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Relatório De Prática Acadêmico

Por:   •  12/10/2024  •  Relatório de pesquisa  •  1.263 Palavras (6 Páginas)  •  20 Visualizações

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Sumário teórico

HIGIENIZAÇÃO DAS MÃOS

As infecções relacionadas à assistência à saúde estabelecem um problema grave que gera um grande desafio no cuidado, exigindo ações efetivas e acerteivas na prevenção e controle de infecções. As infecções nos serviços de saúde ameaçam tanto os pacientes quanto os próprios profissionais, acarretando sofrimentos e gastos excessivos para o sistema de saúde (BRASIL, 2020).

As mãos são as principais ferramentas dos profissionais que atuam na assistência à saúde. Desta forma, a segurança do paciente nesses serviços depende da higienização correta e frequente das mãos destes profissionais. Desde 1846, a higienização apropriada das mãos, uma medida simples, é considerada a mais importante para reduzir a transmissão de infecções nos serviços de saúde (BRASIL, 2020).

A pele é um órgão cuja formação e integridade estão sob controle homeostático, e qualquer alteração gera um aumento da proliferação de suas células. A pele é constantemente exposta a vários tipos de microrganismos do ambiente, por conta da sua localização superficial. A flora bacteriana da pele das mãos é classificada em residentes e transitórias. A microbiota transitória, que coloniza a camada superficial da pele, sobrevive por curto período e é removida pela higienização simples das mãos, com água e sabonete, por meio de fricção mecânica. Já a microbiota residente está aderida às camadas mais profundas da pele, sendo mais resistente à remoção apenas por água e sabonete, por exemplo (BRASIL, 2020).

A Enfermagem é uma das profissões que utiliza as mãos como ferramenta de trabalho, sendo o cuidado direto ao paciente, a principal atribuição desses profissionais. A qualidade da assistência de Enfermagem prevê o êxito das práticas assistenciais relacionadas diretamente à higienização correta das mãos, prática indispensável para o cuidado seguro, elevando assim a segurança do paciente. Hoje, com a situação da pandemia pelo coronavírus, o hábito de lavar as mãos tornou-se um grande aliado na prevenção da doença e disseminação do vírus, não só pelos profissionais de saúde, chamando a atenção da população em geral para este tema (ZOMPERO; KLEIN; TERUEL, 2022).

As Infecções Relacionadas à Assistência à Saúde (IRAS) representam grande agravo à saúde pública, pois contribuem para a elevação da morbimortalidade dos pacientes, além de causarem um aumento dos gastos hospitalares. As IRAS são infecções adquiridas, justamente, na prestação dos cuidados de saúde – assistência ao paciente. Está diretamente relacionada à contaminação cruzada entre os pacientes que se encontram hospitalizados, sendo as mãos dos profissionais da área da saúde a via de transmissão de patógenos mais comuns, devido à falta ou incorreta higienização das mãos (CUNHA et al., 2017).

Cunha et al. (2017), ainda cita que a higienização das mãos deve fazer parte da rotina dos profissionais de saúde, principalmente daqueles que prestam assistência direta ao paciente. Essa prática traz uma redução das taxas de IRAS e que esse procedimento é o meio mais simples e eficaz de prevenir a transmissão de microrganismos no ambiente assistencial, conforme várias pesquisas já realizadas sobre essa temática.

A Organização Mundial de Saúde (2009), recomenda que a higienização das mãos ocorra em cinco momentos da assistência que podem ser considerados de alto risco para transmissão de microrganismos, a fim de evitar a infecção cruzada dos pacientes:

antes do contato direto com o paciente;

antes da realização de procedimentos assépticos (limpo);

após riscos de contato com fluidos corpóreos;

após tocar o paciente;

e após tocar superfícies próximas ao paciente.

Cunha et al. (2017), diz que a higienização das mãos com água e sabão elimina os microrganismos transitórios e reduz os residentes e, que na maioria das vezes, interrompe a transmissão de doenças.

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária – ANVISA (BRASIL, 2018), classifica a higienização das mãos em:

Higiene simples das mãos, sendo este o ato de higienizar as mãos com água e sabonete comum, sob a forma líquida.

Higiene antisséptica das mãos, é o ato de higienizar as mãos utilizando água e sabonete associado a agente antisséptico.

Fricção antisséptica das mãos com preparação alcoólica, aplicação de preparação alcoólica nas mãos, a fim de reduzir a carga de microrganismos, sem a necessidade de enxague em água ou secagem com papel toalha ou outros equipamentos.

Brasil (2020), defende que o ato de higienizar as mãos deve ser realizado por todos os profissionais que trabalham em serviços de saúde, desde os que mantém contato direto ou, até mesmo, indireto com os pacientes, que atuam na manipulação de medicamentos, alimentos e material estéril ou contaminado. Além dos profissionais que prestam assistência, é recomendado que os familiares, acompanhantes e visitantes higienizem as mãos antes e após contato com o paciente.

Para Brasil (2020), o uso de luvas não altera nem substitui a higienização das mãos, seu uso consiste na proteção dos profissionais e dos pacientes em serviços de saúde, não deve ser adotado indiscriminadamente, devendo ser restrito às indicações a seguir:

Utilizá-las para proteção individual, nos casos de contato com sangue e líquidos corporais e contato com mucosas e pele não íntegra de todos os pacientes;

Utilizá-las para reduzir a possibilidade de os micro-organismos das mãos do profissional contaminarem o campo operatório (luvas cirúrgicas);

Utilizá-las para reduzir a possibilidade de transmissão de micro-organismos de um paciente para outro nas situações de precaução de contato;

Trocar de luvas sempre

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