Relações Públicas

Dando enfoque para a segunda parte escrita por Maria Aparecida Ferrado do livro Relações Públicas: Teoria, contexto e relacionamentos (2ª edição, Difusão, 2011, 319 páginas) dos autores James E. Grunig, Maria Aparecida Ferrari, CONTEXTO GLOBAL E LATINO – AMERICANO DA COMUNICAÇÃO E RELAÇÕES PÚBLICAS iremos ver um pouco sobre o modo as RP são compreendidas e executadas em outros países e continentes, de como é importante o profissional ser um analista de cenários pois nesses cenários as vezes turbulentos pode haver uma oportunidade de mudança e aborda também resultados de pesquisas latino – americanas sobre as práticas de RP e quais características da região que o profissional/a organização está inserida que interferem no comportamento dos públicos.

Ferrari inicia a segunda parte falando como os valores locais, o contexto no qual as organizações estão inseridas e as características regionais refletem também no comportamento das organizações. Contudo, essas organizações sempre estiveram embasadas em fatores próprios da lógica econômica, porém essa lógica deve ser mudada, sendo adotada uma lógica social, ou seja, as organizações devem possuir papel de atores sociais, por exemplo: pensar sobre o desenvolvimento sustentável. Ética e sustentabilidade também sempre foram importantes, mas atualmente essas duas características estão sendo mais observadas e cobradas pelos públicos.

Ao falar de vulnerabilidade relacionado com as organizações, Maria Aparecida explica seu significado: “situação de fraqueza ou debilidade que podem colocar em risco a performance da organização” e cita dois diferentes tipos de vulnerabilidade. O primeiro tipo de vulnerabilidade é aquele causado por agentes externos que são os riscos e ameaças oriundas do micro e macroentorno, afetando assim os negócios da organização e seu comportamento diante dos seus públicos; e o segundo tipo de vulnerabilidade é causada por fatores internos, essa vulnerabilidade pode surgir do enfraquecimento dos lações de confiança entre os trabalhadores por exemplo.

Mais adiante, Ferrari aborda o conceito cultura e sua importância dentro da organização, comentando também sobre cultura nacional. Cultura nacional são valores fundamentais e invisíveis, por exemplo aqueles aprendidos na infância. A cultura nacional é um dos pilares da cultura organizacional. É necessário entender também que a comunicação ajuda a criar a cultura organizacional.

Mas afinal, o que sabemos acerca da comunicação é que ela é um compartilhamento e uma troca de significados. E que na área de RP existem 3 tipos de comunicação: a estratégica, a corporativa e a organizacional. Dando enfoque para a comunicação estratégica, vale lembrar que ela é um processo pelo qual a empresa conduz intencionalmente sua comunicação clara e abertamente com objetivos voltados para o mercado e para seus públicos de interesse.

Maria Aparecida Ferrari fala sobre o desempenho do profissional de Relações Pública nos ambientes: no ambiente menos vulnerável, esse profissional atua como técnico (tático, operativo e executor) enquanto no ambiente mais vulnerável ele atua mais estrategicamente (assessora a alta direção, responsável pelas políticas e diretrizes da Comunicação) e entre esses dois ambientes está o papel gerencial desse profissional (planeja o processo de Comunicação).

Como função estratégica temos a análise de cenários feita por um RP, que pode – se entender como a preparação da organização para a administração de conflitos e o enfrentamento de ameaças, propondo assim alternativas que ajudem a solucionar o problema.

No Capítulo 2 da segunda parte, Maria Aparecida fala um pouco mais afundo sobre as Relações Internacionais. Para o autor Anderson (1989), “as relações públicas internacionais foram entendidas como a prática de programas de comunicação específicos