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Relatório do Homem Invisível

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Por:   •  17/5/2014  •  Tese  •  554 Palavras (3 Páginas)  •  280 Visualizações

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Uma sociedade capitalista embasada no materialismo, individualismo e focada na aparência produz sem dúvida nenhuma exclusão e preconceito de toda ordem Em se tratando do Brasil vários autores já mostraram através de seus estudos dentre estes o sociólogo Jessé Souza, que a desigualdade social é um fenômeno constituinte da sociedade brasileira.

A humilhação social é uma angústia encontrada na desigualdade entre classes. A submissão é algo frequente, o impacto de serem inferiores, pois não tiveram uma boa condição de estudo, de moradia, de alimentação e saúde. O sentimento de não possuírem direitos, de parecerem desprezíveis e repugnantes aos olhos da humanidade, tornam-se compulsivo, apenas se movem e falam, e quando falam, são como seres que ninguém vê.

O livro “homens invisíveis: relatos de uma humilhação social”, do autor Fernando Braga mostra o compromisso assumido na sua obra, onde se mantém firme em seu propósito, mantendo sua postura crítica.

É possível notar que Fernando Braga antes de conhecer a realidade vivenciada por um grupo de garis, quando ele só os observava, não imaginava o tamanho do preconceito e indiferença que os mesmos sofriam. Fernando se deteve a estudar e analisar esses profissionais, mas sabemos que muitos profissionais também passam pela mesma invisibilidade. É interessante o relato que o autor faz quando vestiu o uniforme de gari e passeou no prédio da faculdade onde estudava, e não foi sequer notado, ou reconhecido, parecia não existir, as pessoas pareciam não o ver.

Relato de pessoa invisível

Através da entrevista feita com Maria das Graças profissional de serviços gerais do Shopping Monumental pudemos verificar essa invisibilidade e preconceito, ela se sente discriminada e tem uma baixa estima muito grande, sabemos que ela sofre todos os dias com o preconceito e este é uma triste realidade em nosso país, entretanto percebemos que dona Maria tem um complexo de inferioridade fruto da discriminação social que sofre todos os dias, certamente ela essa baixa estima para todas as aéreas da sua vida.

Dona Maria nos relatou que “se uma pessoa é faxineira, ela não pode se “misturar” com uma pessoa que é enfermeira, porque as outras pessoas já começam a te olhar de cima embaixo, como se elas fossem mais superior que a outra”. Suas palavras denotam uma realidade no Brasil que é a hierarquização das profissões, em outras partes do mundo não existe demérito nenhum ser babá ou faxineiro, por exemplo, mas aqui infelizmente existem profissões nobre no Brasil, criando com isso um olhar de preconceito muito grande em relação as pessoas que como dona Maria exercer funções consideradas inferiores.

A exclusão e a desigualdade social acabam fazendo com que as pessoas se achem invisíveis, especialmente no caso de dona Maria que trabalha no shopping local onde as pessoas estão tão envolvidas com seus prazeres que dificilmente percebem uma ajudante de serviços Gerais, seu relado vai de encontro ao que estamos falando em suas palavras ela afirma que “as pessoas quando me percebem me olham de cima pra baixo”.

Acreditamos ser uma crueldade tratar uma pessoa de forma diferente, pelo fato dela, ser menos valorizada pela sociedade, ou seja, tratar pelo que ela tem não pelo que é.

Concluímos que na sociedade a desigualdade social é

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