Reflexão sobre os PCNs
Por: cinthiaresende • 17/11/2016 • Trabalho acadêmico • 721 Palavras (3 Páginas) • 127 Visualizações
Reflexão sobre os PCNs
Os documentos orientadores (PCN, PCN+) são de fundamental importância para atuação do professor. Eles são o suporte que o professor tem para desenvolver suas aulas. A finalidade desses documentos é organizar o currículo, de forma que o país inteiro o use como base em seus planejamentos escolares. Mas isso não significa que tenhamos que segui-lo fielmente, e que tenhamos que trabalhar todos os conteúdos com os estudantes. Esses documentos são sugestões, que terão que ser adaptadas conforme a necessidade de cada região, cada escola, cada turma, pois cada uma tem seu perfil. Por isso a escola, e principalmente o professor tem que adaptar os PCNs de acordo com sua necessidade, e a realidade dos seus estudantes. Isso porque se existe um currículo comum, é ele que será seguido na elaboração dos exames nacionais, como por exemplo, o ENEM. Por isso a importância de se trabalhar os conteúdos dos PCNs, para que os alunos estejam preparados para os exames, e também que adquira nessa etapa, o Ensino Médio, conhecimentos que os levam a uma compreensão de mundo. Que saibam atuar na sociedade como cidadãos críticos.
Os PCN e PCN+ propuseram que o Ensino de Física seja trabalhado com os estudantes de uma forma mais contextualizada e menos conteudista como propunha o currículo antigo. E também que alguns conteúdos sejam trabalhados de forma interdisciplinar e não isoladamente. Que os professores desenvolvam suas propostas de aula dentro de objetivos a serem alcançados e criem estratégias para isso.
Os PCNs sugerem poucos e importantes conteúdos, mas que sejam bem trabalhados e tenha qualidade de conteúdos e não apenas quantidade, para que os alunos aprendam Física, mas também aprenda instrumentos gerais que acompanham esse aprendizado.
A proposta dos PCNs é “preocupar menos com a lista dos tópicos a serem ensinados e concentrar nas competências em Física que queremos promover. Privilegiar competências e habilidades, já que não será possível ensinar toda a Física, pois isso implicaria em uma visão muito superficial e abreviada do conhecimento.”
Por isso os PCNs sugerem identificar as competências que caracterizam o saber da Física, e trabalhar em desenvolvê-las.
A proposta deixa claro, e livre a escolha de acordo com a realidade escolar, privilegiando as características essenciais que dão consistência ao saber da Física, com olhar investigativo sobre o mundo real.
Os PCNs propõe também mudanças na forma que os professores trabalham em sala, “que as aulas deixem de ser apenas quadro e giz” . Que os professores valorize o conhecimento prévio dos estudantes, partindo disso para conduzir suas aulas.
No entanto, após 15 anos do PCNs as escolas e os professores não conseguiram aderir à proposta, a maioria ainda continua trabalhando do mesmo jeito. Isso devido a muitos fatores. Primeiramente a questão dos exames nacionais, vestibulares, que ainda cobram conteúdo. Então a escola tem que “prepará-los” há uma cobrança dos pais e dos próprios estudantes que querem cursar o Ensino Superior. Outro fator é o despreparo que o professor tem em interpretar a proposta corretamente e transformá-la em uma boa aula. Principalmente os mais experientes com 15 a 20 anos de sala de aula, não conseguem, acham complicado, requer tempo, o que eles não possuem, pois trabalham em dois turnos. Outro fator relevante é o número reduzido de aulas de Física, apenas 100 min. por semana, o que torna difícil o desenvolvimento de atividades mais complexas que requer tempo. E o professor precisa avaliar os alunos concretamente, e entregar esses resultados no fim dos bimestres. Isso gera uma pressão, em dar conteúdo, e eles não sabem lidar com esse tempo exíguo, no qual tem que ensinar o conteúdo, o estudante tem que aprender e provar que aprendeu para poder passar para o próximo e assim sucessivamente.
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