Resenha Critica Sobre O que é educação

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Autores: Alexsandro A. da Silva e Renata Fernandes Oliveira da Conceição

Resenha o que é educação 

O livro O que é educação, escrito por Carlos Rodrigues Brandão, foi publicado pela primeira vez em 1981 chegando à sua 43º edição em 2003. Carlos Rodrigues Brandão é doutor em Ciências Sociais pela USP-Universidade de São Paulo (1980) e pós-doutor em Antropologia pela UNPER-Itália (1992). 

Essa obra tem como tema educação. Descreve sobre suas principais características, o significado social, sua história, sua finalidade. Ela se divide em 10 capítulos, sendo o último constituído de indicações de leitura.

No primeiro capítulo, o autor faz uma reflexão que traz a tona os locais de aprendizagem que muitas vezes desconsideramos. Traz o exemplo das aldeias indígenas, onde nos Estados Unidos era oferecido aos índios a educação na escola dos brancos, porém para os mesmo essa educação não serviria de nada, já que eles voltavam desconhecendo a maneira correta de lidar com os afazeres da aldeia.

No segundo capítulo, o autor mostra que a educação também ocorre onde não há escola e nem se quer criada ou pensada alguma forma de ensino como conhecemos hoje, e sim por parte de redes e estruturas sociais de transferência de saber de uma geração a outra. 

Conforme Brandão (2003), a socialização é responsável pela transmissão do conhecimento, ou seja, ninguém aprende sozinho. O saber que cada indivíduo aprende, depende do seu meio social. 

No terceiro capítulo, o autor debate o termo trabalho e o poder que se dividem mesmos nas sociedades primitivas.  O conhecimento passa a se separar da ação, do fazer e passa a ser utilizado como maneira de dominação. Passando a existir algumas categorias de ensino. A exemplo da pedagogia e a escola. 

No quarto capítulo, Brandão traz a discussão, sobre o surgimento da educação na Grécia, onde a mesma existia com intuito de preparar o homem para ser um bom cidadão, cumpridor de seus deveres. 

No quinto capítulo, o autor disserta como era a educação na Roma antiga e sua diferença em relação à grega. Era dívida em dois modelos educacionais, um para nobres livre e outro para todos os romanos.  Conforme o nobre vai se deslocando do campo para cidade são criadas as primeiras agências de educação, onde se diferenciava do modelo o qual todos os romanos tinham acesso.

No sexto e sétimo capítulo, o autor busca compreender o significado de educação, como também os debates sobre os temas e faz críticas duras a educação brasileira, sua finalidade e a quem serve.

No oitavo capítulo, o autor traz questionamentos sobre a educação universal. Segundo ele a educação tem como finalidade desenvolver o aprender no ser humano. Faz reflexões sobre uma educação permanente, a que o indivíduo acompanha as transformações do mundo. 

Continuando com as discussões, no nono capítulo, Brandão traz a tona a realidade da educação no Brasil, como ela ocorreu se diferenciando de outros países.  O sistema educacional brasileiro é dominado pela classe política que está no poder. Faz também vários questionamentos, a exemplo do porque a educação é inevitável. Nesse mesmo capitulo discute sobre o controle do saber, que em boa medida acontece por meio do que ensina e a quem ensina.