Resenha

Tragédia na França intensifica debate sobre limites da liberdade de expressão, matéria da Revisa Língua Portuguesa, traz um conjunto de ideias e argumentos sobre um assunto que está bastante em pauta, com a chacina do jornal Charlie Hebdo: Até que ponto pode ir a liberdade de expressão?

Nos 10 tópicos existentes que compõem a obra, os jornalistas trazem pontos de vistas de filósofos e especialistas sobre a liberdade de expressão, motivados pelas charges do jornal francês Charlie e pela reação de fanáticos religiosos. Tópicos separados em Limites, Liberal, Relativismo, Paradoxo da tolerância, Ódio, entre outros, são a base de um texto que tem como objetivo alertar e instruir os leitores à importância da democracia e liberdade de expressão, levando-os a uma reflexão crítica acerca do tema.

Os jornalistas Luiz Costa Pereira Junior e Camila Ploennes - sendo ele criador e editor da revista Língua Portuguesa, ganhador de vários prêmios e já tendo lecionado em algumas instituições, e ela subeditora da revista Educação – querem, com esse texto, resolver a questão da liberdade, tentando responder, através de várias opiniões, se há ou não limites para tal.

Essas opiniões se divergem em vários pontos. Pode-se observar opiniões que defendem que a liberdade é algo absoluto, que pode ser dito o que quiser e isso não pode ser questionado e, por isso, a tolerância é algo indispensável. Porém, há quem diga que a liberdade tem limites e que estes são indispensáveis para viver em uma sociedade mais harmonizada. E existe, também, uma terceira opinião, que defende que a liberdade é relativa e se baseia na maneira de vida da sociedade, sendo ela ora absoluta, ora limitada. É importante ressaltar que a base da “discussão” é o jornal satírico Charlie Hebdo, que usa da liberdade de expressão para, muitas vezes, ridicularizar uma religião e um povo que nela crê.

Essa discussão que a revista propõe não é inédita. É bastante comum ouvirmos sobre a liberdade de expressão, principalmente depois da Ditadura Militar. É interessante ver pontos de vistas antagônicos a respeito dessa liberdade e, também, refletir sobre o tema que está em alta. O texto da revista Língua Portuguesa tem o mérito de reunir divergências de opiniões e pensamentos que favorecem os colunistas do jornal Charlie e, também, os religiosos ligados à Al Qaeda, não conduzindo o pensamento do leitor e sim fazendo-o refletir e formar sua própria opinião.

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