Recuperação de Produtos e Cadeias de Abastecimento em Malha Fechada
Por: anaalmeidaalves • 14/9/2016 • Trabalho acadêmico • 2.306 Palavras (10 Páginas) • 418 Visualizações
6. Recuperação de produtos e cadeias de abastecimento em malha fechada
Muitos produtos não são completamente utilizados durante uma determinada fase do processo de produção, tendo ainda algum valor para outra fase do processo, ou para ser reutilizado na mesma fase.
"instrumento de desenvolvimento econômico e social caracterizado por um conjunto de ações, procedimentos e meios destinados a viabilizar a coleta e a restituição dos resíduos sólidos ao setor empresarial, para reaproveitamento, em seu ciclo ou em outros ciclos produtivos, ou outra destinação final ambientalmente adequada. ”
http://www.mma.gov.br/cidades-sustentaveis/residuos-perigosos/logistica-reversa
A lógistica reversa é responsável por todas as atividades logísticas necessárias para que esse valor não seja perdido e o produto possa ser “recuperado”.
Ela consiste na coleta de produtos descartados, inspecionando-os e classificando-os, para que possa ser realizada uma ação de recuperação, uma simples limpeza ou uma desmontagem complexa, e, finalmente, um processo de remanufatura e um marketing de saída.
A ação de recuperação (reutilização direta, remanufatura, recuperação ou reciclagem de partes) que será feita depende do estado do produto, dos custos associados e da demanda por resultados.
Quando logística reversa constitui parte integrante de uma cadeia de abastecimento, usamos o termo “ cadeia de fornecimento de loop fechado”.
Muitos artigos foram escritos sobre logística reversa, porque a gestão de retornos é complicada por diversos problemas. Por exemplo, redes de coleta precisa ser configuradas e a operações de recuperação precisam ser planejadas. O efeito ambiental da logística reversa consiste em oferecer produtos ou peças feitas ou recuperadas a partir de produtos descartados e materiais reciclados em vez de ter que fazer novos. No entanto, pode ser difícil garantir a qualidade desses produtos, e os processos de limpeza podem causar danos ao ambiente. (EXEMPLO PARA CITAR)
Além disso, pode haver a necessidade de muito transporte para obter volumes suficientes para suprir os processos de reciclagem e manufatura.
Apesar desses aspectos negativos, esses procedimentos ainda são considerados bons para o ambiente.
EX) garrafa pet
1) IMPACTOS DIRETOS
Os impactos diretos da embalagem englobam todo o ciclo de vida da produção da garrafa, até o envase da água. No caso da embalagem PET este ciclo se inicia com a extração do petróleo, a fabricação da preforma, produção da garrafa, lavagem e encaminhamento para envase. Para a análise do ciclo de vida são considerados o consumo de recursos naturais e outras matérias primas, consumo de água e energia, emissões atmosféricas, geração de efluentes líquidos e geração de resíduos sólidos. É bom lembrar que, caso a garrafa seja reciclada, devem ser considerados também os impactos causados pelo processo da reciclagem. Se considerarmos que as taxas atuais de reciclagem do PET estão por volta de 50% (ABIPET 2008), veremos que uma garrafa PET gera aproximadamente 8 vezes o seu próprio peso em resíduos. Estes resíduos são medidos pelas emissões atmosféricas, efluentes líquidos (água usada e descartada no processo produtivo) e resíduos sólidos. Além disso, analisando-se comparativamente o ciclo de vida das embalagens de PET, alumínio e vidro, a embalagem PET é a que causa os maiores impactos ambientais. (2)
http://www.aguanajarra.com.br/nossa-causa/?id=12
7. Fornecimento e controle de planejamento da cadeia
No lado tático, com horizontes temporais de um quarto a um ano, várias decisões importantes devem ser feitas, tais como previsão, planejamento da capacidade de produção, controle de inventário e de marketing, incluindo estratégias de preços. Aqui vamos nos concentrar no aspectos ambientais, em relação à formação de preços, planejamento da cadeia de fornecimento e aquisição (compra de bens).
7.1. Preço e comércio de emissão
Uma das aplicações da pesquisa operacional de maior sucesso a partir da última década é a de gestão de receitas. Embora tenha sido originalmente desenvolvida para as companhias aéreas, agora também é utilizado para hotéis e alta ferrovias de velocidade, etc. Basicamente, visa obter o máximo da capacidade “escassa”, no sentido de que os preços variam de acordo com a capacidade sob variação da demanda. Comparado a um preço constante no tempo, ela permite que os preços mais baixos em um estágio inicial sejam compensados por um preço elevado mais tarde.
Além disso, os clientes têm um incentivo monetário para alternar a momentos onde haja mais capacidade disponível e, portanto, os preços são mais baixos. (promoções de passagens – alta e baixa temporada)
Dessa forma, a capacidade é muito mais bem usada.
Por exemplo, as companhias aéreas hoje operam com taxas de ocupação muito mais elevadas do que nos anos setenta.
Um estudo realizado por Agatz et al. (2008) é um dos poucos exemplos em que a gestão de receitas para a entrega de pacotes é aplicada para diminuir o total de quilômetros rodados. Eles demonstram o que e-tailers podem aprender com os preços da linha aérea, estimulando os clientes a escolher janelas de entrega em que os clientes vizinhos já fizeram pedidos. Paralelo a gestão de receitas, que é, de fato, um instrumento tático e operacional, gostaríamos de mencionar o regime de comércio de emissões de carbono, que foi um dos principais resultados do Protocolo de Quioto. Este regime foi institucionalizado na União Europeia EmissionTrading System (EU-ETS) em 25 dos países membros da UE e esquemas semelhantes foram adotadas em outros países. Dentro de tal regime, as empresas recebem um subsídio inicial (permissão) para a emissão carbono, que é reduzido com o tempo. Empresas que desejam emitir mais, tem que comprar direitos de emissão no mercado. Houveram vários problemas com esse sistema. Quando uma recessão veio e constatou-se que alguns países estavam dando subsidios muito grandes, o preço do carbono caiu para quase zero em 2007. Como a economia mundial está se recuperando, os preços do carbono voltaram a subir. Um dos principais problemas é definir quais indústrias podem ser incluídas no esquema e o quanto de subsidio “livre” deve ser alocado. Até agora, apenas as grandes indústrias estão incluídas.
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