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Por:   •  17/10/2013  •  1.434 Palavras (6 Páginas)  •  4.558 Visualizações

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RESENHA DO LIVRO DE CELSO DOS S. VASCONCELOS: COORDENAÇÃO DO TRABALHO PEDAGOGICO – DO PROJETO POLITICO PEDAGÓGICO AO COTIDIANO DA SALA DE AULA

Vasconcellos, Celso dos S. Coordenação do Trabalho Pedagógico: do projeto político- pedagógico ao cotidiano da sala de aula, 12ª edição, editora libertad, São Paulo, 2006

Prof. Celso dos Santos Vasconcellos é Doutor em Didática pela USP, Mestre em História e Filosofia da Educação pela PUC/SP, Pedagogo, Filósofo, pesquisador, escritor, conferencista, professor convidado de cursos de graduação e pós-graduação, responsável pelo Libertad - Centro de Pesquisa, Formação e Assessoria Pedagógica.

O Projeto Político-Pedagógico – PPP, é mais um dos documentos da Escola e, muitas vezes, visto como uma burocracia chata e sem sentido, foi percebido e encarado com outros olhos.

Ao conceituar PPP, Vasconcellos preconiza que este é o plano global que define a ação pedagógica da instituição escolar. É o resultado do processo de sistematização do planejamento participativo que busca definir o tipo de ação educativa que se quer realizar a partir da leitura da realidade, embasada num referencial que expressa a intencionalidade quanto à forma de intervenção e de mudança desta realidade. O projeto é pedagógico porque define os objetivos e os meios para dar direção às ações educativas, definem as características necessárias para que a escola atinja seu objetivo. É político, não no sentido partidário, mas no sentido de tomada de posição diante da realidade social, econômica e política. Portanto, a ação pedagógica não é neutra, mas carrega em si uma ação política.

A questão da identidade destacada por Vasconcellos é extremamente importante, porque à medida que o projeto é político (traduz pensamento e ação e exprime uma visão de mundo e de sociedade) e pedagógico (explicita uma concepção de educação e possibilita a concretização da intencionalidade escolar), sua definição ajuda a compreender o que diferencia o trabalho entre duas instituições escolares.

A união da comunidade escolar na concretização do PPP fica evidenciada quando o autor coloca que este processo possibilita “fortalecer o grupo para enfrentar conflitos, contradições e pressões, avançando na autonomia caminhar com as próprias pernas e na criatividade descobrir o próprio caminho.

De fato, todo este processo de construção coletiva do PPP proporcionou um vínculo maior entre o grupo para enfrentar o dia a dia da Escola, construir laços profissionais mais comprometidos e perceber sua Escola como um local de ação e transformação.

Assim, reafirmando o trabalho construído e as discussões afloradas, foi dado o ponta pé inicial de todo este processo com a convicção de que, conforme Vasconcellos, a elaboração participativa do projeto político-pedagógico é uma oportunidade ímpar de a comunidade definir em conjunto a Escola que deseja construir, avaliar a distância que se encontra do horizonte almejado e definir os passos a serem dados para diminuir esta distância.

Nesta perspectiva, a estrutura básica para o processo de elaboração do PPP, segundo Vasconcellos deve ser formada pelos seguintes elementos: a) Marco Referencial; b) Diagnóstico; c) Programação, os quais correspondem respectivamente à Projeção de finalidades, Análise da realidade e Elaboração das formas de mediação.

Sobre o processo de elaboração do PPP, bem como seu ponto de partida e percurso que visa a elaboração e concretização, Vasconcellos considera que embora pareça óbvia, a realidade que cerca a instituição para qual está sendo pensado o Projeto, não é um bom ponto de partida. Pois, se o grupo não possuir uma estrutura e não possuir o hábito e/ou a cultura de trabalharem juntos poderá desanimar, sentir-se atacadas e acionarem mecanismos de defesa. Com isso, pode-se ocorrer a restrição à expressão do desejado, e ainda, ocorrer uma leitura distorcia da realidade desencadeando a omissão de dados importantes. Assim, o autor considera que a elaboração do PPP vai exigir dos participantes, em especial da equipe de coordenação três níveis de competência, seriam eles: conceitual, procedimental e atitudinal.

Outro passo importante para a construção do PPP, segundo Vasconcellos é a sensibilização do grupo, é a busca pelo engajamento e comprometimento com o trabalho. Para sensibilizar, é preciso ir além da comunicação, é necessário envolver. Isso pode ser feito com uma abordagem da realidade levando em conta as relações que permeiam o grupo e a gênese dos problemas da instituição, despertando a necessidade e o desejo de mudança. Ainda com relação à sensibilização, veremos mais adiante o papel do pedagogo nesse processo. A partir da sensibilização, a escola deve combinar uma data para decidir se a elaboração será de fato coletiva e, então encaminhar o Projeto. Tomada a decisão, segue-se então, as etapas de elaboração do PPP sempre levando em conta seus elementos constituintes.

O papel da direção na efetivação de um PPP emancipatório, em que se intercala à postura adotada pela direção o processo de consolidação de autonomia escolar, consolidando uma gestão democrática. Vasconcellos diz que, antes de tudo: A gestão envolve estratégias, onde a comunicação exerce papel fundamental, como ponto de partida para que todos se entendam. Assim é importante ao gestor discutir soluções possíveis e promover negociações, assumir responsabilidades e deixar que os outros também assumam; ser ouvido, mas também ouvir, valorizar os aspectos positivos do grupo, deixando claras as suas intenções para com a escola e zelar pela total transparência de todas as ações.

É através do processo de Planejamento

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