Recomendações Para o Acondicionamento e Destinação dos Resíduos Gerados no Setor de Preparação de Argamassa

 Instituto Federal de Brasília – Campus Samambaia  Curso: Licenciatura em Educação Profissional  Disciplina: Leitura e Produção de Texto  Aluna: Jaqueline Cristina da Silva [pic 1]

 Turma: A/ 1º Semestre

Além das flores amarelas: Histórias da Vila Autódromo

Heloisa Helena Costa Berto deitou-se de bruços, fechou os punhos, colocou o  esquerdo no chão de cimento, encostou o direito em cima do esquerdo e repousou a  testa sobre ambos, a coluna maltratada pelo tempo e sustentada por oito parafusos  nem ameaçou doer, se doesse, Heloisa não notaria.  

Não era ela quem se debruçava em reverência diante do altar e sim ialorixá  Luizinha de Nanã é assim que Heloisa é chamada no candomblé.

Heloisa batizou a casa de Nanã, O Brasil foi um dos últimos países a abolir a  escravidão. Heloisa começou a desenvolver no candomblé ainda na adolescência e o  orixá que a guiaria se chamava Luizinha de Nanã.

A associação de moradores da Vila Autódromo elaborou um projeto de  urbanização o que não empolgou a prefeitura, no entanto o governo propôs aos  moradores um acordo no qual eles deveriam abandonar suas casas e uma quantidade  significativa aceitou o acordo, porém houve aqueles que resistiram como a artesã Jane  Nascimento que entrava na frente das máquinas e caminhões para impedir as  demolições.

No total o município desembolsou cerca de 200 milhões em indenizações,  aqueles que tiveram pulsos fortes receberam uma quantia maior, com o dinheiro que  recebeu de indenização Heloiza comprou uma casa em Guaratiba onde pretende  remontar a casa de Nanã, já o Altair irá morar pela primeira vez em apartamento.

No total vinte casas foram construídas na rua Piquet, Sandra é uma dessas  pessoas que resistiu e vai morar numa dessas casas e até hoje quem passa pela nova  rua Vila Autódromo no sentido oeste encontrará flores amarelas, uma prova de que a  terra ainda continua fértil.