturalista. A reação humanística surgiu com a ênfase nas pessoas, por meio da Teoria Comportamental e pela Teoria do Desenvolvimento Organizacional. A ênfase no ambiente surgiu com a Teoria dos Sistemas, sendo completada pela Teoria da Contingência. Esta, posteriormente, desenvolveu a ênfase na tecnologia. Cada uma dessas cinco variáveis - tarefas, estrutura, pessoas, ambiente e tecnologia - provocou no seu tempo uma diferente Teoria Administrativa, marcando um gradativo passo no desenvolvimento da TGA. Cada Teoria Administrativa procurou privilegiar ou enfatizar uma dessas cinco variáveis, omitindo ou relegando a um plano secundário todas as demais.

Taylor iniciou o seu estudo observando o trabalho do operário. Sua teoria seguiu um caminho de baixo para cima, e das partes para o todo; dando ênfase na tarefa. Para ele a administração tinha que ser tratada como ciência.

A Teoria clássica da administração foi idealizada por Henri Fayol. Caracteriza-se pela ênfase na estrutura organizacional, pela visão do Homem Econômico e pela busca da máxima eficiência.

Sofreu críticas como a manipulação dos trabalhadores através dos incentivos materiais e salariais e a excessiva unidade de comando e responsabilidade.

Paralelamente aos estudos de Taylor, Henri Fayol defendia princípios semelhantes na Europa, baseado em sua experiência na alta administração. Enquanto os métodos de Taylor eram estudados por executivos Europeus, os seguidores da Administração Científica só deixaram de ignorar a obra de Fayol quando a mesma foi publicada nos Estados unidos. O atraso na difusão generalizada das idéias de Fayol fez com que grandes contribuintes do pensamento administrativo desconhecessem seus princípios.

A racionalidade na administração se preocupa com a melhor forma de executar o trabalho, visa apenas à organização, enfatizando a estrutura. A Teoria Burocrática (1940) criada por Weber acreditava na racionalidade específica para cada tipo de ação e na formalidade burocrática, ou seja, na hierarquia. Nas empresas consideradas burocráticas os subordinados não faziam uso do seu juízo de valor, apenas seguiam ordens, não usando sua individualidade consciente na realização de suas funções.

A Abordagem Humanística, elaborada entre 1924 e 1932, veio para superar os princípios das Teorias Científica e Clássica, quando Mayo afirmou, após anos de experiência na Fábrica da Hawthorne, que o aumento da produção estava vinculado diretamente às relações sociais de um grupo que tinha objetivos comuns, claros e com sentido para o indivíduo e conseqüentemente para o grupo. Essa teoria compreendia que era necessário levar em consideração os grupos informais que se formavam dentro da empresa, a motivação, ou seja, a satisfação do empregado no trabalho, as comunicações e as lideranças formais e informais dentro dos pequenos grupos.

Apesar das críticas, não resta dúvida de que a Escola das Relações Humanas abriu novos horizontes à teoria administrativa em duas orientações bem definidas. A primeira orientação é a chamada equação humana: o sucesso das organizações depende diretamente das pessoas. Hoje se reconhece que a maneira como a organização trata e gerencia as pessoas é o segredo do seu sucesso e competitividade. Atualmente, essa herança de abordagem humanística está sendo assumida pelas organizações bem-sucedidas do mundo todo. A segunda orientação é o novo papel do administrador. O administrador deve saber comunicar, liderar, motivar e conduzir as pessoas. Precisa deixar de ser o gerente autocrático e impositivo para ganhar a aceitação das pessoas e seu comprometimento com a organização.

Até aqui vimos que a teoria clássica (Taylor e Fayol) enfatiza as tarefas e a estrutura organizacional; a teoria das relações humanas, as pessoas; a teoria neoclássica, as tarefas, pessoas e a estrutura. Estas são abordagens prescritivas e normativas, que corresponderiam, na filosofia, à corrente idealista. Entre as abordagens explicativas e descritivas, vimos que a teoria da burocracia enfatiza a estrutura, a teoria estruturalista enfatiza a estrutura e o ambiente e a teoria comportamental, as pessoas e o ambiente.

Com a teoria geral dos sistemas, percebe-se que a empresa é um sistema aberto, que faz parte de um ambiente mutante, constituído de outros sistemas, e que ela, a empresa, constitui-se de subsistemas.

Um sistema mantém-se em funcionamento enquanto é capaz de processar entrada, produzindo saídas. Para isso, deve ser capaz de utilizar os resultados de seu próprio desempenho como informação auto-reguladora, ajustando a si mesmo como parte do processo em andamento.

A Teoria da Contingência representa um passo além da Teoria dos Sistemas em Administração. Como a visão da organização é um sistema composto de subsistemas e definido por limites que o identificam em relação ao supra-sistema ambiental. A visão contingencial procura analisar as relações dentro e entre os subsistemas, bem como entre a organização e seu ambiente, e definir padrões de relações ou configuração de variáveis

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