Relato De Experiencia

Este trabalho tem como finalidade relatar experiência em sala de aula, aplicando métodos que nos foram consolidados no Pacto Nacional pela Alfabetização na Idade Certa – PNAIC.

Elaboramos e aplicamos um projeto durante o curso “Projeto Educação para o trânsito para alunos do 3º ano do Ensino Fundamental” onde foi trabalhado no Mês de setembro do ano letivo de 2013, por todos os professores de sala de 3ºs anos do Ensino Fundamental da Escola Municipal Consulesa Margarida Maksoud Trad, de forma interdisciplinar, procurando integrar o assunto com a vivencia e experiência dos educandos.

O enfoque globalizado foi dado às questões sobre o trânsito, diante disto as aulas e demais atividade, inclusive as de produção de texto, receberam uma abordagem que foi centrada na resolução de problemas significativos. Para isso, nos docentes, coordenamos o processo ensino-aprendizagem de modo a criar situações problematizadas, introduzindo novos conceitos e informações, dando condições para que os alunos avançassem em seus esquemas de compreensão da realidade e apropriação do Sistema Escrita Alfabética.

As aulas são dividas da seguinte forma. Apresentação do proposto, Inferência: Título, tema, características textuais, elementos da narrativa, retomadas de partes do texto contextualizando a resposta dada pelos educandos, Interpretação de texto oralmente desenvolvida com pequenas intervenções,Produção de texto, Leitura compartilhada dos textos produzidos pelos alunos,revisão textual, avaliação de todos os itens envolvidos durante a seqüência didática, bem como linguagem formal e informal, produção textual, abordagem temática.

As atividades de produção de texto em salas de terceiro ano em nossa unidade escolar é permanente, sendo realizada uma vez por semana, mas, sempre que possível aplicamos outras em outras disciplinas.

No primeiro momento, mostramos um modelo de carta aos alunos, em cartaz e letra cursiva, a carta fazia referência a uma pessoa que iria visitar a cidade de Campo Grande-MS,o remetente dizia ao destinatário que estava feliz com o retorno dele a cidade, e ainda alertando sobre as modificações feitas no trânsito, perto do aeroporto da cidade. Exploramos a oralidade questionando se as crianças já conheciam a estrutura de uma carta, quem era quem na carta e explicando a estrutura desse tipo de texto ( data, local, mensagem, destinatário, remetente, saudação, etc ).

Após a exploração da oralidade e questionamentos foi proposto a elaboração de uma carta para um colega de sala. Nos professoras, fizemos sorteio para que soubessem para quem enviariam a carta(para não correr o risco de alguma criança ficar sem receber uma). Eles escreveram o que quiseram, falaram sobre eles, convidaram para ir na casa deles, contaram sobre uma novidade, entre outros assuntos, em um rascunho, depois passaram para o portfólio (caderno de produção de textos). Depois que produziram a carta, pedimos para que dobrassem o rascunho e colocassem em envelope, e depois preenchessem os dados , destinatário e remetente (para que aprendessem e entendessem como se lê e preenche um envelope, quem é quem no mesmo), por último colocaram em uma caixa (fazendo ligação ao correio), para ser entregue no dia seguinte.

No dia seguinte a professora, se fez como o carteiro e entregou as cartas, neste momento as crianças ficaram eufóricas, ansiosas e animadas, foi muito divertido e produtivo. A idéia de resposta foi proposto pelos educandos, que tiveram motivação para produzir a resposta e então, cada um escreveu uma nova a carta para o colega que recebeu, e neste caso, eles não passaram a limpo no portfólio.

Neste dia , se aplica outra atividade permanente que é a revisão ou reestruturação textual. É copiado em um cartaz, de um dos alunos, um texto, que precise ser uma vez reestruturado ou revisado, este texto é escolhido a partir de um portfólio dos alunos. Foi apresentado cartaz com uma carta que não estava corretamente estruturada, a professora pontuou os pontos positivos da carta que foi a ideia, em seguida pontuou a estruturação, questionando as crianças se estava certo, o que tinha de errado, e conforme as crianças iam falando, íamos circulando, e depois reescrevia na lousa a forma correta e só depois de todos estes procedimentos que os alunos copiaram no caderno de língua portuguesa.

Esta atividade foi enriquecedora, alem de trabalhar um gênero textual que a maioria das crianças desconheciam, elas interagiram de forma surpreendente, se interessando pelo assunto, produzindo belíssimos textos.

No segundo momento, aplicamos uma produção de texto com imagem, fixamos a imagem em tamanho ampliado na lousa e exploramos a oralidade questionando, o que vocês estão vendo no primeiro quadrinho? O homem está dentro ou fora do carro? Está fazendo o que? O que vêem no segundo quadrinho? O segundo homem, está dentro ou fora do carro? Ele está ligando para quem? Por que? Por que será que aconteceu o acidente? Eles se conhecem? Entre outros questionamentos que foram fluindo no decorrer dos questionamentos. Após a exploração da oralidade, foi colado a mesma imagem no portfólio dos educandos, e proposto a elaboração de um texto, explicando o que aconteceu na imagem, porque do acidente e que nomeassem os personagens.

As crianças expressaram idéias relevantes à respeito do acontecido, uma delas, produziu um texto que dizendo “ ...o empregado havia colocado o celular para despertar, e ele não despertou e por isto saiu correndo no trânsito, nem cinto de segurança havia colocado, devido a pressa, e por isso bateu no carro do chefe, que por ser chefe, sempre chegava atrasado.” Este relado,me deixou orgulhosa, por ver que ele havia notado que o empregado havia voado do carro, e que pelo impacto, provavelmente estava em alta velocidade.

Em um terceiro momento envolvendo produção de texto, a professora iniciou a aula com uma imagem fixada na lousa, questionando aos alunos, O que vocês estão vendo? O que esta aparecendo