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Resenha A Metropole E A Vida Mental

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Por:   •  15/5/2014  •  840 Palavras (4 Páginas)  •  1.418 Visualizações

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Aluno: Alexandre Fonseca

A principal questão abordada no texto A Metrópole e a Vida Mental, de Georg Simmel, é sobre o indivíduo e sua relação com a vida metropolitana, principalmente no que diz respeito à preservação da autonomia e individualidade perante as forças sociais que o envolve.

O estilo de vida metropolitano possui um fluxo de imagens e informações muito mais diversificadas e desiguais, quando comparada ao estilo de vida rural, gerando uma extrema intensificação de estímulos. Essa convergência de imagens, informações e todo conteúdo da vida metropolitana geram um homem mais desconectado de si mesmo e mais ligado ao meio social que lhe é imposto. Em contraponto, o homem rural recebe um conjunto de informações mais uniformes e dessa forma possui mais tempo de se habituar ao conteúdo que recebe. Nesse sentido a intelectualidade do homem metropolitano é mais explorada e forçada a se desenvolver, exigindo uma maior racionalidade, enquanto o homem rural está mais ligado a emoções. Essa adaptação do homem ao modelo de vida na metrópole é causada pela expansão comercial, industrialização, pelos novos processos tecnológicos (internet, TV e outros) de forma globalizada. A vida metropolitana se expande de tal forma que cria verdadeiras teias que atingem, aos que a princípio, estão fora de alcance. O seu poder de se estender se faz alcançar pelas zonas não-urbanas. Desse modo pode-se notar a verdadeira expansão da cidade e como ela se expressa.

A artista Jenny Holzer aborda em suas obras a percepção do homem em relação ao seu modo de vida, o que o atinge e aquilo que ele é capaz de perceber. A obra horizontal chamada Torradeira ou Micro-ondas, realizada com extrema intensidade de luz e frases escritas em várias línguas, trata exatamente do excesso de informações a que as pessoas são submetidas. Utilizando do Truísmo (“verdade evidente por si mesma não devido ao seu conteúdo, mas pela estrutura lógica”.), ela aguça a intelectualidade do espectador de modo que ele se veja subjetivamente em relação ao poder das forças sociais da vida metropolitana, a fim de levar a quem assiste a um intenso confronto interno com o seu condicionamento social, medos e angustias, já que as obras são criadas com o intuito de invadir o intimo de cada um.

A metrópole possui a concentração da maioria dos aspectos sociais do homem, incluindo o dinheiro. Como todo grande centro, possui as principais atividades intelectuais e maior aglomeração monetária („‟A economia monetária e o domínio do intelecto estão intrinsecamente vinculados‟‟). Os relacionamentos e ocupações do indivíduo nesse contexto econômico e social são tão variados e complexos e seus interesses são tão diferenciados que a chamada Economia do Dinheiro, através de sua natureza calculativa, trouxe uma “nova precisão, uma certeza na definição de identidades”. A partir dessa relação dinheiro x intelectualidade, o homem metropolitano ordenou sua vida, interesses pessoais e profissionais, estabelecendo suas relações sociais em torno dessa realidade. O dinheiro se tornou o elemento que retira a essência, individualidade, incomparabilidade e o valor especifico das coisas, criando um ambiente de desconfiança, reservas, extremo isolamento e indiferença. Poderia ser dito que esses elementos causaram a normatização da vida cotidiana. Pontualidade,

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