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Recursos Humanos

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Por:   •  27/5/2013  •  2.390 Palavras (10 Páginas)  •  361 Visualizações

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JUSTIFICATIVA

Esta pesquisa está sendo desenvolvida com o intuito de identificar as principais causas dos acidentes de trabalho e doenças ocupacionais no âmbito industrial, a fim de apresentar medidas de prevenção a essas não conformidades, gerando economia aos empregadores e aumentando a produtividade das organizações, visto que não serão desperdiçados tempo e esforços dos colaboradores, e visando a qualidade de vida dos trabalhadores.

São muitas as causas dos acidentes de trabalho e doenças ocupacionais, e vão desde a falta de orientação quanto a importância do uso de EPI's e EPC's, à falta de treinamento adequado orientando o uso correto dos EPI's e EPC's, até mesmo a falta da disponibilização do material de segurança por parte do empregador, e também a negligência dos colaboradores deixando de utilizar ou usando incorretamente os equipamentos de proteção, passando pelos trabalhos repetitivos, má postura, entre tantos outros fatores.

Teremos aqui uma explanação da visão geral da Segurança do Trabalho, bem como de suas variáveis como a Medicina do Trabalho e a Higiene Ocupacional. Mostraremos exemplos reais do cotidiano dos trabalhadores de indústrias, detectando as possíveis causas dos acidentes, quase acidentes, sejam eles com vítimas e/ou danos ao patrimônio ou não, ao mesmo tempo que apresentaremos soluções e métodos de prevenção para tais ocorrências.

INTRODUÇÃO

A segurança do trabalho pode ser definida como um conjunto de normas e medidas que são adotadas, em um ambiente profissional, visando minimizar os acidentes de trabalho, doenças ocupacionais, bem como proteger a integridade e a capacidade

de trabalho dos colaboradores individualmente ou como um todo. Segundo a Legislação "acidente de trabalho é o evento não programado que acontece no exercício do trabalho a serviço da empresa, provocando lesão corporal ou perturbação funcional, podendo causar morte, perda ou redução permanente ou temporária da capacidade para o trabalho, de acordo com a Lei no. 8.213 de 24/07/1991. No entanto, em uma visão prevencionista, acidentes de trabalho podem ser com vítimas ou sem elas, ou seja, podem ou não provocar uma lesão física; podem ser com ou sem perda de tempo de trabalho, quando há ou não a paralisação das funções da área ou setor onde ocorreu o acidente.

Entre algumas das principais causas de acidentes de trabalho estão os atos inseguros, que são atos praticados pelo próprio homem (Ex: não utilizar luvas ao manusear objetos quentes, não utilizar óculos de proteção ao manusear uma peça em uma fresadora, re-capear agulhas, etc.); condições ambientais de insegurança (Ex: instalação elétrica com fios desencapados e expostos, escadas sem corrimão, pisos molhados e/ou com buracos, sacadas ou desníveis sem guarda corpo, máquinas sem manutenção e em condições insatisfatórias, etc.).

Segundo Carvalho (2001) "considera outros fatores de insegurança: preconceito, aventura, imprudência, negligência, imperícia, distração, repetitividade, indiferentismo, irreflexão, indecisão, nervosismo, indisciplina, fadiga, confiança excessiva, desinteresse, falta de capacidade, falta de informação, falta de aptidão física e mental, motivação incorreta, deslizes e condições ergonômicas inadequadas."

Diz ainda o mesmo autor que “Para

atingir os seus objetivos a segurança do trabalho necessita de uma equipe de profissionais especializados, da qual a enfermagem do trabalho faz parte”. Carvalho (2001). É onde começamos a pensar na Medicina do Trabalho e na Higiene ocupacional como parceiras da segurança do trabalho. Com base nestas duas funções temos auxílio para a prevenção das chamadas Doenças Ocupacionais como LER (Lesões por Esforços Repetitivos), danos auditivos ocasionados por ruídos excessivos e/ou persistentes, problemas respiratórios provocados por partículas suspensas no ar mesmo que não sejam tóxicas, lesões da coluna vertebral acarretadas pela má postura durante longos períodos em uma mesma posição.

De acordo com a Lei no. 8.213/91 Art. 22 todo acidente de trabalho, deve ser comunicado pela empresa ao INSS, sob pena de multa em casos de omissão. A CAT (Comunicado de Acidente de Trabalho) deve ser emitida pelo departamento de Recursos Humanos da empresa, mediante relatório ou solicitação do médico que o atendeu, em até 24 horas corridas após o diagnóstico. Além disso, em caso de acidente fatal, onde o empregado venha a óbito, a morte deve ser imediatamente comunicada aos órgãos competentes. Cabe também ressaltar a importância da comunicação do acidente de trabalho, principalmente o completo e exato preenchimento do formulário, tendo em vista as informações nele contidas, não apenas do ponto de vista previdenciário, estatístico e epidemiológico, mas também trabalhista e social.

Para zelar pelo bem estar e segurança do trabalhador as empresas elegem a CIPA (Comitê Interno de Prevenção a Acidentes), onde são escolhidos por meio de

votação representantes do empregador e dos empregados, que estarão atentos a eventuais ocorrências de insegurança, treinamentos preventivos, checagem de equipamentos de proteção, como extintores por exemplo, e fazendo a integração entre as partes.

"A qualidade de vida de uma pessoa é diretamente ligada ao seu compromisso com a excelência, independentemente da área de atuação que ela escolheu" - Vincent T. Lombardi.

Fazer prevenção não é uma atividade fácil, depende de muitos fatores e variáveis. Os quais se alteram de empresa para empresa. A segurança do trabalho e prevenção de acidentes deve ser trabalhada com o uso de diversas ferramentas. E certamente, a CIPA é uma ferramenta de prevenção de extrema importância nas empresas. Essa importância está atrelada a forma de atuação da CIPA. Como já dito, o corpo das CIPA's são, em parte, constituídas por membros representantes dos trabalhadores, que são, em sua maioria, pessoas "exemplos" ou "referências" dentro do "chão de fábrica" e dessa forma a comunicação, levantamento e fiscalização torna-se mais fácil.

Muitas vezes a CIPA consegue chegar onde o SESMT (outra importante ferramenta de prevenção à acidentes cujo será abordada) não chega, como aos detalhes escondidos no desempenho das atividades, visto que a CIPA é formada pelos próprios trabalhadores e executores dessa atividade. Quando a CIPA está bem dimensionada ela consegue representar toda a empresa, todos os setores e dessa forma poderá ser utilizada pelo SESMT e pela própria empresa para uma ampla programação de prevenção e melhoria.

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